Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

Acordei com o barulho insistente do interfone. Resmungando, levantei do sofá, onde tirava um cochilo vespertino, e atendi o maldito aparelho barulhento. James anunciou a subida de um entregador e, apesar de eu querer mandar enfiar o que quer que ele tenha trazido na bunda, concordei em deixá-lo subir com a entrega.

Ajeitei meu cabelo no espelho do corredor da porta enquanto esperava e, um minuto depois, escutei uma batida ritmada na madeira. Abri a porta rapidamente, querendo voltar ao meu sono, e dei de cara com um buque de rosas.

O entregador colocou a coisa de lado por um segundo para falar: “Entrega para a senhorita Saviñon.”

“Sou eu.” Murmurei distraidamente.

Ele me entregou o buquê e eu lhe dei uma gorjeta pelo trabalho. “Pediram que eu avisasse que tem um cartão aqui.” Ele apontou para um papel branco entre as rosas e acenei em acordo, observando ele partir.

Fechei a porta e voltei para a sala enquanto pegava o tal cartão.

“Tu não és para mim senão uma pessoa inteiramente igual a cem mil outras pessoas. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. –O pequeno Príncipe.

Você é única para mim. Entre bilhões de pessoas eu seria capaz de te reconhecer. Você pode ser igual para muitas pessoas, mas, para mim, é a única que consegue me fazer sentir completamente sem chão e, ainda assim, voando em algum sonho incrível.

Casa comigo?

-DDLovato”

Sorrindo, com os olhos cheios de lágrima, peguei meu celular da mesinha de centro e digitei uma simples resposta. “Absolutamente, sim.”

Era incrível como um simples gesto poderia me transformar em um monte de gelatina tão rapidamente. Arrumei um vaso para as rosas, cortando os caules um pouco como minha mãe fazia, e deixei-as na varanda, aproveitando para observar o céu claro por alguns minutos.

DD-DD-DD

As próximas semanas pareciam verdadeiras torturas. Eu só queria abraçá-la e segurá-la o mais forte que podia e, talvez, nunca mais soltar, mas essa é só uma ideia. Christian estava quase ficando louco com as minhas queixas e quase indo buscar Demi por si mesmo.

Porém, eu aproveitei aquele tempo para tentar entender as coisas. Falei com Anahi por quase quatro horas no Skype e ouvi toda a história do que teria acontecido entre ela e Maite.

Aparentemente, tudo começou quase um mês antes do Ano Novo. Não foi planejado, apenas aconteceu, elas acabaram se beijando e, pasmem, transaram. Maite saiu correndo antes de Anahi acordar e as coisas ficaram meio estranhas por uma semana, até Anahi criar coragem de falar com ela. Depois disso, passaram a se encontrar sempre que estavam de folga, mas não havia um rótulo sobre a relação. Não estavam namorando, ou ficando, ou eram amigas com benefício. Era sexo. Mas claro que, sendo Anahi, as coisas não iam ficar apenas no físico.

A coisa se complicava aí. Maite não admitia conversas sobre o assunto, porque sempre saía correndo. Anahi estava meio desesperada por causa disso, sem dúvida. Mas não havia nada que se pudesse fazer enquanto a própria Maite não aceitasse a ideia de estar, talvez, apaixonada por outra mulher. E nesse aspecto, Maite era mais teimosa que uma porta.

Outra coisa que aproveitei para fazer foi surfar. Honestamente, era a minha forma de não perder a cabeça completamente entre a loucura do casamento e amigos que namoraram ou não namoram.

Mas eu só estava esperando para, finalmente, buscá-la no aeroporto.

Façam uma escritora feliz e comentem =]