Fanfic: Bastidores

Bianca –

Estávamos jogados na cama dele, comendo pipoca e vendo um filme meloso, quando ele me solta uma pergunta sem pé, nem cabeça:

- Vamos casar? –

- Oi? – achei que pudesse ter ouvido errado...

- É, estava pensando aqui.... Vamos casar? Como manda o figurino? – ele repetiu a pergunta.

- Não! – respondi rindo. - Agora, não. Gabe, não surta, por favor, eu mal estou assimilando a idéia de ter um filho pra cuidar, não posso nem cogitar a idéia de organizar um casamento. – falei, super sincera.

- Ah... mas falta tempo ainda pra nascer... da tempo, se a gente se organizar...

- Gabe, olha pra mim... – segurei o resto dele pra ver se conseguia passar tranqüilidade. – Sei que você está fazendo isso para me deixar mais calma, mas eu estou bem, te juro. Estou tensa, ansiosa... mas bem. Eu sei que você ta comigo, me ajudando... me apoiando... vai dar tudo certo. – eu disse com confiança.

- É.. eu estava pensando na sua estabilidade, mas confesso que já tinha pensado tanto nessa possibilidade que estava curtindo a idéia já. E também... a gente precisa pensar numa logística, porque eu não vou me mudar pra sua casa.. mas também não vou deixar você e o bebê sozinhos.. tipo de madrugada. Se a gente não casar, como vai ser? – ele questionou.

- Bom, eu não tinha pensado nisso ainda... talvez eu possa conversar com meus pais, você fica por lá... vamos ajeitando as coisas, ué... – ele me pegou desprevenida, não sabia como seria essa situação.

-  Bom... eu tenho outra solução. A gente muda pra um apartamento.... organizar casamento dá trabalho, mas mudar pra um outro lugar, é mais rápido...

- Pode ser.. é uma idéia.. – falei por alto.. tentando pensar se isso daria certo.

- Olha.. essa casa é grande, mas não é só minha. Oficialmente, eu a divido com o Thomaz e a Vi.. que já já está no Brasil de novo, então não acho legal começar nossa vida aqui... mas sim num lugar nosso, entende? – ele se explicou.

- Claro, claro que entendo.. e eu acho que eu nem me sentiria bem também. Imagina nosso baby chorando e seu irmão querendo dormir, não faz sentido... – tentei tranqüilizá-lo.

- Então, fechado! A gente escolhe um aparamento pra chamar de nosso. – ele concluiu, com um sorriso iluminado no rosto.

- Com jeitinho, com jeitinho... vai me fazer casar, né, seu espertããão.. – falei rindo e o enchi de cosquinhas e a minha maior vingança é que eu usava a gravidez para não deixá-lo revidar.

- Para de cócegas, sua maluca... casar, morar junto, dividir apê... sei lá como você vai chamar isso. Só sei que quero vocês dois comigo... pra sempre! -  

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