Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

Foram necessárias algumas ligações, e de Mitchell, mas eu consegui organizar algo, que se tornou meu plano. Eu olhei todos os detalhes, pedi tudo que tinha direito, já que a conta não ia ficar tão barata assim, e comecei a contar os minutos.

Seriam necessárias três horas para que tudo ficasse pronto, isso se todas as pessoas começassem a se mexer naquele exato segundo. Por isso, eu só podia esperar e rezar para dar tudo certo. Honestamente, não sei como isso surgiu na minha cabeça de repente, mas eu estava feliz por ter pensado naquilo.

Dulce ainda estava dormindo, então decidi que deveria “preparar” nosso almoço. Isso quer dizer que eu ia descongelar uma lasanha e colocá-la no forno. Arrumei a mesa de uma forma um pouco romântica, para entrar no clima, servi um suco de uva, que se passaria por nosso vinho, arrumei a lasanha nos pratos com um coração feito de rodelas de tomate do lado (devo ter ficado mais tempo arrumando os tomates que fazendo todo o resto, mas que seja), e fui acordar Dulce.

Dizer que ela estava surpresa era pouco. Dulce me olhou desconfiada por um minuto inteiro depois de eu ter falado que fiz o almoço, como se suspeitasse que havia outra pessoa no meu corpo ou algo assim.

“Eu só quero te recompensar pelos últimos dias.” Falei quando seu olhar começou a me deixar desconfortável.

Dulce abriu a boca para falar algo, mas acabou desistindo, apenas acenou em acordo e começou a comer. Depois do almoço, onde conversamos sobre nossa viagem quase o tempo inteiro, mandei-a para a sala e fui lavar a louça.

Havíamos combinado de sair no dia 15 deste mês, e voltar no dia 05 de fevereiro, antes do lançamento do meu novo single e de suas novas músicas, que ela só gravou depois de muita insistência minha, dizendo que eram boas e que ela poderia partilhar com o mundo as músicas que fez para mim. Por causa disso, ela havia assinado contrato para um novo CD, que deveria sair em junho. Ela já tinha cinco músicas, apenas duas em espanhol, estava no processo de gravar outras duas e ainda precisava escrever as outras.

Eu havia insistido também que ela deveria cantar na minha tournée e não apenas me acompanhar. Dulce ainda não havia me dado uma resposta para isso, mas sei que posso convencê-la disso posteriormente.

Quando o relógio marcou duas horas, e minha ansiedade estava quase no limite, mandei Dulce se trocar, ganhando outro olhar confuso. “Por que?”

“Porque quero te levar para um lugar legal.”

Ela franziu a testa. “Por que?”

“Porque você é minha noiva e eu te amo. Agora vai lá. Algo confortável.”

Apesar da confusão, Dulce fez o que eu pedi, colocando uma calça jeans bege e uma camisa azul, e tênis. Coloquei algo parecido, então liguei para Mitchell enquanto Dulce passava maquiagem.

“Tudo pronto?”

“Quase. Até você chegar, vai estar perfeito. Tem certeza que não vai se perder?”

“Vou colocar o endereço no GPS.”

“É em uma montanha.”

“Eu vou encontrar.”

“Tudo bem. Bom, não se apresse.”

A parte mais difícil foi ajusta o GPS sem Dulce ver o que eu estava fazendo. Consegui, no entanto, usando a desculpa que havia esquecido as lentes e precisava enxergar a tela pequena mais perto. Dirigi, tentando não quebrar nenhuma lei de trânsito, com uma música ao fundo e Dulce cantarolando ao meu lado.

Assim que saí pela estrada que levava para uma zona afastada de LA, Dulce olhou para mim e eu podia sentir a desconfiança saindo dela em ondas. “Para onde vamos?”

“É uma surpresa.”

“A senhorita anda muito misteriosa e cheia de planos hoje.”

Dei de ombros, seguindo a instrução do GPS de pegar uma saída à direita. “Você vai gostar.” Espero, acrescentei mentalmente.

Foram necessários mais vinte minutos para que eu enxergasse a montanha que vi pela internet e mais quarenta para chegar ao topo dela, dando graças a Deus que ela não era tão íngreme. “Você vai me jogar de uma montanha?”

“O que? Não.”

“Tem certeza? Isso aqui é meio remoto.”

Revirei os olhos. “E é pra ser.” Estacionei o carro, só destruindo um arbusto no processo, e saí, correndo para abrir sua porta também. “Vamos, olhe essa paisagem.”

Enquanto Dulce olhava a paisagem de LA de cima de uma montanha, peguei meu celular e digitei uma mensagem para Mitchell o mais rápido que podia. A resposta chegou apenas dez segundos depois.

“Não sei o que ‘prorronto’ significa, mas, sim, está tudo prorronto. Pode vir para a área de embarque, é só seguir o balão enorme.”

Revirei os olhos para ele, guardando o celular no bolso novamente, e estendi minha mão para entrelaçar nossos dedos. “Vamos.” Acenei com a cabeça para uma pequena subida feita com pedras.

Dulce ergueu uma sobrancelha. “Você sabe que minhas costas ainda estão me matando e quer que eu suba uma montanha?”

“São, no máximo, quinze degraus. Mas, tudo bem, apenas porquê eu te amo...” Acenei para ela pular nas minhas costas, no estilo cavalinho.

“Não vou pular nas suas costas em cima de uma montanha! Temos muito do que reclamar dessa onda de dias ruins, mas eu gosto de viver!”

Olhei-a irritada pelo momento de falta de confiança... que tinha total razão, porque até aquele dia fatídico, eu não sabia andar de bicicleta porque vivia tropeçando no ar. “Vamos, pode confiar em mim.”

“Eu sei que posso. Só não posso confiar no seu equilíbrio.”

Revirei os olhos. “Ok, pode subir sozinha, então.”

Assim que me virei para começar a subir as pedras colocadas lá pelos instrutores, Dulce colocou as mãos no meu ombro e suspirou. “Se prepara, porque se eu cair aqui, eu te mato.”

Sorrindo, estendi minhas mãos para trás e me inclinei para frente. Segundos depois, senti uma pressão nos meus ombros quando Dulce se impulsionou para cima. Rapidamente segurei suas pernas, enquanto ela cruzava os braços no meu pescoço.

“Pronta?”

“Não.”

“Eu juro que você não vai cair.”

“É bom mesmo, ou eu te mato.”

“Você não teria coragem.” Comentei enquanto começava a subir as pedras. Por sorte, Dulce era bem mais magra que eu, ou eu teria problemas em fazer aquilo.

“Teria sim.” Sua voz parecia frágil de repente.

“Está com medo?”

“Eu olhei para baixo.”

Ri um pouco. “Pensei que só tivesse medo de altura em aviões.” Comentei, com medo do meu plano ir por água a baixo.

“Quando estou em aviões e quando estou nas costas de alguém em cima de uma montanha alta.”

“Você acha mesmo que eu deixaria a melhor coisa que já me aconteceu cair?”

“Eu não sei, me diz você.”

“A resposta é ‘não’.” Sorri quando terminei de subir as pedras e chegamos à parte plana da montanha. A alguns metros, eu podia ver o topo do balão azul e verde. “Viu, acabou.”

“Estou viva.” Ela fingiu uma voz impressionada e eu revirei os olhos.

“Ok, já que não confia em mim, já pode descer, não é?”

“Na verdade, meio que gostei disso, pode continuar.”

“Não tem medo de cair?”

“Já passamos da pior parte.” Ela beijou minha bochecha.

Claro que seu pedido seria uma ordem para mim. Andei até o balão com ela nas costas e, assim que vi Mitchell, desejei estar livre para correr até ele e lhe dar uma surra. Ele segurava uma câmera e parecia tirar uma foto a cada segundo.

“O que estamos fazendo aqui?”

“Vou te levar para um passeio de balão.”

Dulce pulou das minhas costas de repente e correu para ficar na minha frente. “Um passeio de balão?”

“Sim.”

“Eu nem sabia que tinham isso em LA.”

“Bom, eles não podem fazer isso por toda a cidade, apenas em uma parte longe de prédios, que é aqui.”

“Por que?”

“Porque aqui não tem prédios, nem nada que posso atrapalhar o vôo.”

“Não, por quê vamos passear de balão?”

Beijei sua testa e peguei sua mão, levando-a até o cara ao lado do balão enorme. “Porque sim.”

Depois de ouvir as instruções básicas de não se inclinar na borda, ou fazer movimentos muito bruscou, ou mexer em qualquer lugar que não devemos, e blabla, o cara nos ajudou a subir no balão, então soltou os pesos e logo começamos a subir.

Mitchell, que havia insistido que deveria ir junto, ainda estava com a câmera chata na mão, e parecia muito animado enquanto tirava fotos de todos os lados. Dulce olhava com um sorriso a paisagem abaixo de nós da parte mais bonita de LA, e era irresistível a vontade de abraçá-la por trás e beijar sua nuca.

Minutos depois, Mitchell me cutucou levemente e eu sabia que estávamos chegando na próxima surpresa. Alguns metros depois, havia um coração enorme feito com rosas vermelhas, colocado em um monte de terra, com rosas brancas formando ‘D+D’ no meio do coração.

“Ah, meu Deus.” Ela sussurrou com um suspiro.

Sorri e abracei-a mais forte. “Casa comigo?”

“Eu já disse que sim.” Dulce se virou para me dar um olhar meio confuso.

“Eu sei.” Beijei sua bochecha. “Casa comigo?” Repeti.

“É claro que sim!” Dulce se virou e me abraçou com força. “Meu Deus, você é tão perfeita.”

“Não, não sou.”

“Eu concordo em discordar.” Dulce se afastou com um pequeno sorriso e os olhos brilhando. “Como você fez isso?”

“Não posso levar todo crédito. Mitchell me deu uma ajudinha. Eu queria fazer algo especial para você.”

“Você não precisava.”

“Dulce, você é minha possível alma gêmea.” Ela riu suavemente. “E eu vou passar o resto dos meus dias te pedindo para ficar a eternidade ao meu lado.”

Dulce sorriu e me beijou. Nunca estive tão feliz por meu dia ter começado uma merda.