Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

“Você está bem?” Perguntei suavemente, beijando seu ombro logo depois. Estávamos de conchinha na cama, nuas, com uma coberta protegendo-nos do ar frio da noite. O inverno estava perto de terminar, a neve já havia parado de cair e as flores mais resistentes faziam suas aparições entre o solo úmido.

Depois de receber um entusiasmado “sim”, havíamos passado o resto do dia fazendo amor pelo apartamento. Tomei meu tempo para adorar todas as suas tatuagens, desde as tatuagens entre seus dedos médios (“Rock and Roll” em seu dedo médio da mão direita, e “Peace” no dedo médio da mão esquerda), até as tatuagens em seus pés (“Let Go” no pé direito e “Let God” no esquerdo), tomando um tempo extra na tatuagem em suas costelas do lado direito (“You Make Me Beautiful”, com duas penas), beijando com todo o carinho e admiração suas tatuagens nos pulsos, que cobriam a maior parte de suas cicatrizes (“Stay Strong”, o pequeno coraçãozinho e o beijo), olhando a delicada cruz na mão direita, beijando um de seus pontos sensível atrás da orelha esquerda onde uma pena colorida estava tatuada, conhecendo a história por trás da tatuagem de “Faith” na lateral de seu braço direito, onde depois ela tatuou os doze pássaros voando, e beijando a última tatuagem feita em seu ombro esquerdo (“Now I’m a Warrior”), a qual eu totalmente concordava.

(N/A para quem não sabe inglês e está com preguiça de ir pro Google tradutor: Peace – Paz; Let Go – deixe ir; Let God – deixe ‘com’ Deus; You Make Me Beautiful – você me faz bonita/linda; Stay Strong – fique forte; Faith – fé; Now I’m a Warrior – agora sou uma guerreira. E quem quiser ter uma ideia porque esteve em Marte nos últimos anos: http://cdn.mundodastribos.com/545746-Tatuagens-de-Demi-Lovato-fotos-07.jpg , http://capricho.abril.com.br/imagem/580x362/tattoo-demi40984.jpg?v=130612163854)

“Estou bem, por quê?”

Abracei-a mais forte contra mim. “Simon e o vídeo. Sei que você ficou abalada com isso.”

Demi suspirou e se virou em meus braços, ficando de frente para mim. Meus braços imediatamente abraçaram-na novamente. “Não fiquei feliz, com certeza, mas não posso mudar o que aconteceu, não posso voltar no tempo e impedi-lo. Já aconteceu e não vou guardar ressentimento dele pela brincadeira, mas não creio que nosso relacionamento volte a ser o mesmo. Eu não fui uma vadia quando ele descobriu que tinha engravidado alguém, não é justo que ele seja um idiota sobre meu passado.”

Beijei sua testa. “Eu não sou a maior fã do brutamontes, mas... Ele é apenas idiota e nem o tempo muda a atitude de pessoas assim. Eu acredito que ele não tenha feito por mal, deve ter pensado que seria engraçado fazer piada com algo tão banal.”

“Mas não foi.”

“Para você, não. Mas muitos acharam que sim. Porque, assim como ele, são idiotas sem coração.”

Demi aconchegou-se mais contra mim e beijou meu queixo. “Você vai continuar me amando mesmo se algum dia eu não ache conforto nos seus braços e sim em lâminas de novo?”

Levantei seu rosto para que olhasse diretamente para mim. “Não vou deixar isso acontecer, mas, se não puder impedir, é claro que vou continuar te amando. Eu vou te amar não importa o que aconteça. Você é minha possível alma gêmea, lembra?”

Ela sorriu e me deu um selinho rápido. “Sabe como eu sei que você é minha possível alma gêmea?”

“Hm?”

“É que você é incrível em todos os sentidos.”

“E sabe como eu sei que você é minha possível alma gêmea?”

“Como?”

“É que eu sou incrível em todos os sentidos, aí eu simplesmente sei das coisas.” Brinquei, fazendo-a rir. “Eu sei que você é minha possível alma gêmea porque você é a melhor pessoa que já conheci no mundo.”

“A gente fica tão sentimental às vezes.” Demi revirou os olhos para esconder as lágrimas.

Sorri e concordei, beijando sua testa. “Já tivemos muito sentimentalismo hoje, o que acha de dormirmos? Amanhã é um longo dia.”

“Tem absoluta certeza, não é?”

“Não teria concordado se tivesse alguma dúvida.” Assegurei-a. “Além disso, tenho que me vingar de sua mãe pelos tapas.”

“Vai trocar uns tapas por um ataque cardíaco? E depois diz que ama minha mãe.” Demi brincou, puxando a coberta para nos cobrir totalmente.

“Ela é a melhor sogra que eu poderia pedir, mas ela me deu um tapa sem me dar chance de reação. Dianna é bem forte para uma senhora.”

“Eu não sei, ela nunca me bateu.”

“Que sorte a sua, não?”

DD-DD-DD

O formigamento doloroso persistia por quase duas horas e eu sabia que não iria embora tão cedo. O plástico dava uma sensação de gastura na minha pele quando eu mexia o braço, o que estava acontecendo quase o tempo inteiro, já que eu estava dirigindo.

Demi estava no telefone com sua mãe, pedindo se tínhamos que parar no mercado antes de chegar à sua casa para o jantar. Na manhã seguinte, estaríamos pegando um avião para o México onde ela conheceria meus pais pela primeira vez e isso ainda me causava arrepios.

Depois de comprarmos alguns refrigerantes e uma torta pronta, chegamos na casa de Dianna, onde Madison nos aguardava ansiosamente na porta. Ela abraçou Demi com força assim que ela saiu do carro e eu tive que sorrir para a cena fofa.

“Senti sua falta.” Demi sussurrou, beijando a bochecha da irmã com carinho.

“Também senti sua falta.”

“Ah, tudo bem, nem queria que ninguém sentisse minha falta mesmo.” Brinquei quando Madison continuou abraçada à ela.

Maddie sorriu e me abraçou. “Fiquei com saudade de você também, D.”

“Senti muitas saudades de você, Maddie, tanto que resolvi trazer algo.” Peguei a caixinha do banco de trás do carro e mostrei para ela.

Minha futura cunhada deu um gritinho animado. “FAMÍLIA DO BAGULHO!”

O filme havia acabado de sair em DVD e, sendo a fanática por cinema que sou, logo comprei minha cópia. Demi e eu assistimos no mesmo dia e quase ficamos sem ar de tanto rir.

“Madison, pode colocar a mesa pra gente?” A voz de Dianna veio da porta e eu me virei para vê-la.

“Boa noite, Dianna.” Cumprimentei com um pequeno sorriso.

Enquanto ela abraçava Demi, me deu um meio sorriso. “Dulce.”

Ela ainda estava brava comigo? Mesmo depois de eu provar que nada daquilo era verdade? Mas que merda é essa agora?

Assim que Demi se afastou, Dianna se aproximou de mim com os braços cruzados e eu senti um arrepio descendo pela minha espinha. “Não vai me bater, não é?”

Ela balançou a cabeça. “Na verdade, queria pedir desculpas.”

“Não precisa, eu...”

“Eu sei que não precisa, mas minha filha insistiu.”

Quando ela entrou na casa novamente, respirei fundo. “Tem certeza que falou para ela que Wilmer é um imbecil?”

Demi suspirou e me abraçou de lado, começando a caminhar para sua antiga casa. “Ela está brava porque não falei que ia te pedir em casamento.”

Revirei os olhos. “Minha mãe deveria estar brava com isso.”

Ela deu de ombros. “Ela só queria um pequeno aviso. Como está a mão?”

“Meio dolorido, mas tudo bem. E o seu dedo?”

Demi sorriu e me deu um beijo na bochecha. “Formigando, mas ótimo.”

“Sua mãe vai ter mesmo um ataque cardíaco?”

“Ela não é a maior fã das minhas tatuagens.” Demi colocou nossos casacos atrás da porta e foi para a cozinha, onde Dallas estava falando com alguém pelo telefone. Ela acenou brevemente para nós, então foi para a parte de trás da casa. “Mãe, eu preciso falar com você.”

“Já sei sobre o noivado, apesar de que, se dependesse de você, só ia saber no dia do casamento.” Dianna bateu, parecendo verdadeiramente magoada.

Demi revirou os olhos. “Eu te liguei na mesma noite.”

“Já falamos sobre isso. O que quer me contar agora?”

Minha noiva arregaçou a manga de sua blusa, estendeu a mão esquerda, revelando o plástico de aparência escura por causa da tinta embaixo. “Dulce e eu...”

“Que maneiro!” Madison exclamou, parando de colocar os pratos na mesa para olhar a tatuagem de perto.

“Demetria!”

Vi Demi estremecer um pouco no uso de seu nome completo e uma careta apagar seu sorriso. Não sei qual o problema com seu nome, acho lindo. “O que, mãe?”

“Mais uma tatuagem?!”

Limpei a garganta para chamar a atenção para a minha mão estendida e juro que pensei que Dianna fosse morrer bem na minha frente. Nenhuma delas havia visto minhas tatuagens pessoalmente e posso dizer que Dianna não era fã delas. Ainda mais com minhas novas adições. Decidi fazer uma tatuagem igual a de Demi na mão direita, uma cruz, exatamente no mesmo lugar que ela.

Havíamos ficado a manhã inteira no tatuador e mais uma parte da tarde para os retoques finais. Tínhamos feito tatuagens que se “completavam”, por assim dizer. Em nossos dedos anelares esquerdos, onde, futuramente, nossas alianças estariam, estavam tatuagens que só faziam sentido para nós, exato motivo pelo qual decidimos fazê-las. Em seu dedo estava uma pequena coruja, apenas seu contorno e detalhes, em preto, e no meu, no mesmo estilo, estava uma pequena árvore sem folhas, sendo mais fácil de identificá-la. Sim, a árvore era uma menção ao seu vídeo surpresa e ao que ela falou um tempo atrás sobre eu ser sua casa, por isso a coruja em seu dedo.

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“Ficou incrível!” Maddie sorriu e estendeu a mão para bater na de Demi em forma de comemoração.

“Por que?” Ouvi Dianna murmurando para si mesma.

“Hey, que escândalo é esse?” Dallas perguntou voltando para a cozinha.

“Demi e Dulce fizeram tatuagens!”

Dallas olhou para sua mãe, provavelmente tentando descobrir se ela estava tendo um ataque cardíaco ou não, mas então olhou para nossas mãos e sorriu. “É, ficou fofo. E agora, cunhadinha, deixe-me ver a aliança.” Ela pegou minha outra mão rapidamente e deu uma exclamação do que imagino ser felicidade. “Caramba, Demi, que bom gosto.”

Demi sorriu e deu de ombros, antes de entrelaçar sua mão com a minha, deixando sua própria aliança visível. Dessa vez, as três mulheres se aproximaram e olharam para a jóia quase em reverência.

“Não me diga que foi uma daquelas histórias que ambas decidiram pedir juntas!” Dallas exclamou com os olhos brilhando em animação.

Demi me lançou um olhar meio culpado. Não havíamos contado para Dallas, ou Madison, sobre nossas brigas e não acho que aquele fosse o momento certo. “Na verdade, eu decidi seguir o conselho de Beyoncé e, sabe, colocar um anel também.” Brinquei, evitando dar uma resposta concreta.

Dallas riu. “Bom, mandou bem. As duas, aliás. Alguém já disse que vocês duas são o casal mais fofo? Quer saber, não importa. Então, ouvi dizer que vai perder meu aniversário, senhorita Lovato!”

O jantar transcorreu tranquilamente, apesar dos olhares que nossos dedos recebiam de Dianna, como se eles fossem a própria imagem do capeta, ou algo assim. Sei que seu problema não era com o compromisso, mas sim com a tatuagem. Aparentemente, o fato de sua filha ter 14, espera, 15 tatuagens, não a fazia ficar mais tolerante sobre este fato.

Demi prometeu que iria trazer algo para as irmãs da viagem, negando qualquer ideia de roubar algo de um museu ou uma pedra de um monumento histórico. Assim que o assunto da viagem terminou (após Dallas afirmar que seria uma lua de mel adiantada e Dianna achar que a conversa tomou um rumo errado para a presença de uma garota de doze anos na mesa), minha futura sogra, que ainda parecia que ia morrer a qualquer segundo, ou matar todos os tatuadores do mundo, sugeriu uma festa depois que voltássemos da Itália e não foi bem uma sugestão.

“Vai ser a única chance antes de sua tournée começar.” Era seu principal argumento.

“Sim, mas a tournée não vai ocupar o resto da minha vida.” Demi rebateu.

“Mas quando mais vamos poder fazer isso? Por mim, estaríamos fazendo esse final de semana ainda! Não podemos demorar, é uma falta de respeito, quase.”

“Com quem?!”

“Com ambas as famílias!”

“Minha família já conhece Dulce e eu vou conhecer os pais dela amanhã.”

Dianna revirou os olhos. “Depois de quase um ano de namoro e, principalmente, depois de pedi-la em casamento. Não queremos mais motivos para que eles comecem a nos odiar, não é?”

“Mãe...”

“É só uma festa de noivado, não é o sacrifício de uma virgem!” Dianna exclamou de repente.

Dallas controlou uma risada, enquanto Madison não parecia nem prestar muito atenção. “Até porque seria bem difícil encontrar uma virgem para sacrificar.”

“Dallas, por favor.”

“Olha, Dianna, por mais que eu concorde que devemos juntar nossas famílias em algum momento... Não acha que uma festa de noivado pode ser um pouco exagerado? Quase ninguém faz isso, meu país principalmente não tem essa cultura, meus pais vão entender perfeitamente. Podemos, não sei, dar um almoço, chamar vocês, meus pais e minhas irmãs, mas não acho que minha família inteira seria uma boa ideia.”

Dianna suspirou e balançou a cabeça. “Tudo bem, sem festa de noivado. Mas podemos, pelo menos, ter uma festa para deixar tudo oficial?”

“Já é oficial, mãe.”

“Oficial entre as famílias.”

“Claro.” Respondi antes que Demi pudesse voltar para a briga. “Podemos ver o que dá para fazer, assim que voltarmos da viagem.”

“Obrigada.” Parece que voltei para o livro bom de Dianna.