Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

O rosto inexpressivo de Dulce apenas afirmava minha teoria que ela desejaria se enfiar embaixo de uma pedra e nunca mais sair de lá. Depois que seu pai continuou com comentários sobre cabelos coloridos, tatuagens, norte-americanos que se dizem latinos e a merda que a língua inglesa era, Dulce decidiu que era hora de sair de perto dele um pouco.

Ela deu uma desculpa sobre estar cansada sobre a viagem e precisar descansar. Disse para sua mãe nos acordar quando o almoço ficasse pronto. Ficamos apenas deitadas na cama, abraçadas, pensando.

Bom, eu pensei sobre como nossa viagem seria, tudo que iríamos ver, tudo que eu iria aprender. Pensei em como seria nossa tournée, porque Dulce havia finalmente concordado em cantar pelo menos duas músicas por show. Pensei em como seria depois da tournée. O que faríamos então? Eu sei que iria querer um pouco de descanso. Mas o que iríamos fazer?

Iríamos nos casar logo ou esperar mais tempo? Seríamos um daqueles casais que ficam anos noivos e só se casam quando todo mundo está falando que não vão mais fazer isso? E como seria o casamento? O México aceita casamento gay? Onde iria ser? Quem iria ir? Como seria chamá-la de ‘minha esposa’?

Deus, eram tantas perguntas que eu simplesmente não conseguia deixá-las apenas na minha mente mais.

“Quando você acha que vamos nos casar?”

“PENSEI QUE IAM DORMIR!”

“Meu pai tem uma mega audição.” Dulce sussurrou como forma de desculpas. “É bastante impressionante, principalmente na idade dele. Não tão impressionante na circunstância que o quarto onde estamos fica ao lado da sala. Ou ele apenas tem esse sentimento que as pessoas estão conversando e... Enfim, não é importante.” Ela suspirou e virou-se para deitar a cabeça no meu ombro. “Eu não sei.”

“Você quer esperar?”

Dulce pensou por alguns segundos, antes de balançar a cabeça. “Não estou ficando mais jovem, já tenho 28 anos. Tenho que te amarrar antes que decida fugir.”

Zombei. “Como se eu fosse ser louca de te deixar. E só parece ter 18.”

“Diz a garota que parece quem tem 15.”

Ri, passando meus dedos pelos seus fios vermelhos. “Não pareço ter 15.”

“Ok, talvez não 15, mas também não sua idade real. Afinal, você saiu do ensino médio ontem, certo?”

“Se não estivéssemos na casa de seus pais, eu iria te empurrar da cama.”

Dulce riu e me abraçou com força, aconchegando-se mais perto. “Você quer esperar?”

“Mal vejo a hora de te chamar de minha esposa.” Sorri para o pensamento.

Ela levantou a cabeça rapidamente para beijar meu maxilar. “Mal posso esperar por isso também. Mas você é jovem ainda. Por mais que eu odeie falar isso, não deveria casar agora. Acho que deveria ter certeza que é isso que quer.”

“Se é isso que quero? Já planejei os próximos dez anos.” Brinquei. “Primeiro vou me casar, aguentar sua demora no banheiro por uns dois anos, então peço o divórcio, alegando agressão, então vivo os próximos oito anos da pensão que você vai ter que me pagar.”

“Acha que vou ganhar quanto por mês?”

“Não sei, mas é melhor começar a batalhar, porque a pensão não vai ser barata.” Dulce riu e me inclinei para beijar sua testa. “É claro que é isso que quero. Você me conhece, não teria te pedido para casar comigo se não fosse isso que quero. E pare de dizer que sou jovem e devo esperar para fazer decisões. Vai começar a parecer minha mãe.”

“Se você se arrepender daqui dois anos, vou jogar na sua cara que te avisei para pensar um pouco mais. Então vai ser você que vai ter que me pagar uma pensão.”

“Acha que vou ficar pagando pensão? Provavelmente vou contratar um assassino para dar um sumiço em você.” Apesar de não conseguir ver seu rosto, sabia que ela tinha revirado os olhos. “Não quero esperar, se concordar com isso.”

“Tudo bem, não é como se fossemos casar neste exato segundo.”

“Vamos passar os próximos sete meses ocupadas.”

“Então, quer se casar depois da tournée?”

“Acha que é tempo suficiente para pensar?” Brinquei. “Posso te abandonar em algum país caso mude de ideia.”

“Pode me deixar no Brasil?”

“Não, tem que ser um lugar sem chance de volta. Mas, sério, depois da tournée?”

Esperei um longo minuto enquanto ela pensava, até que, por fim, Dulce acenou com a cabeça. “Depois da tournée. Mas temos que planejar tudo ainda.”

“Vamos dar um jeito nisso. Temos nossas mães e irmãs, podemos contratar uma assistente, uma empresa especializada ou algo assim.”

“O que acha de agosto? A primeira coisa que precisamos decidir é uma data. Verão ou inverno, primavera ou outono?”

Sorri divertidamente. “Acho que sua animação finalmente voltou. Acho que primavera ou outono.”

“Concordo.” Dulce beijou meu ombro. “Vamos conseguir fazer algo.”