Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

Não sei o que diabos havia acontecido, mas antes que pudesse reagir Anahi já tinha retornado. Dei a desculpa que Demi havia usado, que ela estava com dor de cabeça e voltou para o hotel, quando ela perguntou. Decidi lhe dar um tempo para se acalmar, por isso continuei com os planos de contar para Anahi tudo que havíamos decidido sobre o casamento e mostrei o desenho do vestido que iria usar, que recebi por e-mail do estilista que contratei junto com outros vinte desenhos para minha escolha.

Perto do almoço, me certifiquei que tudo ficaria bem com Anahi, antes de encontrar Marcus do lado de fora e pedir para ele me levar para um restaurante antigo que eu adorava. Encomendei alguns pratos e pedi para ele me levar ao hotel. Encontrei com Maddie quando estava no elevador e pedi se ela queria almoçar comigo, sentindo um receio em ver Demi novamente.

Depois que contei o que havia comprado, Madison concordou rapidamente e fomos para seu quarto. Conversamos sobre coisas idiotas e planos para o futuro, inclusive sobre a música que pedi para ela gravar comigo. Falei sobre as dificuldades da carreira, enquanto ela fazia perguntas e comentava outras coisas sobre ser atriz. Infelizmente, eu não podia enrolar para sempre e tive que voltar para nosso quarto. Desejei encontrar Natalie no elevador, mas ela não estava lá, então apenas tive que respirar fundo e entrar no quarto como alguém que entra em um campo de batalha.

Demi estava na varanda, com uma garrafa de água na mão, parecendo extremamente irritada. Lentamente, passei pela porta de vidro e limpei a garganta para anunciar minha presença. “Estou de volta.” Anunciei inutilmente, era apenas óbvio que eu tinha voltado.

“Eu vi.” Sua voz não ajudou para que eu cresse que ela, na verdade, não estava irritada, apenas pensativa.

“Eu vou ligar para Ucker e perguntar o que ele vai fazer hoje de noite. Pensei em ir para uma boate ou algo assim. Ele sempre sabe das melhores festas.” Não recebi uma resposta e, por alguns segundos, considerei fingir que nada estava acontecendo. “Você vai me ignorar o dia inteiro?” Bufei um pouco.

“Se eu falar que sim, vai voltar para Anahi?” A zombaria na última palavra não passou despercebido.

“Não, ela vai ligar para Maite e tentar acalmar aquela maluca. Talvez mentir um pouco e dizer que ela negou tudo e eu acreditei.” Dei de ombros.

“Acho que deve ir ajudar, não é?” Ela se virou, jogou a garrafinha com força no lixo, e entrou no quarto.

Revirando os olhos, segui-a. “Podemos conversar como duas pessoas adultas? O que aconteceu para você começar a agir assim?”

“Assim como?”

“Como se eu atropelei o seu cachorro e fugi sem prestar socorro.” Passei a mão pelos meus cabelos e olhei em volta, como se a resposta de tudo fosse aparecer flutuando no ar. “O que aconteceu? Por favor, me diz, então eu posso tentar resolver.”

“Pode tentar, mas não vai dar certo.”

“Como você disse, eu posso tentar.”

Demi suspirou e se jogou na cama, encarando o teto como se ele tivesse acabado de ofendê-la com algo. “É só... Vocês estavam sussurrando o tempo inteiro. Por que você demorou para voltar?”

“Eu estava almoçando, como você disse para eu fazer.” Obviamente, se eu tivesse prestado atenção na primeira frase, saberia que aquela não era a melhor resposta.

“Almoçando? Você chama isso de almoçar agora?”

“Ãn, era meio dia, eu comi, então, sim, é almoço.” Novamente, olhei ao redor, esperando uma resposta que sabia que não viria.

“É, eu aposto que você comeu muito mesmo.” Demi bufou e sentou na cama, parecendo ainda mais irritada.

“Na verdade, nem tanto, porque eu tive que...”

“Como foi transar com ela? Foi bom? Prazeroso o suficiente? Ou vai voltar lá na primeira vez que eu virar as costas novamente?”

Mas o que diabos... “Ela é bem mais...”

“É melhor que eu? É isso que ia dizer? Será que ela te fodeu melhor do que eu?”

“Estamos seriamente tendo essa conversa? Ela deve ser 16 anos mais jovem que eu, sem contar que seria pedofilia e apenas errado.” Balancei a cabeça, estremecendo com o pensamento.

“Meu Deus, mais jovem que... Peraí, de quem você está falando?”

“Maddie. De quem você está falando?”

Demi bufou. “Anahi, é claro. Aposto que nem esperou eu fechar a porta e já correu pra cama dela.”

“Opa, opa, peraí um segundo! Você acha que eu transei com Anahi?”

“Não duvido nada. Do jeito que são, sempre grudadas, abraçadas, sussurrando, rindo.” Sua cara se contorceu como se visse uma lesma ou algo nojento assim. “E agora que eu já sei que ela gosta de mulheres...”

Olhei-a como se um terceiro olho tivesse aparecido de repente. “Anahi é minha melhor amiga. Eu nunca transei com ela.” Falei calmamente, antes de, finalmente, entender o que estava acontecendo. “Você está com ciúmes?”

“Nunca transou, mas aposto que queria. Vai lá com sua amiga, então.”

“Ah, meu Deus, você está com ciúmes.” Balancei a cabeça com um pequeno sorriso. “Eu sou capaz de fazer um juramento oficial para te dizer que eu nunca transei, nunca vou transar e não quero transar com Anahi. A coisa toda é amizade. Ela está passando por um momento difícil. Maite não quer que ninguém saiba e Anahi acha que pode estar apaixonada, e eu só queria ajudá-la. Além disso, você meio que acabou com qualquer perspectiva de sentir atração por qualquer outra mulher no mundo. Acho que é sua bun/da.” Dei de ombros.

Demi revirou os olhos. “Está dizendo que não acha Anahi atraente?”

“Ela é, até um cego pode ver isso, mas não significa que eu quero dormir com ela.” Aproximei-me lentamente, preparada para uma reação violenta, mas não aconteceu. Parei entre suas pernas e segurei seu rosto entre as mãos. “Eu te amo, eu te quero, eu te desejo a cada segundo. Anahi pode desfilar pelada na minha frente e eu não seria capaz de tirar os olhos de você.”

“Não acreditei em uma palavra.”

“Você tem ideia de quão sexy você é? É realmente difícil manter minhas calças. E eu só quero que você se veja do mesmo jeito que eu vejo. A mulher mais linda e sexy desse mundo. A única mulher que eu jamais vou amar e desejar pelo resto da minha vida.”

Demi suspirou e olhou para baixo. “Foi um mosquitinho irritante, sabe. De repente, me lembrei de tudo que acreditava antes e que você iria perceber que ela é bem melhor que eu e...”

“Ela não é.” Interrompi-a rapidamente. “Ninguém é. E o que acha de falar comigo da próxima vez que isso acontecer ao invés de fugir? Vamos conversar e eu juro que vou tentar achar um jeito de você acreditar em mim novamente.”

“Certo.”

“Ótimo. Eu te amo.” Lhe dei um selinho demorado, mas então senti uma de suas mãos subindo pelo meu estômago por baixo da minha camiseta.

“Acho que preciso de uma confirmação física.” Demi murmurou contra meus lábios, arranhando minha pele levemente com a unha.

Estremeci e, rapidamente, puxei minha camiseta. “Acho que posso resolver isso.”