Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Baby.mello18: eu imagino o meu amigo dançando creu, aí eu imagino o seu amigo, que nem conheço, dançando creu, aí imagino eles criando um grupo de dançarinos de creu e kkkkk. Todo mundo fala que minha bun/da é muito grande, que ocupa mais espaço que o resto do meu corpo, mas eu digo que é apenas inveja kkkkkkk. Mas gente, como assim vai tentar me matar com a comida??? Isso vai ficar registrado, se algo acontecer comigo, vão saber quem foi o culpado kkkkkk. E a coreografia super interessante é do meu amigo, já a letra super emocionante é minha, meus antigos vizinhos não gostaram muito, não entendi porque kkkkk. Opaaaa, se achar uma Maite pra mim to dentro kkkkk, interpreto o Poncho, o Ucker, o mundo inteiro kkkkkk. Tem alguém em mente????? Kkkkkkk

DulcePOV

Entrei no apartamento com cuidado, como se esperasse que uma bomba fosse explodir a qualquer momento. Minhas coisas estavam espalhadas para todo o lado, várias coisas estavam quebradas e haviam cacos para todos os lados.

Eu podia ver os restos do meu laptop e algo que parecia muito com meu DVD favorito. Rezando mentalmente para meus violões estarem intactos, entrei, olhando em volta para tentar localizá-la em algum lugar.

Pelo corredor, era possível ver a luz do banheiro acesa e eu respirei fundo, antes de caminhar lentamente. A cada passo o som de lágrimas aumentava e eu desejei ter batido em Wilmer, mesmo que isso significasse sofrer um processo de agressão depois. Era só pagar para ele ficar quieto e pronto. Mas eu já estava ali e não iria embora.

A porta do banheiro estava aberta e não foi difícil localizá-la sentada ao lado do box do chuveiro, com o rosto molhado de lágrimas e sem um pingo da felicidade que eu havia visto nela nem 24 horas antes. Deus, o que o panaca fez com ela?

“Demi.” Chamei calmamente, tentando não assustá-la sobre minha presença repentina.

Seus olhos se arregalaram e, imediatamente, mais lágrimas começaram a descer. Ela ergueu um dos braços e foi quando eu percebi a navalha em sua mão. Na verdade, era só a parte de corte, mas eu a reconheci imediatamente. Olhando brevemente pelo chão eu podia ver gotas de sangue espalhadas ao seu redor e soube que havia chego muito tarde. Sua mão se moveu para fazer outro corte, abaixo de outros dois ainda vermelhos, mas eu consegui sair do meu estado de estupor e me joguei ao seu lado, segurando seu pulso com força.

“Demi, me dá isso.” Pedi, tentando tirar a navalha de sua mão, mas ela segurava o objeto com força. “Você não quer realmente fazer isso, ok? É sério, você sabe que vai se arrepender depois. Solta isso.”

“VAI EMBORA! SAI DAQUI! EU NÃO QUERO VOCÊ PERTO DE MIM! MENTIROSA, MANIPULADORA!” Suas mãos se moviam rapidamente, tentando se livrar do meu aperto firme, enquanto sua voz penetrava meus ouvidos com um volume alto o suficiente para realmente doer. Ela estava sendo bastante forte e girava os braços de um lado para o outro, tentando se soltar, mas, felizmente, eu consegui mantê-la presa ali.

“Demi, me entrega isso antes que você se machuque mais.” Pedi novamente, tentando segurar a navalha enquanto ela mexia o braço rapidamente.

Vendo em retrospecto pode não ter sido a melhor ideia. Sua mão se movia rápido demais, ela estava com muita raiva e tinha apenas um objetivo, por isso não foi uma grande surpresa quando a navalha atingiu meu antebraço esquerdo. Tentando ignorar a dor que se seguiu, segurei seus dois pulsos com uma mão só e arranquei o pedaço de metal cortante de seus dedos, jogando-o no lixo logo depois. Olhei diretamente nos seus olhos e senti meu coração bater dolorosamente no meu peito ao ver a dor que se encontrava lá.

“Demi, se acalma, por favor.” Sussurrei. Ela havia parado de se mexer e me olhava fixamente.

“Por que você fez isso?”

“Eu não fiz nada. Você tem que acreditar em mim.” Eu estava no estado humilhante de implorar por aquilo, mas eu não me importava. Eu andaria de joelhos do Alasca até a Argentina enquanto implorava para ela acreditar em mim. “Você me conhece.”

“Não, eu não te conheço. Foi tudo uma mentira.”

“Não, não foi! Nada do que passamos juntas foi uma mentira! Eu te amo!”

“VOCÊ NÃO ME AMA!” Demi tentou se libertar novamente, mas segurei-a firmemente sem pestanejar.

“Então prove o que está dizendo.”

“Aqueles e-mails dizem tudo.”

“Aqueles e-mails falsos, você quer dizer. Quem foi que te mostrou aquilo? Wilmer, não foi? Você realmente acha que ele é uma fonte confiável?”

“Eu não sei como ele conseguiu aquilo, mas ele fez. E me mostrou que tudo que você já me disse foi uma grande MENTIRA! EU TE ODEIO!”

Aquelas palavras provavelmente doeram mais do que se eu tivesse sido atingida por um trem. “Ele forjou tudo aquilo. Por favor, acredite em mim.”

“Ele não pode ter feito aquilo, é impossível.”

“Eu ainda não sei como ele fez, mas nada daquilo é verdade. Olha nos meus olhos e me diga que não vê o quanto eu te amo.”

“É só mais uma parte da sua mentira!”

“Acha que eu posso fingir sentimentos? Acha que posso fingir emoções desse tipo? Fico agradecida por você pensar que eu sou uma atriz tão boa assim, mas eu não sou. Eu amo você.”

“PARE DE MENTIR!” Dessa vez, Demi conseguiu me empurrar com força suficiente para se soltar. Ela levantou e saiu correndo do banheiro. Eu a segui assim que recobrei meu equilíbrio. “QUERO VOCÊ FORA DAQUI! PEGUE TODAS AS SUAS COISAS E SUMA DA MINHA VIDA!”

“Eu não vou embora enquanto você não me ouvir!” Exclamei, desviando de uma pilha com meus livros.

“Por que continua com isso?” Ela perguntou, se virando de repente. Seus olhos brilharam novamente com a dor. “Por que insiste em mentir para mim? Não acha que já me magoou o suficiente? Por que continuar?”

“Você tem que me escutar, por favor.”

“Seu braço.”

“O que?”

“Está sangrando.”

Eu olhei para meu antebraço esquerdo, onde ela havia me cortado e acenei. “Sim, foi a navalha, nada de mais, só um arranhão.” Ambas podíamos ver que era mentira, não era apenas um arranhão, era um corte grande, mas eu estava ali para fazê-la acreditar em mim, não para falar sobre um acidente. “Demi, eu juro para você que nada do que aqueles e-mails diziam era verdade.”

“Eu te cortei.” Ela murmurou.

“Por favor, me escuta, concentra no que estou falando. Esquece o corte, não é nada.”

“Está sangrando.”

“É, eu sei.” Suspirei e voltei a olhar para meu braço, o que foi uma péssima ideia. Eu acabei me lembrando que não lidava muito bem em ver meu próprio sangue. No calor do momento de antes eu nem percebi que, sim, aquela coisa vermelha escorrendo no meu braço era o meu sangue. Minha visão, imediatamente ficou turva e tudo começou a rodar. Ótimo, só o que eu precisava agora. “Ok, talvez eu precise sentar um pouco. Ou respirar fundo. Isso, respirar fundo, é a melhor opção.”

Tentei repetir o exercício que meu professor de educação física me ensinou uma vez quando meu nariz começou a sangrar durante uma aula. Respire e inspire lentamente, se concentre em coisas felizes, pense em outra coisa. Depois de alguns minutos tudo pareceu voltar ao normal, mas eu estava ciente que não podia olhar para meu braço enquanto não tirasse aquele sangue de lá.

“Demi, eu vou tentar descobrir como ela forjou aqueles e-mails, como ele entrou no meu computador e tudo o mais, mas eu preciso que você acredite em mim agora!”

“Eu transei com Nick.” Ela sussurrou.

Meu coração parecia um prato que atinge o chão de uma altura considerável: despedaçado. Ok, retiro o que eu disse antes. Ouvir aquilo doía mais que ser atingida por um trem. Ela dormiu com outra pessoa. Com Nick, ninguém menos. O idiota que eu conheci no seu aniversário, que parecia todo elegante e cavalheiro, que nem olhou para nenhuma mulher durante a noite inteira... Talvez fosse porque ele estava olhando para ela a noite inteira e eu não percebi, porque também estava olhando para ela a noite inteira. Deus, como aquilo doía. Parecia ácido corroendo minhas veias e chegando direto no meu coração.

“Ok.” Falei depois de alguns minutos de silêncio tentando recobrar o controle do meu corpo. “Quando?”

“Hoje de tarde.”

Acenei com a cabeça enquanto engolia em seco. Menos de dez horas depois da nossa briga. “Certo. Bem, eu não sei como aconteceu e nem sei se quero saber, mas você, você sabe, a briga e tudo o mais... Confunde.” O ácido decidiu atingir meu cérebro também pelo jeito.

“Eu precisava falar com alguém e ele era o único que estava na cidade. Eu não sei como aconteceu, nós estávamos conversando e então ele me beijou. Eu só... Eu me sentia um lixo depois de descobrir o que você fez comigo, eu só precisava me sentir amada e desejada de novo.”

“E conseguiu?” As palavras saíram mais duras do que eu pretendia, mas a dor parecia crescer mais e mais a cada segundo.

“Não.” Ela balançou a cabeça, parecendo extremamente frágil parada do outro lado da sala. Eu desejei atravessar aquele espaço e abraçá-la, mas sua expressão mudou logo depois, voltando a ficar cheia de raiva. “Eu não sei por que estou me explicando para você! Você mentiu para mim! Você nem se importa com nada disso!”

“Acha que eu não me importo por você ter dormido com aquele cara todo ensebado? É claro que me importo. Isso dói pra caralh*. Mas eu sei que você pensa que eu menti sobre tudo e entendo porque você dormiu com ele naquela hora, e, apesar de ainda doer demais, não posso te culpar realmente por isso.”

“Você não pode me culpar por nada! Você não tem nenhum direito aqui! Foi você que mentiu desde o começo! Desde quando as mentiras existem? Desde a festa da revista?! Ou desde que nos encontramos na praia no dia seguinte? Teve a brilhante ideia de me explorar durante a noite ou já estava planejando fazer isso com a primeira que desse bola pra você?! Quem é o seu próximo alvo? Quem é a próxima vítima com quem você vai bancar a sanguessuga?!”

“Essa briga está perdendo o controle.”

“VAI EMBORA!” É disso que estou falando...

“Eu não vou até que você pare e me escute.”

“Eu já escutei o que você tinha pra falar, não há mais nada que você possa dizer que vá melhorar sua situação. Agora sai do meu apartamento!”

“Tudo bem, mas você vai chamar alguém para ficar com você antes que eu vá. Não vou deixar você aqui sozinha para se cortar de novo.”

Provavelmente atingi em um ponto dolorido, mas não é como se ela me dessa outra escolha. Ela olhou para seu pulso esquerdo imediatamente e voltou a chorar quando viu as marcas avermelhadas em contraste com sua tatuagem.

“Eu não acredito que...”

“Está tudo bem, foi um momento de descontrole, acontece com todo mundo.”

“Sai daqui.” Ela murmurou com a mesma voz quebrada e desolada de antes, o que me confundiu um pouco sobre o seu significado. “Vai embora. Olha o que você fez comigo. Olha o que eu fiz comigo.”

“Chame alguém para ficar com você e eu vou embora.”

“Eu quero você fora daqui agora.”

Suspirei, sabendo que seria uma péssima ideia ir embora e uma péssima ideia ficar. Acenei em acordo e olhei em volta para a bagunça das minhas coisas. “Tudo bem. Mas eu vou voltar e vou te mostrar que eu não estou mentindo.” Anunciei, enquanto me aproximava da porta.

Eu parei do lado de fora do corredor, peguei meu celular e disquei para a única pessoa que eu poderia pensar. Demorou apenas dois toques e eu sabia que estava encrencada. “Como você pode fazer isso?”

“Dianna, eu entendo a raiva e tudo o mais, mas eu juro que nada disso é verdade. Eu amo a sua filha.”

“Como você pode olhar nos meus olhos e falar que gostava dela? Você é a escória desse mundo!”

Respirei fundo e me escorei contra a parede. “Dianna, Demi está sozinha no apartamento, esqueceu de tomar os remédios e está perdendo o controle. Por favor, venha ficar com ela antes que ela acabe fazendo algo idiota. Eu sei que você está com raiva...”

“Eu te odeio.”

“Apenas venha, por favor.”

Tive que esperar quase uma hora, parada do lado de fora da porta, tentando ouvir qualquer barulho que alertasse um perigo, mas não ouvi nada, é como se Demi tivesse ficado congelada do jeito que a deixei. Assim que ouvi o barulho do elevador, me virei com um suspiro de alívio, sabendo que Demi não ficaria mais sozinha.

“Graças a Deus, Dianna, ela está tão...”

O tapa me surpreendeu, mas não deveria. Segundos depois, sem me dar tempo de uma recuperação do choque, a mulher me empurrou contra a parede e me olhou de uma forma muito ameaçadora. “Eu confiei em você, eu deixei você entrar na minha casa e na vida das minhas filhas! VOCÊ ME OLHOU NOS OLHOS!” Outro tapa no meu lábio já sangrando. “Eu espero que você sofra ainda nessa vida! Nunca mais volte aqui, nunca mais tente falar com ela ou com qualquer uma de nós!” E com isso ela entrou no apartamento sem me dar tempo de reação.

Agora é uma questão de honra provar minha inocência.