Fanfics Brasil - 29 Bastidores

Fanfic: Bastidores


Capítulo: 29

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Segundo uma avaliação do médico, eu precisaria ficar de atestado por uns quatro dias para recuperar a imunidade e não passar mal novamente. Dormir mais, comer melhor, nada de atividade física intensa... e eu já estava ficando louca com a possibilidade de ficar tantos dias sem fazer, absolutamente, nada.


 


Depois de algumas horas em casa, jogada no sofá zapeando canais na TV... eu acabei cochilando de novo.


 


- Alô? – não sabia se meu cel tinha tocado mesmo, ou se eu ainda estava dormindo.


- Te acordei? – era a voz do Gabe, o que me despertou na hora.


- Acordou, mas acho que já faz muito tempo que eu estou dormindo. – me mexi no sofá e senti meu cotovelo repuxando, ia ser um saco ficar com o braço imobilizado assim.


- Poxa, Bianca.. desculpa, dorme de novo, mais tarde eu ligo. –


- Não, não... pode falar. – estava com saudade de ouvir a voz dele.


- Bom, é... na verdade, eu queria saber como você está. Falei com a Chrysti e ela me explicou o que aconteceu. – ele estava nervoso, dava pra sentir isso e no fundo, achei graça.


- Eu estou melhor. Fui meio desatenta com alimentação... e acabei passando mal. A parte chata é o braço, mas já que melhora. E você, como está?


- Eu tou bem... estou querendo conversar com você.


- É, a gente precisa esclarecer umas coisas, né.. – suspirei.


- Precisamos sim. Mas quando você estiver melhor, a gente conversa. A Chrysti me disse que você precisa descansar...  –


- Pois é, serão alguns dias de atestado. – comentei.


- Dias? Quantos dias? –


- Bom, uns quatro mais ou menos. Se eu agüentar ficar tudo isso sem trabalhar, né. Por mim, já voltava na segunda mesmo... –


- Ah sim, entendi... bom, nesse caso, acho melhor a gente conversar antes... – ele estava ansioso, era notável.


- Gabe, na verdade, estou me sentindo bem, mas não posso sair de casa, se você não ligar de vir até aqui... tenho dias de tédio pela frente. – o convidei meio tensa sem saber o que ele iria responder.


- Bom, pode ser... você já jantou? – ele respondeu apreensivo.


- Não, ... eu acabei de acordar e estou meio perdida na hora. – respondi achando graça da ansiedade dele.


- Aé... esqueci que você ta no fuso horário de gente doente.


- Ai seu chato. Eu não estou doente. – falei rindo, esquecendo-me que ainda estava chateada com ele.


- Ah, se está rindo, está melhor. Vou tomar um banho.. e mais tarde passo aí, se a dona Denise liberar, te levo pra dar uma volta. Pode ser?


- Pode sim. Difícil vai ser convencer a minha mãe. –


- Deixa comigo! Beijo.. –


- Beijo, até mais. –


 


Eu precisava confessar que estava sentindo tanta falta dele e que um ‘alô’ já me deixava mais tranquila. Precisávamos conversar, óbvio, mas só o fato de ele ter se preocupado, me animava bastante.


 


 


Gabe –


 


Fazia horas que eu estava com uma bola de nervoso no estômago. Não foi nada agradável ver a Bianca desmaiada, menos ainda não poder ir até o hospital e saber dela pessoalmente. Mas, enfim, toda a tensão estava se dissipando. Ao passo que outro tipo de nervosismo começa a me rondar. Ela tinha aceito conversar comigo e agora seria a hora da verdade. Não sobre a Hanna e o Selau porque eles não tinham força contra a gente, mas sim uma definição do que estava rolando. Uma conversa franca sobre sentimentos - o que seria desgastante já que a Bianca não sabia se expressar. 


 


 


Bianca -


 


Eu estava inquieta ....  e  durante o jantar, minha mãe disse que não adiantava ele insistir, que eu não sairia para dar nenhuma volta porque fazia algumas horas apenas que tinha saído do hospital. Enquanto debatíamos o pode-não-pode, ele tocava a campainha.


 


...


O Gabe estava lindo, mais arrumadinho que o normal e todo cheiroso. Confesso que meu coração ganhou vida própria no peito quando coloquei os olhos nele, e ele sorriu amplamente pra mim. Meus pais o convidaram pra terminar de jantar com a gente, mas ele recusou. Aceitou a sobremesa e ficamos conversando os quatro, formalmente.


 


Eu já estava ficando aflita com o tempo passando e toda a cordialidade do jantar nos rondando, até que desisti de disfarçar e o convidei para sentarmos na varanda. Era o único lugar da casa, relativamente, tranqüilo – ....


 


 


 


Estava uma noite abafada e eu estava com uma mão na tipóia e a outra suando, de calor e de nervoso. Sentei num sofazinho aconchegante que dava para o jardim e ele sentou ao meu lado. Por alguns segundos, ficamos em silêncio, apenas nos olhando.


 


- Gabe, primeiro... obrigada por ter vindo. Eu não posso sair, nem dirigir.. – falei, mencionando meu braço.


- Bianca, para vai... vamos deixar essa formalidade de lado. É claro que eu viria, estava morto de preocupação com você. – a voz dele estava realmente aflita, e eu sorri aliviada.


- Eu estou bem... – fiz um carinho no rosto dele. – Não foi nada de importante, viu? Estou inteira, risos.


- Você ta com a mão gelada... e suada. – ele me encarou e eu fiquei vermelha.


- Você tem o poder de me deixar sem graça. Minha mão ta assim, porque eu estou nervosa. Não sei nem como começar. –


- Bom, vou começar, então, pelo começo, me desculpa pelo surto? Eu fiquei enciumado, estressado... mas não era com você. O Felipe é arrogante e me tirou do sério. –


- Eu já coloquei ele no lugar dele. Mas, e a Hanna, Gabe? Ela gosta de você...


- Gosta, Bia... Pior que eu senti isso de verdade. Eu podia ser falso com você agora e dizer um monte de blábláblá, mas ela estava tentando me deixar melhor, viu que não estava bem e ..


- E te encheu de beijos pra ajudar? – falei irônica e tirei a minha mão da dele.


- Não, me deu um beijo só, e eu correspondi, não vou negar... estava com raiva, confuso.. mas foi bom isso ter acontecido.


- Bom pra quem? – perguntei com medo da resposta.


- Bom pra gente.. – ele me olhou sério.


- Como assim? -


- Porque eu, mais uma vez, tive certeza dos meus sentimentos por você. – ele me olhou com os olhos apertadinhos, me buscando... procurando uma resposta que, enfim, eu estava preparada para oferecer.


- Gabe... eu também pensei muito. Fiquei abalada com a nossa discussão e sentida de ver você com a Hanna.


- Bianca, isso não teve importância.. –


- Calma, me deixa falar.. – o interrompi – eu quase nunca consigo verbalizar o que passa aqui dentro. Mas, pela primeira vez, ta tudo tão claro, sabe... tão fácil de entender, de sentir...  – senti minha voz falhar.


- Bianca..- ele segurou meu rosto com as duas mãos e aproximou o rosto do meu, mas me afastei um pouco. Eu precisava falar.


- Espera... eu quero te perguntar uma coisa agora, que eu nunca imaginei dizer pra alguém na vida, mas, pra tudo tem uma primeira vez, né? Então, lá vai, risos. Gabe, você ainda quer namorar comigo? – soltei a frase e fechei os olhos.


 


 


Foram os segundos mais longos da minha vida. Ele não me respondia, não soltava as minhas bochechas e não me beijava. A demora me fez abrir os olhos e vi um Gabriel todo emocionado, ele não falava uma palavra, mas os olhos dele me diziam ‘sim’ em vários idiomas.


 


 


 



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Autor(a): teambenita

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  Foram os segundos mais longos da minha vida. Ele não me respondia, não soltava as minhas bochechas e não me beijava. A demora me fez abrir os olhos e vi um Gabriel todo emocionado, ele não falava uma palavra, mas os olhos dele me diziam ‘sim’ em vários idiomas.    ....   - É, claro.. Bianca, cla ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • bellammoura Postado em 23/06/2014 - 01:54:53

    Gravida?? *__*

  • bellammoura Postado em 20/06/2014 - 18:49:01

    Adogo essa fic S2 posta + rápido pleas rsrs anciosa próximo cap

  • kassymorales Postado em 07/06/2014 - 01:36:24

    como não amar essa fanfic? a autora arrasa muito, e me deixa sempre cada vez mais curiosa kk :)

  • liza_barral Postado em 30/04/2014 - 10:22:20

    Essa fanfic é maravilhosa!! Vale muito a pena ler. É uma história de amor encantadora e a autora escreve tão bem que nos faz sentir todas as emoções que os personagens passam. Estou nas nuvens com essa fanfic. :)


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