Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

Acabei conhecendo outros de seus amigos que, aparentemente, uniram suas forças para alegrar seu Ano Novo, o que não funcionou muito bem. Além de Christian, que havia cedido sua casa como “quartel-general”, Anahi e Maite também estavam lá. Haviam chego naquela tarde, depois de terem recebido uma ligação de Christian anunciando uma emergência.

“É bom finalmente te conhecer.” Anahi sorriu quando se afastou do abraço que me deu. “Dulce não podia calar a boca sobre você, mas também não podia mexer a bunda gorda dela para te levar para o México e nos apresentar.”

“Você tem inveja da minha bunda.” Dulce rebateu com um revirar de olhos.

“Sim, elas sempre tem essa mentalidade de quinze anos.” Maite balançou a cabeça.

Eu sorri para a mulher que eu me lembrava perfeitamente, até porque ainda tinha o vídeo de sua apresentação no meu celular. “É bom te ver de novo.”

“Digo o mesmo. Anahi falou a verdade, Dulce não conseguia calar a boca.”

“Será que vocês podem parar de me envergonhar?”

Anahi riu e abraçou Dulce de lado. “Ah, tadinha dela.” Ela se inclinou e beijou a bochecha de Dulce. “Senti falta do seu sorriso, Ken. Ela estava toda deprimida aqui.”

“Ok, já chega.” Dulce se afastou.

“Só estou comentando os fatos.”

“Nós sabemos que seu objetivo é me envergonhar o máximo possível.”

“Estou me saindo bem, não é?”

DD-DD-DD

“Ok, todo mundo se preparando!” Christian exclamou de seu lugar em cima do sofá. Ele parecia incrivelmente animado, pulando para cima e para baixo, com uma corneta na mão e um sorriso pateta no rosto.

“Prontos para comemorar o que vai ser o melhor ano da minha vida?” Dulce parecia tão animada quanto ele, mas a diferença era que segurava uma garrafa de tequila e não uma corneta. Ela não estava bêbada, mas estava muito perto disso.

“É um ótimo anel.” Maite falou, em pé calmamente ao meu lado.

Eu sorri e acenei um pouco. “Demorei um bom tempo para achá-lo, mas é apenas perfeito.”

“Estou feliz por vocês. Antes de você chegar, Dulce estava tão deprimida que, por alguns minutos, pensei que fosse passar a virada do ano chorando em um canto. Eu estava realmente preocupada, ainda mais porque ela não queria contar o que estava acontecendo. Ainda bem que você chegou.”

“Foi minha culpa. Eu disse algo sem pensar.” Suspirei.

“Isso acontece.” Ela me deu um sorriso tranqüilizante. “Dulce adora dizer que merdas acontecem. Depois de um tempo passei a acreditar.” Maite deu de ombros. “Merda acontece mesmo.”

Acenei em acordo e me preparei para agradecê-la por vir ao auxilio de Dulce tão rápido, mas Anahi veio correndo da cozinha, segurando o celular. “UMA FOTO!” Anunciou. “Todo mundo naquela parede!”

Depois de tirar a foto e outras vinte, Anahi olhou para Dulce e sorriu. “Uma foto do seu anel. Meia noite, além de postar nossa comemoração, você vai postar a sua comemoração. Agora, vamos lá, as duas fazendo coisas fofas. Aproveitem que não tem que esconder nada.”

Enquanto tirávamos as tais “fotos fofas”, Christian preparava a champanhe para a comemoração e Maite colocava um CD no rádio. Anahi bancou a fotógrafa e tirou qualquer foto possível. Das nossas mãos unidas, de nós nos beijando e coisas assim.

“Contagem regressiva começa em 1 minuto!” Christian anunciou, recomeçando a pular no sofá.

“Isso!” Dulce exclamou, copiando seu movimento.

Ela não estava brincando quando disse que ficava muito animada no Ano Novo. Nem um pouco. Um minuto depois, com o volume da TV no máximo, começamos a contagem regressiva para 2014.

“10! 9! 8! 7! 6! 5! 4! 3! 2! 1! FELIZ ANO NOVO!”

Assistimos a bola da Times Square caindo pela TV, no mesmo instante que puxei Dulce para mim e lhe dei nosso primeiro beijo do novo ano. Quando nos separamos, Dulce sorriu e beijou minha bochecha. “Eu te amo.” Sussurrou.

“Eu te amo mais.” Beijei sua testa. “Obrigada por aceitar.”

“Obrigada por perguntar.” Dulce piscou com um meio sorriso brincando em seus lábios. “Agora você vai aprender sobre uma de nossas tradições.”

“Ok! Me dêem logo um abraço aqui para começarmos a falar nossos agradecimentos.” Antes que eu pudesse me virar, Christian havia nos puxado para um abraço coletivo. Depois de abraçarmos Maite e Anahi, Christian, que havia estourado o champanhe e servido em algumas taças, levantou a taça dele e limpou a garganta dramaticamente. “Em 2013, fiquei grato pelo sucesso de minhas músicas, por Dulce ter se mudado definitivamente para Los Angeles, por meus pais mostrarem que me amam mesmo, apesar de terem acampado na minha casa e me feito falar com três psicólogos sobre minha ideia de mudança de sexo.” Ele lançou um olhar irritado para Dulce, que apenas riu. “E fiquei grato por termos uma nova pessoa no grupo, Demi Lovato, de quem eu preciso pegar um autógrafo mais tarde.”

“Muito bom.” Anahi sorriu. “Eu fiquei grata por Dulce ter criado coragem e dito ao mundo que é gay, assim eu parei de ver seu sofrimento ao ter que esconder isso. Fiquei grata por todos os meus fãs me apoiarem sempre, por encontrar a felicidade depois de tanto tempo lutando contra isso, e por estar aqui com vocês hoje!”

Dulce interrompeu Maite, que seria a próxima a falar. Aquela era uma ótima tradição. Era normal fazermos aquilo na Ação de Graças, mas como eles não comemoram isso no México, faz sentido agradecerem na virada do ano. “Opa, opa, opa. Pode ir se explicando, senhorita.”

“Não. Não temos que explicar o que agradecemos.” Anahi sorriu parecendo bastante orgulhosa de seu raciocínio.

Dulce estreitou os olhos. “É bom a senhorita não estar escondendo nada importante.”

“Relaxa, Ken.” Anahi revirou os olhos. “É uma coisa boa.”

“Vou confiar em você nisso, mas é bom me contar logo, Barbie misteriosa.”

Anahi riu. “Quando eu acho que seus apelidos não podem piorar...”

“Apenas continue, May.”

Maite sorriu e respirou fundo. “Em 2013, fiquei grata pelos meus amigos, pelo meu CD, pelos meus fãs, pela minha família me apoiar sempre, e por ver Dulce tentando amadurecer, finalmente.”

“Qual o problema de vocês me deixarem ser feliz sem me provocar por isso?” Dulce revirou os olhos e gemeu, parecendo uma criança contrariada. “Minha vez de provocar vocês vai chegar, vocês vão ver.”

“Não tenho dúvidas disso.” Maite comentou com uma risada.

“Ok. De qualquer forma... Fiquei grata por ter encontrado Demi, por ter me apaixonado e por estar com ela.” Dulce sorriu para mim enquanto eu corava um pouco. Um sorriso ameaçou dividir meu rosto ao meio. “Fiquei grata pelos pais de Christian serem tão fáceis de convencer, por ter amigos extraordinários, por Demi ter amigos extraordinários que fazem de tudo por ela, inclusive tentar me matar.”

“Eu queria ter estado lá para ver a cena.” Christian riu.

“Não foi divertido.” Dulce suspirou. “Ainda não consigo me abaixar.”

“Faça Demi fazer o trabalho duro.” Ele aconselhou.

“Apenas continue agradecendo.” Falei rapidamente.

Eles riram, enquanto Dulce beijava minha bochecha. “Não vou abusar de você. Enfim, sou grata por tê-la comigo, pelo sucesso dos meus amigos, que merecem totalmente isso, pela nova fase na minha vida, e sim, estou falando do amadurecimento, dona Maite, e sou grata pelo novo ano de surpresas.”

Não tive que pensar muito para saber pelo que fui grata em 2013. “Sou grata por ter me apaixonado por Dulce e por tê-la na minha vida.”