Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Dannyk: vejo que a temporada longe não afetou sua humildade kkkkkkk. Sei como é difícil digitar com um treco enfiado na mão, quando fiquei no hospital pra minha cirurgia final do ano quase morri porque não conseguia escrever =(. Menos legal ainda é quando a enfermeira vai tirar a agulha e quase arranca sua veia junto. Sério, minha mão ficou sangrando por cinco minutos, pensei que ia morrer kkkkkkkk. Imagina, nada de habilidades, zero de talento kkkk. Regina Casé kkkkkkkk, não tinha ninguém melhor? Nossa senhora kkkkkk. E poxa, como é que eu vou explicar pra minha irmãzinha que ela vai ter que me chamar de outro jeito? Kkkkkk, mas tudo bem, só você pode. A maioria me chama pelo nome, de qualquer jeito kkkkkk. E vou considerar sua entrada na fic com carinho kkkkk

DemiPOV

A festa de noivado foi marcada para a semana seguinte, em uma sexta, dia 14, dia dos namorados. E, enquanto eu ainda estava tentando dar um jeito de sair disso, admito que estava um pouco animada. Nicole, Melissa, Selena, Miley, Joe, Mitchell, Marcus e Max foram meus amigos convidados. Já Dulce chamou Christopher, Christian, Anahi, Maite, Poncho, Zoraida Gómez e Pedro Damián. Fora nossas famílias, claro, minha mãe e irmãs, seus pais, irmãs, cunhados e sobrinha.

Eu estava um pouco nervosa com a festa. Não queria simplesmente fazer o pedido da forma convencional de sempre, mesmo que seu pai estaria ali e tenho certeza que ele não gostaria nada do que pretendia fazer (ou do meu cabelo). Minha ideia veio quando combinamos que iríamos dar os presentes do Dia dos Namorados na festa e eu esperava que ela fosse gostar tanto quanto eu.

Não queríamos nada extravagante, nada de roupas super elaboradas, pratos chiques e coisas assim. Seria apenas uma reunião de família e amigos para celebrar a oficialização do noivado.

Sua família chegou apenas no dia da festa, que seria em sua antiga casa, que ela ainda não havia colocado à venda ainda. Minha mãe concordou em arrumar tudo, contanto que pudesse enfeitar do jeito que quisesse. Já que nós duas não queríamos passar horas planejando a decoração de uma festa que não queríamos mesmo ter, dissemos que ela podia colocar o que quisesse na decoração, contando que não fosse nada muito elaborado.

A primeira pessoa a chegar, depois de nossas famílias, foi Christian. “Sua filha da puta, não é que a Itália parece fazer maravilhas?” Ele murmurou enquanto abraçava Dulce. Olhei para trás para ter certeza que nenhum de nossos pais escutou. “Que sorriso é esse ofuscando o mundo?”

Dulce riu. “É apenas felicidade.”

Ah, as maldições de ter que fazer uma festa de noivado. Nenhuma de nós estava usando nossas alianças. A sua estava guardada na caixa da Tiffany dentro do bolso da minha jaqueta de couro. Não veria a minha até o final da noite, e eu já começava a sentir como se algo estivesse faltando na minha mão.

Depois que todos chegaram, as últimas foram Anahi e Maite, que chegaram juntas, alegando a facilidade em transitar pela cidade caótica, nos juntamos em seu antigo jardim lindo, onde uma mesa enorme estava preparada.

Melissa estava apenas em êxtase pela oportunidade de importunar-me a noite inteira. Ela continuava fazendo piadas e insinuações de como eu estava “presa na corrente”. O que é totalmente mentira. E daí se eu iria interromper uma conversa para buscar mais refrigerante para Dulce? Eu só queria ser prestativa. E daí que eu desisti do meu casaco no meio da noite porque ela estava sentindo frio? Só não queria correr o risco dela ficar doente, porque eu também ficaria.

Nicole não estava muito atrás, mas preferia falar sobre como nós duas estávamos presas no dedo mindinho uma da outra. Não sei qual o problema delas com o fato de Dulce puxar a cadeira para eu sentar ou eu ter certeza que ela não ficaria muito tempo falando com seu pai, que parecia irritá-la mais a cada vez que abria a boca.

Pedro provou ser um cara legal, contou algumas histórias constrangedoras da novela e da banda, e teve uma longa conversa comigo sobre Dulce ser a pessoa mais sensível que ele já conheceu e como eu não deveria fazer nada para machucá-la. Ao contrário de minha mãe, ele não estava ameaçando me matar caso eu a machucasse, era apenas um conselho, do tipo que eu me arrependeria se não seguisse. E não por causa de uma possível agressão, mas sim por causa do que eu perderia.

A comida estava impressionante. Minha mãe, as duas Blancas (como eu comecei a chamá-las) e Claúdia passaram o dia fazendo os mais diversos pratos, enquanto Henrique e Ricardo concordaram em comprar as sobremesas antes de assistirem um jogo que iria passar na TV de tarde. Foi uma surpresa ver Dulce no meio deles durante o jogo. Acho que foi a primeira vez que vi ela e o pai concordarem com algo (sobre como o goleiro era um “frango”), enquanto ficavam comentando sobre o jogo, sentados no sofá.

Logo depois da comida acabar, minha mãe decidiu fazer as honras da casa, já que Dulce e eu estávamos muito ocupadas ouvindo mais histórias de Joe e Miley. “Eu queria agradecer a todos por estarem aqui, principalmente por ser o Dia dos Namorados, aposto que muitos gostariam de estar em casa aproveitando a noite romântica. Mas hoje é um dia especial. É quando Demi e Dulce ficarão noivas.” Ouvimos uma onda de aplausos, enquanto eu pensava mentalmente que já estávamos noivas antes, mas não iria correr o risco de ter um copo jogado na minha cara por dizer isso em voz alta. “Essas meninas passaram por muita coisa na vida e, finalmente, se encontraram. Dulce, obrigada por fazer a minha garotinha sorrir do jeito que ninguém nunca conseguiu. Eu desejo tudo de bom para vocês.”

Fizemos um brinde rápido, antes que minha mãe me lançou um olhar, que dizia “é melhor você começar a se preparar e não tremer”, então ela sorriu para o resto da mesa. “E desejo a todos um feliz Dia dos Namorados!”

Essa era a minha deixa. Minha mãe deixou isso bem claro (Dez vezes) durante a tarde. Levantei-me lentamente, tentando passar despercebida, o que era impossível, graças ao meu cabelo rosa, que já havia sido alvo dos comentários do meu futuro sogro. A primeira coisa que ele falou quando chegou de manhã foi: “Olha lá a menina do cabelo estranho, que conseguiu ficar mais estranho, que você gosta, Clara. Vai abraçar a menina e pergunta se ela não tem um capacete para usar nas obras quando vai visitar os lugares. Talvez ela devesse contratar operários melhores. Aposto que são americanos.”

Peguei um pequeno pacote debaixo da mesa, onde eu havia colocado cuidadosamente ao lado dos pés de Selena e avisado que era melhor ela não se mexer durante a noite. Quando todos ficaram em silêncio, esperando que eu falasse, respirei fundo e olhei nos olhos de Dulce, decidindo me concentrar na pessoa que realmente importava ali.

“Olá.” Disse suavemente.

Dulce sorriu. “Olá, linda.”

Sorri largamente para o apelido. “A mais de um ano atrás a gente se conheceu graças a uma revista da qual nem me lembro o nome.” Todos riram um pouco e eu usei o tempo para controlar meu nervosismo. Nem sei porquê estava nervosa, afinal, já sabia que sua resposta seria sim. “Eu não poderia estar mais feliz hoje e tenho certeza que você é o motivo disso. Eu quero te dizer que, nesse primeiro Dia dos Namorados em que estamos juntas, eu me sinto a pessoa mais sortuda do mundo.” No brilho fraco das ‘lâmpadas-balões’ espalhadas pelo jardim, vi uma lágrima descendo pelo seu belo rosto. “Feliz Dia dos Namorados.” Entreguei-lhe o pacote presente.

Dulce abriu-o com cuidado, como se fosse algo incrivelmente frágil que precisava ser manuseado com luvas e mãos de pluma. Por isso, demorou vários segundos para que ela conseguisse tirar o porta-retrato de dentro do pacote. Pode parecer algo idiota, mas não era. Era um daqueles porta retratos que tem dois espaços, o primeiro menor que o outro.

Ela me olhou com um olhar um pouco confuso, mas eu sorri e fiz um sinal para que ela esperasse um pouco. “Eu posso não ter pedido para os seus pais, mas pedi para a pessoa mais importante para você no mundo. Clara disse que eu poderia me casar com você e eu pedi uma pequena ajuda.”

O primeiro papel, escrito nas letras desordenadas e confusas de uma criança de sete anos, estava a seguinte frase, que a própria Clara escreveu: “Demi ama Dulce um montão e quer passar o resto da vida com ela.”

A imagem ao lado era uma confusão como as palavras, mas era um desenho com os corpos desproporcionais e os vestidos muito coloridos, mas obviamente as duas meninas no desenho podiam ser reconhecidas. A menina de joelhos com uma caixa na mão tinha os cabelos rosa, eu. A outra menina, em pé, com um sorriso enorme tinha os cabelos vermelhos, Dulce. Em cima das duas meninas, logo abaixo do sol, que tinha olhos e um sorriso, estava mais um monte de letras desordenadas: “Quer casar comigo?”

Quando seus olhos voltaram para mim, cheios de lágrimas e com um brilho alegre, desci em um joelho, dando graças a Deus que estávamos na grama, e tirei a caixinha azul do bolso, pela segunda vez. A pergunta não precisava ser dita em voz alta, afinal, Clara já havia escrito para mim, então apenas esperei Dulce acenar em acordo e falar um sonoro “SIM”, antes de pegá-la nos meus braços e abraçá-la com força.

Enquanto nossas famílias e amigos aplaudiam, recoloquei a aliança em seu dedo, onde ela pertencia, e a beijei com todo o amor que queria transmitir.