Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

“Color.”

“Hm?” Resmunguei em resposta, tentando me concentrar na revista na minha mão.

“Seu apelido.”

Franzi a testa. “Estamos em um avião e você, seriamente, está pensando em apelidos para mim?”

“Está me distraindo.” Olhei-a com uma sobrancelha levantada. “O que? É verdade. Faz meia hora que estou pensando em um apelido legal.”

“Ok. Color?”

“Sim, por causa das mudanças de cores...” Ela acenou em direção ao meu cabelo, me fazendo revirar os olhos. “Ah, como se o seu apelido para mim fosse legal.”

“Hey, é um belo apelido.” Protestei.

Dulce revirou os olhos. “Você, praticamente, substituiu apenas uma letra do meu nome.”

“E? Ficou legal, ok?” Olhei para os lugares de trás. “Mitchel, Dulle não é um ótimo apelido?”

“É uma merda.”

“Hey!” Dulce sorriu convencida de sua opinião, enquanto eu cruzava os braços. “Sou eu que tenho que achar legal, eu que vou usar.”

“É claro. Como se fosse fácil para eu escolher um apelido. Todo mundo te chama usando seu apelido.” Ela revirou os olhos.

“Isso significa que eu não preciso de outro apelido.”

“Mas eu quero usar algo original.” Ela fez beicinho.

“Que é o que estou fazendo ao usar Dulle.”

“Mas esse é um péssimo apelido original. Apenas pegue um que eu já tenho, não sei se pode haver outro apelido para mim.”

Bufei. “Quero usar algo original.” Imitei-a.

Dulce estreitou os olhos perigosamente. “Não copie minhas frases.”

“Será que vocês duas podem sossegar as tetas aí?” Natalie exclamou da parte de trás. “Se chamem de idiotas e pronto.”

“Adorei seus amigos.”

Eu ri e passei meu braço por cima de seus ombros. “Eles são ótimos, não é?”

Dulce se aconchegou contra mim e suspirou. “Eu realmente gostei de Color, eu demorei tanto tempo para surgir com isso.”

“Pode me chamar como quiser.” Cedi finalmente ao ver um beicinho em seus lábios.

Um sorriso se espalhou por seu rosto e eu comecei a me arrepender. “Até Demetria?”

“Você não ousaria.” Falei irritada. Qual é, todo mundo sabe que eu odeio meu nome.

“Não entendo porque você não gosta dele. É lindo.”

Revirei os olhos. “Não é, não. Dallas, Madison, e então eu. O que aconteceu ali? Foi um período onde minha mãe odiava a vida?!”

Dulce riu um pouco. “Eu acho seu nome lindo.”

“Você, claramente, fritou alguns neurônios.”

Ela beliscou minha barriga rapidamente, fazendo com que eu me contorcesse contra o acento. “Muito engraçado. Eu tatuaria seu nome.”

“Não se eu puder impedir. Nem morta você vai tatuar ‘Demetria’ em você.”

“Tudo bem, você que sabe. Podemos falar de outra coisa além de apelidos e nomes?”

“Sobre o que quer falar?”

“Quem vai ser sua madrinha?”

“EU!” Natalie, Melissa e Dallas, que conseguiu escapar do emprego para ir junto, gritaram de seus lugares.

“Claro que não! Eu sou a irmã!” Dallas se defendeu.

“Eu a conheço desde criança!” Melissa argumentou.

“Há, para quem ela ligou primeiro para avisar do noivado?” Natalie rebateu.

“Maddie.” Sussurrei para Dulce, que riu um pouco. “Eu gostaria de poder chamá-la para isso.” Suspirei. “Quem precisa acalmar as tetas agora?!” Exclamei sobre a discussão de quem deveria ser a minha madrinha de casamento. Elas ficaram em silêncio por alguns segundos, antes de voltarem a discutir em sussurros.

“Pode ser as três, você sabe. Não existe um número regra para isso.”

“Eu sei. Mas acho que elas ainda não se tocaram disso.” Sorri. “E as suas?”

“É uma dúvida enorme. Com certeza vou chamar Christian para ser meu padrinho, e Anahi para ser a madrinha, mas, sabe, as coisas ficam mais complicadas aí. Faz tanto tempo que não falo com outros amigos. Além disso, deveríamos ter o mesmo número, então, tenho que escolher conforme você escolher.”

“Já não vai ser um casamento tradicional, por que não quebrar algumas regras?”

Ela riu e beijou meu ombro. “Tudo bem. Maddie e Clara serão as damas de honra?”

“Com certeza.” Afirmei rapidamente. “Imagina sua sobrinha usando um vestidinho fofo.”

“É uma bela imagem. Seu padrasto pareceu ficar me encarando.”

Meu padrasto, que vivia no Texas na maior parte do tempo por causa de uma empresa que abriu lá, sempre viajava comigo também e hoje foi a primeira vez que ele conheceu Dulce. Sempre falo com ele pelo telefone e já havíamos conversado sobre isso, mas nunca houve a oportunidade de apresentá-los antes. Ele é um homem muito honesto e não aceita que eu lhe dê dinheiro para viver bem, por isso trabalha muito na empresa que lutou para construir sem nenhuma ajuda. Ele e minha mãe ainda são casados, mas entraram em um impasse quando eu me mudei para LA. Minha mãe queria ficar perto de mim, e, apesar dele também querer, não podia abandonar a empresa e não queria levá-la para outra cidade, porque perderia os clientes mais fiéis. Portanto, eles dividiam seu tempo entre as duas cidades. Minha mãe não costumava ficar em LA por mais que quatro meses por ano, mas o ano passado foi diferente, porque eu estava passando pela fase de negação sobre minha possível paixão por Dulce, e ela quis ficar e me ajudar. Meu padrasto, Eddie, não costuma viajar para LA, pois não confia o bastante em ninguém por lá para deixar a empresa nas mãos de outra pessoa.

Sei que eles haviam morrido de saudade um do outro e que gostariam de estar em casa se curtindo (é estranho falar ‘fazendo sexo’, porque é minha mãe e o cara que considero meu pai, por isso vou usar essa palavra), mas ambos estariam indo comigo na nova tournée, sendo a grande família de apoio de sempre.

E é verdade o que Dulce disse. Ele ficou a encarando durante bons minutos quando nos encontramos no aeroporto, mas, no fim, ele sorriu para mim e levantou um polegar, me deixando saber que ela estava aprovada em sua avaliação.

“Ele só queria garantir que você não é uma assassina.” Brinquei.

“Ele parece ser um homem incrível.”

“E é. Fez mais por mim depois que casou com minha mãe do que meu pai já fez.” Suspirei. “Não devia estar falando assim dos mortos.”

“Ele te decepcionou, é um direito seu falar mal dele. Sei que falo mal do meu pai o tempo inteiro, mas não posso realmente reclamar. Tudo o que ele faz, tudo o que fala, é para garantir que estamos bem e que temos certeza do que estamos fazendo.”

“Inclusive quando fala do meu cabelo?”

Ela riu. “Ele só quer ter certeza que você está feliz em ter um cabelo colorido. Ficar repetindo as coisas é a forma que ele usa de nos fazer pensar sobre isso. Sabe quantas vezes já ouvi ele falando que meu cabelo parece fogo? Mas depois de dois anos ele parou, porque percebeu que eu tinha certeza absoluta do que estava fazendo.”

Sorri um pouco para isso. “Então só falta um ano e meio?”

“Exato.” Dulce levantou a cabeça para beijar minha bochecha. “Ele vive repetindo para Blanca que ele quer ter mais netos, apenas para ter certeza que ela está bem em não ter nenhum filho. É a única forma que ele consegue se comunicar. Irrita e às vezes machuca, mas você aprende a lidar com isso com o tempo.”

“Seu pai vai ser um daqueles sogros odiados, não vai?”

Dulce riu novamente. “É provável, mas você se acostuma com suas frases. Claro que, quando ele é preconceituoso, é apenas porque ele é, não está tentando nos fazer pensar em nada.” Ela deu de ombros. “Todos têm defeitos.”

“O seu defeito é me amar.”

Dulce me olhou completamente séria. “Te amar é minha maior sorte, minha maior qualidade.”

Engoli em seco e olhei para a revista esquecida em meu colo. “Velhos hábitos.” Murmurei.

Dulce pegou minha mão esquerda e passou o dedo sobre minha tatuagem de coruja. “Eu sei que você tem dificuldade em acreditar nisso, mas você é incrível. Você é linda, você é inteligente, você é engraçada, você é altruísta, você é a pessoa mais forte que já conheci. E eu sei que não importa quantas vezes eu diga isso, você nunca vai acreditar completamente. Mas eu tenho tanta sorte por te amar e por você me amar.” Ela suspirou. “Eu só espero que você acredite nisso um dia.”

“Eu juro que vou conseguir.” Sussurrei de volta. “Vou tentar muito e vou conseguir acreditar em cada palavra que acabou de dizer.”

Dulce beijou minha bochecha carinhosamente. “Você já acredita, só não percebeu ainda. Já pensou no que vai usar?”

“Usar no que?”

“No casamento.”

“Ah, bom, não.”

“É a próxima coisa da lista. Já temos o dia, o local, o plano reserva, a lista de convidados, Buffet, DJ, fotografia e filmagem, e a próxima coisa é a roupa.”

“Você está realmente levando a risca aquela lista, não é?” Provoquei-a.

“Se eu não fizer, quem fará?” Ela rebateu. “Você nem encostou nela. Eu estou basicamente te avisando do que devemos fazer.”

Suspirei. “Tenho sido uma péssima noiva, não é?”

“Não uma péssima noiva em geral, apenas uma noiva péssima em se preocupar com o casamento.”

Sorri. “Ok. Hm, bom, acho que vou usar um vestido.”

“Sério? Imaginei que iria usar uma de suas jaquetas de couro.”

Revirei os olhos. “O que você vai usar?”

“Ainda não tenho certeza. Um vestido, o que tanto odeio, ou um terno, que iria quebrar todos os sonhos do meu pai de ver a filha vestida de branco?”

“Pode ser um terno branco.” Sugeri em tom de brincadeira.

Ela riu um pouco. “Não sei se é a mesma coisa. Mas eu tenho que me decidir rápido, porque temos que encontrar um designer pelo menos seis meses antes.”

“Que é esse mês.”

“Que já está acabando! É disso que estou falando!”

“Wow.”

“O que?”

“Acabei de perceber que, em seis meses, vamos nos casar.”

Eu podia ouvir o sorriso em sua voz. “Sim.”

“Ótimo, porque eu te amo.”

“Eu também te amo.”