Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Ka_oliveira: como assim bati o recorde de fic com mais pedidos de casamento? O.o kkkkkkk

DemiPOV

“Eles não perdem tempo mesmo, não é?” Comentei ao ver a reportagem em um site de fofocas, onde mostravam fotos minhas e de Dulce no nosso dia de folga na praia do Rio de Janeiro.

Já estávamos em São Paulo a quase meia hora, depois de um vôo tranquilo, já que Dulce dormiu a maior parte do tempo por causa do cansaço.

“Você espera que façam isso um dia?” Dulce zombou, se inclinando para dar um beijo no topo da minha cabeça.

“Um pouco de paz não custa nada. E o que poderia, possivelmente, mudar no mundo se alguém ler que estamos em uma praia?” Revirei os olhos. “Só acho desnecessário.”

“É o preço que se paga. Mitchell pediu para eu te avisar que você tem que sair em uma hora para a coletiva.”

Dulce sentou-se na cama e bocejou. “Você vai comigo?”

“Estava seriamente pensando em dormir até você voltar, mas, se quiser, posso ir.”

“Não, você deveria descansar. Estão sendo longos dias, não é?”

Ela sorriu um pouco. “Não é como se eu pudesse dormir por muito tempo. A passagem de som não deve demorar muito.”

“Já te disse que você não tem que trabalhar.”

“E eu já te disse que gosto de ajudar. Posso ir na coletiva e pedir para Max me deixar no estádio antes de te trazer para o hotel.”

Balancei a cabeça. “Fique e descanse.”

“Você que sabe.” Ela se jogou de costas na cama e suspirou. “Quanto tempo mais?”

“Três meses.”

Dulce resmungou um pouco e fez uma careta. “Tanto tempo. Quando vamos conseguir organizar os detalhes do casamento?”

“Já não estamos fazendo isso pela internet?”

“Sim, mas você não quer ir às lojas e ver tudo com os mínimos detalhes?”

Suspirei. “O que importa para mim é que vamos nos casar. Não importa se vamos casar em um lugar mais bonito que a merda da Casa Branca ou se vamos casar na por/ra de um barraco no meio do nada. Só que vamos casar.”

Ouvi-a zombar e revirei os olhos. “Depois diz que não é romântica. Temos que fazer o ensaio e decidir quem vai entrar primeiro. E vamos ter menos de um mês para fazer tudo isso.”

“Você se preocupa demais.” Brinquei. “Se não der tempo, podemos remarcar a data. Adiar um pouco, um mês a mais para organizar tudo.”

Ela suspirou profundamente. “Às vezes odeio meu trabalho.”

Sorri levemente. “Você não é a única.” Lembrei-me de algo que queria perguntar a ela durante o voo, mas, como ela dormiu na maior parte dele, acabei perdendo a oportunidade. “Ah, você estava falando sério sobre gravar uma música com Maddie?”

“Claro que sim. Por que não estaria?”

“Não sei.”

Dulce se apoiou nos cotovelos e olhou para mim com uma sobrancelha levantada. “Todo mundo na sua família é meio desconfiado sobre sua capacidade de fazer algo ou é só minha imaginação?”

“Só a sua imaginação. Dallas não tem medo de nada.” Brinquei, jogando um papel nela.

“Muito maduro.” Dulce revirou os olhos e jogou o papel de volta para mim. “Eu já ouvi Madison cantando com você nos shows, ela é excelente. Tem um potencial enorme. E acho que seria bom se ela gravasse uma música. Uma tentativa, se ela não gostar, não retornamos ao assunto.”

“Ela só tem 12 anos.”

“E eu tenho 28 e atualmente tenho 25 anos de carreira. Eu sei que é uma merda começar tão cedo. E não estou dizendo que temos que arrastar Madison agora para um estúdio para ela gravar alguma coisa. Só estou dizendo que seria bom tentar. Pode ser depois que a tournée acabar ou bem mais para frente, mas ela tem um potencial que não se acha em cada esquina.”

Suspirei. Nunca me arrependi de ter começado a trabalhar nisso tão cedo, porque amo o que faço. Mas sei que Dulce se arrepende de ter começado quando nem sabia falar direito, porque perdeu a parte mais incrível de sua vida. Porém, ela também ama o que faz, apesar das reclamações, e talvez nunca conseguisse chegar onde está se não tivesse começado todos aqueles anos atrás. Mas não quero que Maddie passe por isso. Quero que ela aproveite essa passagem para a adolescência, aproveite as festas, as primeiras paixões e todas aquelas coisas que adolescentes enfrentam diariamente.

“É sério, não precisa ser agora.” Dulce repetiu com a voz mais suave. “Ou nunca, na verdade. Sei que quer que Maddie tenha uma vida diferente da sua.”

“Eu não sei, não posso decidir nada por ela. Acho que vou ter que falar com Maddie sobre isso. Você também deveria.”

“Lembre-se que eu sou a irmã mais nova.”

“Não mais. Maddie te considera uma irmã.”

“Fico feliz por isso, mas, novamente, nunca conversei com uma irmã caçula. Além disso... HEY!”

“O que foi?”

Dulce se levantou, parecendo ofendida com algo. “Como assim ela me considera sua irmã?! Eu sou mais velha que Dallas, isso significa que eu sou como a irmã mais velha dela. Mas, obviamente, eu sou muito mais legal que Dallas, eu deveria ser considerada a irmã mais jovem e... Isso está apenas errado.”

Comecei a rir. Por um segundo, achei que ela fosse reclamar do título que ganhou de Maddie, mas, claro, não foi isso que ela fez. Levantei, balançando a cabeça, e abracei-a. “Vai ter que falar com ela sobre isso também.”

“É claro que sim. Só porque sou mais velha que Dallas, não signi... Ai, meu Deus! Eu sou mais velha que Dallas!”

Revirei os olhos, tentando segurar a risada. “Apenas alguns meses.”

Dulce fez uma careta, antes de esconder o rosto nos meus cabelos, que estavam em sua cor natural, depois que eu decidi dar um tempo para ele. “Ainda assim... É triste.”

DD-DD-DD

A coletiva foi relativamente rápida, e divertida, e, depois de posar para algumas fotos, fui para o estádio onde seria o show. Ninguém me esperava por lá, exatamente por isso que mudei o caminho. Queria só um pouquinho de tranquilidade.

Dulce estava no palco já montado, sentada em cima de uma caixa de som, tocando uma guitarra, enquanto o técnico de som fazia os últimos ajustes. Observei-a por alguns segundos, adorando a paz em seu rosto, como se nada no mundo pudesse deixá-la triste enquanto ela estivesse lá, tocando.

“Quer um babador?”

Saltei um pouco, mas olhei para meu pai com um sorriso. “Não te vi chegando.”

“Eu sei, por isso ofereci o babador.” Eddie sorriu e passou seu braço pelos meus ombros. “Ela é uma boa garota, Demi.”

“Falou com ela?”

“Claro. Achou que eu ia simplesmente sentar e assistir?” Ele revirou os olhos. “Você é como uma filha para mim, Demi. Você e Dallas. Eu tinha que ter certeza que ela não... Sei lá, ia tentar te assassinar ou algo assim.”

Ri levemente. “Seu veredito?”

“Uma boa garota, gentil, engraçada e talentosa. Além disso, vocês têm muito em comum. E eu nunca te vi sorrir tanto antes. Ela te faz feliz?”

“Mais do que pensei ser possível. Eu apenas olho para ela e... Me sinto tão feliz, como se a única coisa necessária é vê-la e tudo fica bem.”

Eddie acenou em acordo. “Eu posso ver, bom, todo mundo pode ver, você parece brilhar perto dela. Sempre sorrindo, com os olhos alegres, rindo. É bom te ver assim.”

“E ela?”

“Como ela fica perto de você? Como eu disse, vocês têm muito em comum.” Ele riu. “Honestamente, ela parece uma mosca perdida quando você está longe, mas, assim que ela te vê, é como se todos os problemas do mundo desaparecessem de repente. Ela também sorri muito e está sempre tentando te fazer rir de algo, mesmo das coisas mais ridículas.” Meu pai fez uma pausa. “Estou feliz por você.”

Sorri e beijei sua bochecha. “Isso é ótimo, porque você vai me levar ao altar.”

“Hey, Demi, será que pode nos ajudar?” Steve, um dos guitarristas, falou enquanto passava por nós.

Acenei em acordo e o segui para o palco. Dulce ainda não tinha me visto, e deu um pulo quando o barulho de outra guitarra surgiu. Quando ela me olhou, do outro lado do palco, com um sorriso maravilhoso, soube que todas as suas preocupações por eu ser muito nova e me arrepender depois eram infundadas. Porque eu não tinha certeza de mais nada enquanto olhava em seus olhos, além de que eu queria passar a eternidade com ela.