Fanfics Brasil - 6 Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada

Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato


Capítulo: 6

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fokaj: quisso, moça? Mais ameaças? kkkkkkk


pryhsavirroni: obrigada =)


dannyk: mas me ama muito mesmo, en? kkkkkkkkkk, mas que bom que está gostando, pq assim me sinto mais foda kkkkkkkk


josyanemello: me sinto honrada kkkkkk


geice: obrigada =)


 


 


 


DulcePOV


Acho que nunca estive mais envergonhada na vida do que quando toquei a campainha de sua casa. Seu chá verde e dois lattes de chocolate estavam em um suporte na minha mão, e os bolinhos em um saco na outra. Como ela não especificou o sabor, peguei um de cada, apesar de achar um certo exagero.


Ela abriu a porta com um pequeno sorriso. Seu rosto estava livre de qualquer maquiagem e ela usava um agasalho de um time de beisebol e um chinelo. Simples e linda. Ergui o saco e as bebidas como forma de cumprimento.


“Gelado?”


“Extremamente.”


Ela acenou e deu um passo para o lado, me deixando passar. Sua sala era enorme, com um piano branco no canto, um sofá enorme de couro marrom, uma TV presa na parede, uma mesinha de centro de aparência antiga e um tapete persa. As paredes eram pintadas de bege e o rodapé de preto, dando um detalhe espetacular. Haviam fotografias presas nas parede em porta retratos pendurados em pregos. Reconheci uma foto dela com os Jonas Brothers, outra com Miley Cirus e Selena Gomez, uma só com Miley e outra só com Selena. Haviam várias fotos dela com uma garota de uns 13, 14 anos, que devia ser sua irmã, e algumas com duas mulheres mais velhas. Não havia nenhuma foto dela sozinha, o que me fez pensar que eles significavam muito para ela.


Demi me levou até a cozinha, onde havia uma mesa de mogno marrom cercada por armários brancos e aparelhos de última geração que pareciam pouco usados. Começamos a comer em silêncio. Enquanto tentava me preparar para a conversa que se seguiria, decidi me concentrar em outras coisas. Ela parecia realizar um pequeno ritual. Primeiro tomava o chá enquanto comia os bolinhos de baunilha e geléia. Depois tomava metade do latte, então comia um bolinho de chocolate, tomava um gole de água, e terminava de beber o latte. Não sei se eu achava fofo ou estranho, portanto, preferi não comentar. Tomei o latte sem comer nada, apesar de estar com um pouco de fome. Provavelmente vomitaria tudo quando a conversa começasse.


O relógio já marcava sete da manhã quando não havia mais motivos para adiar a conversa. Ela estava sentada na ponta da mesa e eu estava na cadeira à sua direta, olhando fixamente para sua geladeira enorme, sentindo seus olhos sobre mim.


“Então, devo supor que esse surto repentino tem a ver com algo do passado. Correto?” Acenei fracamente, mordendo meu lábio inferior. “Algo que, segundo suas palavras anteriores, decepcionou seu pai e provavelmente amigos. Correto?” Acenei novamente, mudando meu olhar para meu colo, tentando impedir as lágrimas de frustração de descerem. “Algo que te faz sentir culpada. Correto?”


Esse jogo iria demorar horas se eu não falasse nada. “Eu tenho um vício... em drogas.” Encontrei seu olhar, esperando alguma emoção do tipo: surpresa, choque, raiva, julgamento, pena. Mas nada disso aconteceu. Ela apenas me olhou com o que parecia orgulho. “Estou confusa, por que está sorrindo?”


“Você admitiu seu problema. É o primeiro passo.”


Revirei os olhos. “A muito tempo eu admiti meu problema, acredite. Eu estava limpa a quase três anos. E agora tive uma recaída.” Segurei minha vontade de dar um soco na mesa para descontar a frustração, mas estragar sua cara mesa de mogno não iria ser legal.


“Por que?”


Por que? Como assim “por que”? Porque aconteceu. Eu me desliguei do mundo, me distraí e aconteceu. O garoto mais bondoso que conheci morreu e eu estava em choque. Ok, péssimas desculpas. “Eu não sei.” Dei de ombros. “Eu recebi um telefonema, e a próxima coisa que me lembro é de estar falando com você.”


“Que telefonema era esse?”


Mordi meu lábio novamente. “Era meu psicólogo. Um antigo colega meu na reabilitação morreu ontem a noite de overdose.”


Ela acenou em compreensão. “Bom, acho que você gostaria de saber que eu descobri como você conseguiu meu número.”


“Por favor, me diz que eu não fiz nada estúpido.” Implorei, escorando minha testa na mesa.


Eu podia ouvir o sorriso em sua voz. “Bem, Joe me falou que conheceu você a uns dois anos atrás em um hotel. Você ligou para ele ontem e pediu meu número. Quando ele perguntou porque, você só disse que queria falar comigo urgentemente. Ele me passou uma mensagem pouco depois de você me ligar para pedir desculpa por ter passado o número sem minha permissão. Eu disse que ele fez bem, que você só precisava conversar com alguém.”


“Me desculpa.” Murmurei, batendo minha testa repetidamente sobre a mesa extremamente dura. “Me desculpa que eu te acordei, que você teve que me escutar, que você tenha que me aturar. Eu realmente sinto muito. Eu vou embora agora e vamos fingir que nada aconteceu e seguir com a vida.”


“Você realmente pretende seguir com a vida? Ou vai voltar para o carro, para a rodovia, para o penhasco e se jogar?”


“Ok, eu não deveria ter dito que ia me jogar de um penhasco, sinto muito.”


“Pare de dizer que sente muito. Você fez bem em ligar para alguém antes de fazer uma besteira e estou feliz que você tenha ligado para mim, mesmo que o motivo para isso seja para não ter que falar com seus amigos agora.”


“Ou talvez eu apenas confie em você.”


“E confia?”


A resposta foi tão fácil que eu até me surpreendi com isso. “Sim.”


“Obrigada, então.” Ela suspirou e colocou a mão no meu ombro. Levantei-me de minha posição depreciativa e a olhei desejando mudar as últimas horas da minha vida. “Você sabe sobre meus problemas, sobre meu tratamento e saúde mental instável. O mundo inteiro sabe sobre isso.”


“É verdade. E é incrível como você superou isso.”


“Eu não superei totalmente. Todo dia eu acordo, me olho no espelho e, apesar de gostar do que vejo, sei que tem gente que não gosta e não importa quantas vezes eu diga que a opinião deles não importa, ainda importa pra mim. Mesmo depois de ter saído da clínica eu continuei me cortando por alguns meses, depois foi diminuindo, mas eu ainda sinto vontade de me cortar. Só mais uma vez, eu digo, só mais uma vez e eu paro pra sempre. Não é bem assim que funciona, não é? Já faz quase quatro anos que eu acabei o tratamento e eu ainda não posso ter um gilete em casa. E durante esse tempo eu já me cortei muitas vezes. Com facas de cozinha, até. Mas durante três anos você não caiu em tentação nenhuma vez, você foi forte, muito mais forte que eu. Então pare de tentar se deprimir ainda mais por uma coisa que você nem tinha controle.”


“É claro que eu tinha controle. Ainda era eu dirigindo aquele carro, ainda era eu comprando a droga. Eu estava consciente o suficiente para procurar um lugar escuro e remoto para preparar a heroína e usar. Eu nem sou capaz de olhar pro meu braço agora, porque eu sei que no meio de tantas feridas já cicatrizadas eu vou encontrar uma nova, fresca, como um lembrete do que fiz.”


“Foram três anos resistindo à tentação. Você falhou uma vez.”


Suspirei. “É. Uma vez. Mas eu poderia estar morta agora. Poderia ter usado demais, poderia ter me dado um surto psicótico e eu realmente teria me jogado do penhasco ou ferido alguém. Eu poderia ter dirigido, batido o carro e matado alguém. Eu me dei ao luxo de ficar distraída uma vez em três anos e olha o que aconteceu.”


“Tudo bem, então. Se não posso mudar sua mente sobre isso, vou ajudar de outra forma.”


“O que?”


“Não vou deixar você se distrair mais. Você acaba de ganhar minha presença 24 horas por dia na sua vida. Se o problema é você se distrair, muito bem, vou te manter ocupada. Vou começar contando a história da primeira palavra da minha irmã.”


E ela não estava brincando, deixe-me dizer. Ela contou a história de como ficava falando palavrão para sua irmã. E passou por outras quinhentas histórias de sua infância, pediu histórias sobre a minha infância e não me deixou um minuto sozinha sequer. Ela ficou falando comigo pela porta do banheiro, o que foi simplesmente muito estranho.


Mas eu não consegui ficar distraída nem por um segundo. Eu só fui perceber o quão tarde era quando olhei o relógio e vi que já passava das 11 da noite. O que significa que eu passei o dia inteiro na casa dela. Demi estava contando uma história sobre seu primeiro namorado.


“Já está tarde.” Eu falei, depois de comentar sobre o ocorrido. “Eu tomei muito de seu tempo. Eu sin...”


“Se você disser que sente muito, vou contar sobre a vez que comi lama, de novo.”


Sorri largamente para isso. “Ok. É só que eu fiquei ocupando seu dia inteiro, você nem teve tempo para si mesma, provavelmente tinha algum compromisso. E eu me sinto péssima por ter feito isso.”


“Hey, eu me diverti com você. Não tinha nenhum compromisso, essa é minha semana de folga, e eu não gosto de ficar sozinha de qualquer maneira.”


“Mesmo assim, aposto que tem algum namorado que estaria mais do que feliz em assumir meu lugar aqui.”


“Na verdade, não. Meu último relacionamento terminou a muito tempo. E, como eu disse, estou feliz por você estar aqui. Está tarde, você pode dormir aqui.”


“Acho que não.” Suspirei. “Eu tenho que pegar um vôo amanhã ao meio dia, eu não posso perder o compromisso ou meu agente vai furar meus olhos com um garfo.”


“Você tem certeza que é uma boa hora para viajar?”


“Se eu desmarcar vou ter que dar motivos, motivos esses que eu quero manter em segredo pelo máximo de tempo possível.” Balancei a cabeça. “Vou simplesmente cumprir com minha agenda e fingir que nada aconteceu. Como sempre, eu tenho um compromisso a cada hora, por isso não vou conseguir pensar no que aconteceu mesmo. Talvez seja melhor assim.”


“Cada um enfrenta seus problemas de um jeito.” Ela comentou e eu tive que concordar. Na primeira vez eu enfrentei, mas agora eu sei que não posso enfrentá-lo, porque eu não quero ver o olhar quebrado no rosto dos meus amigos, nem enfrentar minha culpa. Pelo menos não agora. E é incrível que ela pareça entender minha linha de pensamento, porque eu não poderia lidar com ninguém agora me obrigando a falar coisas que eu não queria.


“Você sabe, é meio engraçado como as coisas aconteceram. Quer dizer, não a parte que eu me droguei e quase me joguei de um penhasco. O engraçado foi eu ter pedido a sua ajuda. Além de termos conversado por duas horas numa praia, não nos conhecemos.”


“E você ter cuspido líquidos duas vezes na minha presença.” Ela acrescentou.


Gemi e revirei os olhos. “Todo mundo vai ficar me lembrando disso para sempre?”


“Provavelmente.” Demi sorriu largamente, deixando a divisão em seu queixo mais aparente.


“É melhor eu ir. Tenho que limpar a bagunça do meu carro e fazer minhas malas ainda. Você deve ter algum compromisso amanhã.”


“Pretendo ficar em casa o dia inteiro.”


“Parece um ótimo compromisso.” Sorri. “Eu daria meu rim esquerdo para fazer isso, mas, você sabe, é importante ter todos os órgãos intactos pelo maior tempo possível.”


Ela riu. “Você poderia dar metade do seu fígado, ele vai ficar bem em alguns meses.”


Acho que demorei mais uma hora para chegar até sua porta, porque sempre surgia algum assunto enquanto eu tentava me despedir. Enquanto eu tentava achar a chave do meu carro em um dos bolsos da jaqueta, ela colocou a mão no meu cotovelo e me parou momentaneamente. Olhei-a com uma sobrancelha levantada.


“Você sabe onde me achar. Se precisar de qualquer coisa, me ligue ou venha me ver.”


Concordei, mesmo não tendo intenção de realmente fazer isso. Quando fui entrar no meu carro, tentando bloquear a visão da seringa caída no chão, ela se inclinou e me deu um beijo demorado na bochecha. Fechei os olhos, apenas desejando não ter que voltar para minha triste realidade.


Quando cheguei em casa, joguei todos os vestígios de minha recaída no lixo, então me livrei dele também. Fiz minhas malas sem realmente prestar atenção no que estava fazendo. Tomei banho e me joguei na cama. Sabia que eu não ia conseguir dormir tão cedo enquanto tivesse me afogando na culpa, mas precisava acordar cedo amanhã para conseguir chegar ao aeroporto a tempo para comprar alguma revista para ler na viagem. Já passava das três da manhã, quando meu celular tocou, anunciando uma mensagem. Era simples e eu não me lembrava do número, mas só podia ser de uma pessoa.


“Boa noite”


Respondi as mesmas duas palavras, rolei e dormi rapidamente.



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Autor(a): chavinonyportinon

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DulcePOV Eu estava falando sério quando disse que não pretendia ligar para ela, mas acho que ela percebeu que eu não tinha o objetivo de fazer o que ela pediu. A primeira coisa que eu vi na manhã seguinte foi uma mensagem de texto de Demi. “Bom dia. Um novo dia traz novas oportunidades, certo? Bom vôo.” Respondi com algo do ti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 166



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  • dulvatoforever Postado em 23/08/2015 - 02:50:17

    Eu anei do começo até o fim ja li ums 15 vezes e vou ler muito mais😍😍. Por favor 🙏faz mais fanficfa Dulvato

  • dannylove Postado em 07/08/2015 - 16:55:46

    eu ainda não havia visto uma fic com Dulce e Demi como casal, mas deu muito certo. É uma história muito boa, que fala do amor entre duas pessoas, amor pela família, pelos amigos e claro superação. Parabéns!!!

  • dannylove Postado em 18/05/2015 - 11:29:03

    A fic está bem interessante. Pobre Dulce como está sofrendo:(

  • caiocoelho22 Postado em 15/04/2015 - 05:41:36

    Mano, eu acabo de ler e já tenho vontade de começar tudo outra vez... É viciante! <3

  • caiocoelho22 Postado em 10/04/2015 - 10:29:37

    E vamos ler pela 5° vez <3

  • Miihzinhx Postado em 08/04/2015 - 02:07:37

    Sobre essa familia ? PERFEIIIITA <3 Assim como a sua fic,ok..ainda vai demorar um pouco pra mim superar esse fim...Ameei demais essa fic.Graças a você eu shippo em Dulvato agora,suas fics são sem sombra de duvida,as melhores ... Obg por lembrar de mim nos agradecimentos kkkkk .. Cara,já falei que essa fic é perfeita? Pois é,ela é perfeita e essa familia é tão cuuut <3 <3 Realmente me apaixonei por essa fic.. vou esperar mais fic suas ok ? .. Obrigada por criar essa fic e me fazer shippar nesse casal mais que perfeito.. Parabéns *------* Você merece aplausos de pé heuheu .. Bjooos,espero comentar outra fic Dulvato em breve u.u

  • portinonj Postado em 05/04/2015 - 23:43:29

    Tá legal que eu amei a web do começo ao fim! Cara, você me fez ler a web desde o começo umas 4 vezes enquanto eu aguardava por mais capítulos. kk. Eu devo saber cada detalhe da web de cor! Eu realmente amei essa fic! Parabéns, de verdade! Eu aguardo por mais webs Dulvato! <3

  • Dannyk Postado em 05/04/2015 - 14:39:40

    Você sabe como eu fico quando como bolachas ... eu simplesmente engasgo e desapareço kkkkkkkkkkkkkk - AAAAAAH DE NADA, EU SEI QUE A MINHA PRESENÇA TE INSPIROU MUITO !!!!!!!!!!!! - Ok, vamos ficar sérias (nem tanto pq eu sou eu) A D O R E essa fic ! Tipo, de verdade mesmo, eu achei que eu era a única louca que shippava Demi e Dul mas você me provou mais uma vez que eu não estou sozinha no mundo ! Parabéns por essa fic ! Ficou demais e muuuuito diva (quase tanto quanto eu) PS : ESPERANDO OS ONE SHOT'S DULCE X NIKKI PSS : Até a próxima moça !

  • anadulcetes2 Postado em 04/04/2015 - 17:12:32

    Tututu eu to ficando loca, minha fanfic predileta ta acabando e eu já tou chorando

  • portinonj Postado em 04/04/2015 - 10:43:05

    Mais uma pequena pra família! Own *-*' Continua!


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