Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

“Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda, acorda, acorda.”

Gemi, pegando meu travesseiro e jogando para o lado. O som de Demi arquejando de surpresa foi a confirmação que ele havia batido nela. Sorri e tentei voltar a dormir. Por Deus, estava congelando, qual o problema de ficar dormindo?

“Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda, acorda.” Infelizmente eu estava sem mais armas, então puxei a coberta para cima com força e cobri minha cabeça totalmente. “O que está fazendo? É Natal!” Virei-me na cama rapidamente, puxando toda a coberta para mim. “Hey! Está frio.”

Suspirei e tentei limpar minha mente para voltar à linda terra dos sonhos e do descanso, mas suas mãos começaram a sacudir meu ombro. “Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda...”

“Se eu te devolver a coberta, você vai me deixar dormir?” Resmunguei.

“Chega de dormir, é Natal!”

Fiz um som de lamento quando ela puxou as cobertas para longe de mim. “Eu te odeio.”

“Não, você não me odeia.”

“Odeio, sim.”

“Não odeia, não.”

Balancei a cabeça. “Você não sabe, não é eu. Eu te odeio.”

Segundos depois, senti o peso de seu corpo contra o meu e um beijo na minha bochecha. “Acorda.” Demi sussurrou.

“Você é cruel, sabia disso?” Reclamei, abrindo os olhos finalmente. Seu olhar era mais feliz do que eu nunca vi e seu cabelo azul estava todo bagunçado. Demi usava um moletom grande demais para ela e seus óculos bonitos.

“Feliz Natal.” Ela falou com um sorriso que ameaçava dividir seu rosto ao meio.

“É, é, feliz Natal.” Murmurei revirando os olhos, apesar de sua alegria começar a me contagiar.

“Quero meu presente. Um beijo.”

“Estou muito ocupada planejando maneiras de te jogar pela janela e sair sem nenhuma acusação.”

“Eu sei que você está animada.”

“E de quem é a culpa por isso?” Retruquei rapidamente.

Senti um beijo suave no meu queixo e outro no canto dos meus lábios. “Minha?”

“De quem mais seria?” Brinquei, me inclinando para lhe dar um beijo amoroso nos lábios tentadores.

Assim que nos separamos, Demi levantou e saiu correndo de repente. “PRESENTES!”

Fiquei meio atônita na cama por alguns bons segundos, tentando decidir se eu devia estar surpresa, irritada ou confusa. Por fim, gemendo, levantei da cama, abandonando o calor e suspirando quando o ar gelado bateu em mim. Fui direto para o closet para pegar algo quente para usar. Peguei a primeira coisa que encontrei, que eram as calças de moletom dos Cowboys de Demi e um agasalho cinza com o nome de uma marca na frente.

Enquanto tentava me decidir se devia voltar para a cama ou jogar Demi pela janela primeiro, andei pelo corredor quase me arrastando. Demi estava sentada no sofá ansiosamente e eu revirei os olhos quando ela pulou animadamente. Eu queria muito um café para acordar, mas eu sabia que ela teria um ataque se eu demorasse mais um minuto para chegar lá.

Assim que me viu indo em sua direção, Demi sentou no chão ao lado da árvore e eu suspirei. É claro que eu não poderia ficar sentada no sofá confortável...

Sentei ao seu lado, gemendo um pouco pelo esforço causado em meu corpo preguiçoso. “É sério que vai ser isso todo ano?” Resmunguei.

Demi revirou os olhos. “Não é minha culpa que você não gosta do Natal.”

“Eu gosto do Natal, mas nunca acordei cedo para abrir meus presentes. Na verdade, os últimos anos têm sido bastante solitários no Natal. E eu não imaginava que você era o espírito natalino em pessoa.”

“Se isso te incomoda, eu posso me trancar no quarto e ficar chorando o resto do dia.”

Revirei os olhos e puxei-a para perto de mim, beijei seu ombro e sua bochecha. “Muito engraçada. Como se eu não achasse incrivelmente fofo que você parece uma criança com muito açúcar no sangue.”

Ela sorriu e beijou minha bochecha, antes de se afastar e pegar uma caixinha pequena embaixo da árvore imensa. “Não diga que não precisava, porque concordamos em dar alguma coisa.”

Controlei minha vontade de revirar os olhos e peguei a caixinha. A caixa fora embrulhada em um papel azul liso, que eu rasguei rapidamente. Eu podia querer dormir, mas agora que estava aqui estou bastante animada. Dentro da caixa, descansando em um monte de papel colorido amassado, estava um conjunto de pulseiras. A primeira era do estilo couro trançado, vermelha, com o pingente do símbolo da paz preso na extremidade. A segunda também era de couro trançado, toda colorida em vermelho, azul, verde e amarelo, com uma pequena caveira como pingente. A terceira era do estilo de um pequeno cordão com uma plaquinha presa no meio. Eram duas, uma com o meu nome e outra com o nome de Demi, com as letras bem desenhadas e um pequeno coração ao lado deles. A quarta, e última, era fina, de ouro, com um pingente de uma pequena cruz simples.

“Eu reparei que você tem uma pequena coleção de pulseiras.” Demi deu de ombros em sua explicação breve.

Eu sorri e me inclinei para beijá-la. “Eu adorei, obrigada. Coloca?” Pedi, estendendo meu pulso esquerdo para ela colocar as pulseiras. Depois coloquei a pulseira com meu nome em seu pulso e beijei sua mão. “Eu realmente adorei isso.”

Demi sorriu largamente e se esticou para pegar outra coisa. Eu estava prestes a protestar, mas ela colocou o presente no meu colo antes que eu pudesse abrir a boca. “Aqui.”

Era um embrulho verde, plano e meio largo. Parecia um livro. Rasguei o papel de presente, parando com as hipóteses, e ri quando vi o livro colorido. “Esse deve ter sido o melhor presente que já recebi.” Comentei.

Demi pegou o livro e abriu em uma página. “Eu voto nessa aqui hoje de manhã.” Era um livro com 100 receitas de panquecas. Eu nem sabia que existiam tantos tipos, mas não estava reclamando, porque, obviamente, aquilo era incrível. “Apenas para dizer que eu realmente, realmente, gosto das suas panquecas.”

Me inclinei para beijá-la, então dei um beijinho rápido na ponta de seu nariz. “Obrigada.”

“Eeeee...” Outro presente foi colocado no meu colo.

“Demi, é...”

“Concordamos em não comprar nada exagerado. Até agora, te dei um livro de panquecas e pulseiras. Você não pode reclamar.”

Suspirei, mas abri o próximo presente. Era uma caixa de veludo vermelha, comprida, o que eliminava a chance de ser um brinco ou um anel. Era um colar de prata simples, mas com um pingente elaborado. O pingente era uma pequena menininha, com um vestido fofo feito de pequenos diamantes, com os cabelos cumpridos presos em duas tranças laterais e uma pequena franja, mas sem rosto.

“Essa sou eu.” Demi declarou. “Para você me levar sempre com você, para onde quer que for.”

“Eu não estava planejando sair do seu lado.” Sussurrei, quase me jogando em cima dela quando a beijei.

“Vou levar isso como um ‘adorei o presente’.” Ela brincou quando me afastei com a respiração ofegante.

“Certo.” Lhe dei outro beijo, enquanto me inclinava para pegar a última caixa na árvore e um envelope.

Quando me sentei novamente, lhe entreguei a caixa primeiro. Admito que tive problemas em encontrar seu presente. Afinal, o que se dá para alguém que já tem tudo? (N/A toda vez que leio essa frase eu penso "e por tudo quero dizer eu", mas não vou colocar isso aqui, infelizmente). Pensei em lhe dar um colar, mas ela havia comprado um para si mesma que fazia par com o colar que ela deu para Maddie. Considerei uma pulseira e por três dias visitei absolutamente todas as joalherias que eu achava pelo caminho, mas não encontrei nenhuma que fosse perfeita. Brincos, apenas não. Talvez o conjunto completo com os três, mas havíamos concordado em não dar mais que um presente extravagante.

Eu estava passando por uma feira, comprando alguns alimentos saudáveis, quando avistei uma pequena loja do outro lado da rua. Era simples, uma pulseira prata, com vários pingentes que eu pude escolher. Um microfone, uma estrela, um trevo de quatro folhas, uma concha, um floco de neve, uma pequena torre Eiffel, uma meia de Natal, aquelas que se penduram nas lareiras, um cupcake e um coração. Era acompanhada de uma pulseira dourada, com um pingente maior escrito “I Love Italy” com pingentes menores de todos os símbolos da Itália, inclusive monumentos. Essa última totalmente acompanhava meu próximo presente.

“O microfone, obviamente, representa sua música, a estrela é porque você é minha estrela, o trevo é pela sorte que eu tive em te conhecer, a concha simboliza a praia onde nos encontramos aquele dia que iniciou tudo, o floco de neve e a meia representam nosso primeiro Natal juntas, a torre Eiffel é porque você fala francês, o cupcake é porque adoramos essas belezinhas e esse é meu coração, que está contigo.” Expliquei, enquanto colocava a pulseira em seu pulso, junto à sua pulseira com meu nome.

Seu sorriso podia derreter a Antártica por completo como aqueceu meu coração. “Eu te amo.”

“Eu também te amo.” Beijei seu queixo bifurcado e lhe entreguei o envelope. “Esse acompanha a outra pulseira.”

Seus dedos logo rasgaram o lacre do envelope e puxaram os papéis para fora. Suas sobrancelhas se ergueram consideravelmente e eu segurei uma risada. “Passagens?”

“Passagens para a Itália, melhor dizendo.” Corrigi. “Temos até seis meses para usá-las.” Dei de ombros.

“Vamos para a Itália?”

“Eu me lembro que você falou que nunca teve a oportunidade de realmente conhecer a Itália.”

“Eu devo ter te falado isso a mais de oito meses.”

Dei de ombros novamente. “Eu tenho uma boa memória.” Isso era uma completa mentira. Eu conseguia me esquecer de onde havia colocado o celular nem cinco segundos depois de deixá-lo lá. Mas iria parecer estranho dizer que minha memória funciona perfeitamente quando o assunto é Demi Lovato. “E essas passagens incluem Roma, Veneza, Napoli, Milão, Florenza, Gênova, Bolonha e Pisa. E, para sua tremenda sorte, eu falo italiano.”

“Você é inacreditável.” Ela murmurou, olhando as passagens com uma expressão perplexa.

“Espero que seja um inacreditável... bom.”

“Não.” Senti meu sangue gelar por um segundo. “É um inacreditável ótimo.” Perdi o equilíbrio quando Demi se jogou em mim. Acabei deitada no chão com ela em cima, distribuindo beijos por todo meu rosto. “Você é tão... perfeita!”

Revirei os olhos. “Por favor, não sou perfeita. Apenas dou presentes incríveis.” Brinquei.

“Eu realmente te amo.”

“E eu te amo também.”