Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

Por mais que meu pai tivesse usado palavras xucras e não ter tido muito cuidado em dizer, ele estava certo. A noite de núpcias é uma mentira.

Demi e eu estávamos tão cansadas que, depois de tomar um banho rápido, caímos na cama com um baque. A espumante sem álcool no canto parecia esquecida. Ficamos lá por alguns minutos, apenas olhando o teto e reconhecendo todos os lugares do corpo que estavam doendo. Me arrependo de ter usado um salto alto, sério, meu pé parece que passou por um processador de carne.

Depois de um breve descanso, Demi rolou para descansar a cabeça no meu ombro e fazer desenhos aleatórios na pele exposta do meu estômago. Eu queria poder jogá-la na cama e concretizar nossa união, mas mal podia levantar um braço sem sentir dor.

“Sabe por quê usamos a aliança na mão esquerda?” Ela perguntou depois de quase quinze minutos de silêncio confortável.

“Porque a indústria manda?” Brinquei.

“Não.” Podia ouvir o sorriso em sua voz. Demi nem deve ter percebido que começou a desenhar corações na minha pele. “Dizem que é porquê existe uma veia no nosso dedo que leva direto para o coração.” Ela fez o caminho com o dedo, antes de descansar a palma da mão entre meus seios, onde meu coração batia ritmicamente.

“É mesmo?”

“Uhun. Mas eu acho que é outra coisa.” Sua mão começou a descer lentamente, antes de desaparecer por baixo da calcinha que eu usava. “Eu acho que usamos a aliança na mão esquerda, para usarmos a direita para... outras coisas.”

“O que Anahi vai fazer com a aliança dela?”

Seus movimentos congelaram e, imediatamente, percebi meu erro. “Você está pensando em Anahi agora?”

Fechei os olhos e, mentalmente, me dei um chute. “Não foi isso que eu quis dizer. É que Anahi é canhota e...” Me interrompi quando percebi que estava cavando uma cova cada vez mais funda. “Eu juro que nunca vou pensar em Anahi, ou qualquer outra mulher, quando estou com você.”

Felizmente, Demi estava acostumada com meus devaneios nas piores horas. Uma vez perguntei se seria muito ruim colocar tinta de cabelo rosa no frasco de shampoo de Christian.

Demi virou-se de repente, sentando em cima dos meus quadris. “É bom mesmo.” Ela sorriu. “Mas, se pensar, é melhor não errar o nome.”

Revirei os olhos, antes de usar uma força desconhecida para empurrá-la para trás na cama. Acabei ficando por cima dela e sorri de seu olhar meio confuso. “Eu não preciso pensar em ninguém além de você.” Passei a ponta do meu nariz lentamente sobre seu pescoço exposto.

Demi suspirou e cravou as unhas nos meus ombros. “Nem uma única vez?”

“Acho que já estou descansada o suficiente para mostrar isso pra você.”

DD-DD-DD

Revirei os olhos ao ver o comentário em uma das fotos que liberamos do casamento. Era melhor apenas liberar poucas coisas do que ser perturbados por isso até conseguirem algo. Foram duas fotos nossas na festa e três do ensaio fotográfico após, além de algumas que tiramos na cabine de fotos.

O taxista conversava animadamente com Demi, que fingia entender tudo o que ele dizia. Ela pode ter lido o dicionário de espanhol da primeira à última folha vinte vezes, mas mal consegue dizer ‘oi’. Mas não posso deixar de reconhecer sua tentativa.

A semana no Quênia pela fundação “Free the Children” foi uma experiência diferente, com certeza. O povo não tinha quase nada, mas o pouco que tinha fazia questão de dividir e isso me causou admiração. Mal conseguia dormir a noite, pensando em como eles conseguiam. Demi já havia estado lá em seu aniversário de 20 anos e parecia quase em casa, mas eu parecia uma criança pela primeira vez na Disney, olhando tudo, inclusive as pessoas, em completa admiração. Sem falar dos animais. Juro que quase tiveram que me amarrar no jipe para eu não sair correndo e, sei lá, tentar abraçar um leão.

Foi quase triste sair, mas as reservas já estavam feitas em Punta Cana e a fundação já havia ganhado a publicidade que precisava para conseguir mais investidores.

Mas eu juro que um dos elefantes era muito amigável.

De qualquer forma, Punta Cana parece um paraíso na Terra. Águas claras, muito sol, praias impressionantes e eu quase surtei quando li no panfleto que eu podia nadar com os golfinhos. O resort era um dos mais frequentados, mas também discreto. Com certeza, em menos de um dia algumas fotos nossas já teriam vazado na internet, mas os funcionários agiam normalmente, algo que eu senti falta, e eram absolutamente simpáticos.

Demi reservou uma das cabanas para nós e é bastante impressionante que construíram uma dentro de uma piscina, com um caminho que leva para uma praia pouco frequentada. Eu moraria naquela cabana para o resto da vida e não reclamaria sobre a umidade nem um pouco.

A cabana era de madeira com teto de palha, com uma varanda que tinha uma escada em espiral que levava diretamente para a piscina. Não era grande, mas tinha banheira e cama king size, o que era a única coisa que realmente precisaríamos.

Assim que fomos apresentadas a todos os programas disponíveis e recebemos uns vinte panfletos sobre as atividades que poderíamos fazer no paraíso, fomos, finalmente, deixadas sozinhas na cabana, com uma promessa de ir ao bar mais tarde.

“Ok. Eu posso estar exagerando ou estar apenas muito animada, mas... Isso é incrível e eu quero morar aqui.”

Demi riu. “Boa escolha, não?”

“Boa escolha? Foi a melhor escolha que já fizemos na vida! Vamos nadar com golfinhos!”

“Parece que já comecei o casamento bem.”

Revirei os olhos e me aproximei, puxando-a para perto pela cintura. “Isso é relativo, senhorita Lovato. Ainda tem que investir muito.”

Ela passou os braços pelo meu pescoço. “É mesmo?”

“Uhun.” Me inclinei para beijar seu pescoço e sorri quando ouvi-a suspirar. “Agora, ver leões e hipopótamos foi divertido, mas eu tenho uma ideia sobre o que deveríamos fazer na cama maravilhosa que está no quarto.”

Demi se afastou e, com um sorriso que fez meu núcleo revirar, começou a se afastar, adicionando um balanço extra nos quadris. Ela vai ser a minha morte. “Você vem?” Ela questionou com aquela maldita voz sexy enquanto desaparecia por trás da parede que separava a pequena sala do quarto.

Claro, como se eu fosse louca de ficar ali parada. Demi Lovato sempre vai ter um domínio em mim que é impressionante. Ela é como uma droga, um vício. Não importa quantas vezes ela me magoar, quantas vezes nós brigarmos, quantas vezes eu quiser abandonar tudo, eu sempre vou voltar para mais. Porque, porra, eu amo a droga que é Demi Lovato, é absolutamente inebriante.

Não importa quantas vezes alguém tente me convencer que eu sou melhor sem ela (meu pai), não tem como acreditar nisso. Nos completamos, de uma forma meio fodida de brigas idiotas e escolhas erradas, mas é inegável que eu a amo. E não há nada que eu possa fazer, além de me dedicar completamente à mulher com quem me casei. Porque, caralho, se algum dia eu a perder, vai ser o começo da minha morte.

DD-DD-DD

Estou começando a achar a ideia de pedir uma cabana afastada uma das melhores que já tivemos. O resort inteiro teria ouvido seu gemido, caso contrário. Não que eu estivesse reclamando, seria muito excitante, e o lado primitivo do meu cérebro teria adorado saber que todo mundo ouviu o que eu posso fazer com ela. Mas não seria bom para a imagem. Não, nem um pouco.

Demi estava respirando rapidamente, com os olhos bem fechados e uma das mãos ainda agarrada ao lençol. Eu estava um pouco orgulhosa de seu estado, admito. Quando meu braço de apoio começou a reclamar sobre meu peso, comecei a retirar meus dedos de dentro dela lentamente, mas, antes que eu pudesse tirar completamente, sua mão voou para agarrar meu pulso.

“Nem pense.” Ela murmurou.

“O que?” Confusa, continuei o movimento.

Foi quando seu corpo ficou tenso novamente e suas costas se arquearam de um jeito particularmente delicioso. Seu gemido ficou dividido entre prazer e desespero e as unhas nas minhas costas pareciam atingir um nervo importante.

“Caralho, você acabou de...”

“Cala boca.”

Ri levemente e deitei lentamente em cima dela, com cuidado para não causar outro orgasmo acidental. E isso marca três orgasmos em cinco minutos, dez em uma hora e meia. Belo jeito de começar o casamento.

Distribuí beijos por seu pescoço e ombro enquanto esperava que seu corpo se acalmasse o suficiente para que eu pudesse ficar em uma posição mais confortável. Demorou uns bons dez minutos, mas, por fim, a mão em meu pulso relaxou e caiu molemente na cama. Dessa vez, rapidamente tirei a mão e deitei ao seu lado com um sorriso.

“É melhor tirar esse sorriso de quem acabou de escapar da prisão.” Demi resmungou.

E ainda com os olhos fechados. “Bom, parece que alguém me conhece bem demais.” Beijei seu ombro uma última vez, antes de me esticar para pegar a garrafinha de água que estava no criado-mudo. Meus músculos protestaram de todo o esforço da última hora, mas meu sorriso jamais iria desaparecer, ao que parecia.

“É claro que sim. Você foi a pessoa que eu escolhi para acordar o resto da vida. Mesmo que eu sei que pareço um mendigo quando acordo.”

“Você parece maravilhosa para mim quando acorda.” Revirei os olhos ao terminar de falar. Brega.

Demi sorriu e abriu os olhos, finalmente. Aqueles olhos podiam me fazer roubar um banco sem pensar duas vezes. Tomei um gole da água para me distrair de, sei lá, pular nela novamente ou algo do gênero.

“Hey, você não prometeu para Christian que ia ligar para ele quando chegasse?”

Zombei com uma risada, recolocando a garrafa no criado-mudo. “Por favor, estamos em lua de mel, até parece que eu vou ficar ligando para ele cada vez que chego a algum lugar. Além disso, eu prefiro fazer outras coisas do que falar com ele.”

“Bom, já fizemos outras coisas e não vamos fazer mais outras coisas enquanto eu não voltar a sentir minhas pernas.” Demi rebateu enquanto rolava de barriga para baixo na cama. Pequenas marcas em forma de meia lua estavam espalhadas pelos seus ombros, obras das minhas unhas enquanto eu me segurava nela como se minha vida dependesse disso durante meu último orgasmo. Provavelmente iria desaparecer até a manhã seguinte.

Copiei seu movimento e deitei parcialmente em cima dela, beijando as marcas com cuidado. “Eu te amo.” Murmurei, passando a ponta dos dedos sobre a curva de sua bunda.

“Uhun.” Sua voz parecia cansada e quase adormecida. “Eu também.”

Sorrindo, beijei sua bochecha, então rolei para o lado novamente. “Vamos dormir um pouco.”

“Ok.”