Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Baby.mello18: pois é, tbm não gosto dele, mas fazer o q né... kkkk

DulcePOV

“Dul, o que aconteceu?” Foi a primeira coisa que Christian perguntou quando abriu a porta de sua casa.

“Eu não sei.” E era verdade. Eu não tinha ideia do que aconteceu naquele apartamento.

Eu tinha ido à editora, pego as cópias das fotos e uma das revistas e, quando voltei, parecia que um furacão havia passado pela casa e Demi estava jogando tudo pelo ar e me acusando de coisas horríveis. Eu não sei o que eram aqueles e-mails, mas eu nunca havia escrito nada daquilo.

Depois de duas horas tentando explicar o que havia acontecido, Christian me puxou para um abraço apertado. “Oh, Dul. Eu sinto muito, mas eu não posso te ajudar. Será que aqueles e-mails não foram erros?”

“Eles eram reais, só escritos diferente. Eu mandei cada um daqueles e-mails, mas eu te juro que o que estava escrito era totalmente diferente. Era como se alguém tivesse lido cada e-mail e trocado as palavras para fazer aquelas atrocidades. E a música... Chris, eu mandei metade de uma música para Ucker para ele ver se estava boa! Eu não sei como fizeram aquilo, ou quem fez, mas... Destruiu minha vida.”

“Também não é assim, Dul. Não é um caso perdido.” Christian só me chamava de Dul quando eu estava chorando como louca, o que era o caso daquele momento. “Eu vou olhar meu e-mail, vamos ver os que você me mandou, imprimir e dar para Demi ler. Podemos pedir para Sandro e Ucker também.”

Depois de ligar para eles e receber duas respostas que eles apagam os e-mails no final de todos os meses, eu já estava frustrada. Christian era a minha última salvação. Por sorte, ele não tem o mesmo cuidado pela sua caixa de entrada como Sandro e Ucker, mas, infelizmente, eram muitos e-mails e tivemos que procurar por duas horas todos os que eu enviei para ele, copiar e colar.

Lá estavam, os verdadeiros e-mails. Eu dando feliz Natal para Christian e contando sobre nosso passeio no parque. Contanto sobre meu namoro com Demi, mês por mês, tudo o que acontecia, desde a distância com minha viagem até nossas ideias idiotas. Tudo. E, a cada e-mail, um elogio sobre Demi, linhas e linhas do quanto eu a amo e me sinto sortuda por tê-la.

Imprimimos tudo e pedimos para o motorista de Christian levar para nosso prédio e pedir para James entregar para Demi. Deixei um pequeno bilhete dentro.

“Espero que acredite em mim agora.”

O que doía mais era o fato que ela nem me deu uma chance de defesa. Não sei como conseguiu aqueles e-mails falsos, mas preferiu acreditar neles do que em mim e em tudo que já disse para ela.

O motorista voltou quase duas horas depois e me entregou um pequeno pedaço de papel, antes de voltar para o carro, onde esperaria ser necessário de novo.

“Esperar que seu melhor amigo te livre disso? Sério? Você não tem ideia do quanto eu te odeio agora.”

Christian apenas me observou quando eu joguei um vaso horrível na parede e ele quebrou em centenas de pedacinhos igualmente horríveis. “Eu te dou dinheiro para comprar outra coisa horrível depois.” Murmurei, passando por cima dos cacos.

Ele fez uma careta, que eu vi pelo canto dos meus olhos. “Minha mãe me deu esse vaso. Era da avó dela. Mas ele era horrível mesmo, não era? Obrigado.”

Suspirei e sentei ao seu lado no sofá. “O que eu vou fazer, Pollito?”

“Você me jura, pela morte de Clara, que você não escreveu nenhum daqueles e-mails?”

Olhei-o com raiva. “Você realmente acha que eu seria capaz de fazer algo tão cruel? Eu a amo, Christian.”

Ele balançou a cabeça. “Eu sei, eu só queria ter certeza absoluta. Ela não te disse como conseguiu aquilo?”

“Não. Quando eu cheguei lá, ela apenas me acusou e me mandou embora.” Passei a mão pelos meus cabelos e respirei fundo. “Alguém deve ter escrito aquilo, mas quem e como?”

“E por que?” Ele completou.

“Mas como essa pessoa saberia meu e-mail, o seu e-mail, o de Sandro, o de Ucker e até o de Anahi? E como saberia sobre as músicas, sobre tudo que eu escrevi para vocês?”

“Vai ver recebeu uma mensagem de um espírito.” Eu sei que sua intenção de quebrar o clima pesado com uma piada era boa, mas eu olhei-o com impaciência. “O que? É a única explicação?”

“Não pode ser a única explicação. Deve haver um tipo de vírus ou algo assim. Eu sabia que deveria ter feito informática e não jardinagem.” Bufei.

“Podemos procurar online.”

“E procurar como? Como escrever e-mails falsos usando o endereço de e-mail da pessoa que você quer ferrar a vida? Deus, eu escrevi que precisávamos comprar uma máquina de lavar para não ter que usar a lavanderia do prédio, porque fica na garagem, e eles modificam para dizer que eu quero transar com Poncho na máquina de lavar.”

Christian colocou a mão na boca para segurar uma risada e eu controlei minha vontade de socá-lo por rir da minha desgraça. “Sinto muito, mas você e Poncho... Ok, desculpa.” Ele respirou fundo e se controlou. “Eu realmente não sei o que você pode fazer, Dulce. Se Demi não acreditar em você...”

“Se ela não acreditar em mim não tem como fazer nada.” Completei por ele. “Se ela não acreditar que tudo aquilo é mentira... Não tem jeito. Ela não acredita em mim, Christian.”

“Relacionamentos giram em torno da confiança.” Ele tentou amenizar minha dor com essa frase de livros de auto-ajuda.

Revirei os olhos. “Se você lesse aquelas coisas você também acreditaria. Tem o meu e-mail, o seu e-mail, o e-mail de todo mundo. E os e-mails certos. Tem a forma como eu escrevo e tem praticamente a história do nosso relacionamento, só que modificada.”

“Tem que ter algo que não está igual.”

“A risada.” Dei de ombros. “Não que isso sirva de alguma coisa.”

“A risada é algo individual.” Ele tentou ajudar com um pequeno sorriso. “Uma pessoa não ri na internet com mais de dois tipos de risadas. É uma das suas defesas, deveríamos nos concentrar nisso.”

“Ok, a risada naqueles e-mails era kkkk, mas você sabe que eu rio como todos os outros mexicanos conectados na internet no mundo.”

“jajaja.” Christian falou e eu queria rir em como aquilo soava ridículo na vida fora do computador.

Honestamente, nossa risada não parece como “jajaja” ou “kkk” ou “hahaha” ou “hihihi”, por que usar essas formas estranhas para rir na internet?

“Isso.” Respondi. “Ah, e em um dos e-mails eu te chamo de idiota como uma forma de apelido.”

“Você só usa Chris quando me manda um e-mail.” Ele afirmou com convicção. “Eu sei disso, porque sempre estranhei você usar apelidos retardados quando fala diretamente comigo, mas usar um apelido normal quando fala comigo pela internet.”

“E eu chamo Christopher de Chris nos e-mails também, mas nos falsos eu o chamo de Ucker.”

“Você usa Ucker quando se refere a ele nos e-mails que mandou para mim.”

Me concentrei por um momento, tentando dar sentido naquela história toda. Por fim, foi como se uma lâmpada se iluminasse na minha mente. “Eu nunca percebi isso, mas... Quando eu me refiro a alguém nos meus e-mails eu uso o apelido que normalmente uso, mas quando eu falo o seu nome no e-mail eu uso um apelido comum.” Ele franziu a testa, meio confuso e eu tive que lhe dar razão, porque minha explicação não fazia quase nenhum sentido. “É tipo... Quando eu mando um e-mail para você, eu uso Chris, mas se eu mando um e-mail para Anahi, por exemplo, eu te chamo de Pollito. Quando eu mando um e-mail para Christopher, eu uso Chris, mas se eu me refiro a ele em um e-mail para você, eu uso Ucker.”

Christian começou a ficar animado. “É claro! Quem fez isso não deve ter percebido que você faz isso e usou os apelidos em tudo!”

“Sim, mas não é como se ela fosse acreditar nessa baboseira.” Suspirei. “São coisas simples, que eu nem percebi que fazia até agora.”

“Mas é a forma que você se comunica na internet. É tipo uma identidade. Você não usa abreviações, agora esse negócio como os apelidos, e você só ri usando jajaja.”

“Aqueles e-mails também não tinham abreviações. O que deixa minha defesa baseada em coisas mais frágeis que gelatina. Ela não vai acreditar em uma palavra que eu diga baseado nas coisas que descobrimos sobre minha ‘linguagem da internet’ até agora.” Zombei. “Ninguém acreditaria.”

“Eu acreditaria.”

“Então você pode trocar de corpo com ela pode uma hora?” Percebi que minha voz estava mais dura do que eu pretendia. “Desculpa, Pollis, não é culpa sua, eu só estou estressada, confusa, e com raiva de quem fez isso.”

“Tudo bem.” Christian se aproximou um pouco e pegou minhas mãos. “Temos que descobrir quem fez isso.”

Zombei com uma risada. “Podem ter sido milhares de pessoas. Fãs que não nos queriam juntos, a mídia pode estar atrás de um escândalo, alguém simplesmente cruel...” Fiz uma pausa quando uma lembrança me acertou em cheio, com o peso de um trem em velocidade máxima. “Wilmer.”

“Quem?”

“O ex-namorado de Demi. Ele foi na casa dela um dia e... Isso ainda não acabou.” Sussurrei. “Meu Deus.”

“Ela realmente sabe escolher namorados, em?” Levantei rapidamente e peguei meu casaco. “Onde está indo?”

“Tirar satisfações com aquele filho da pu/ta.” Falei rapidamente, já abrindo a porta.

“Você sabe onde ele mora?”

“Não, mas eu vou descobrir.”

“Espera, eu vou com você.”

“Não, não vai.”

“Cala boca e entra no carro, eu dirijo e você faz umas ligações.”