Fanfic: Between the Reason and the Emotion | Tema: Harry Potter

Mudanças são atos drásticos, e nem sempre bem vindas em nossas vidas. Quando meu pai nos contou á mesa de jantar que teríamos que nos mudar para Londres, sinceramente não recebi a notícia com muito entusiasmo. Já a minha mãe e a minha irmã... Bem, essa sou eu: Clayre Tyler McNaughton. Mas o que fazer, se falando de Relações Internacionais o Sr Austin (meu pai) seria o mais qualificado para finalmente trabalhar no Ministério da Magia britânico? Era o sonho da vida dele, que ia acabar com a minha vida! Ah, eu ia sentir falta da Áustria...

***

Chegou o dia. Hoje eu deixaria para trás os amigos, família, meu posto de artilheira no time de quadribol, as campinas verdes e cascatas cristalinas... Meu pai decidiu me deixar em uma tal de plataforma  9 ³/4, e lá eu pegaria um trem e iria pra minha nova escola, Hogwarts. Simples assim. Foi só pegar uma chave de portal e PUF! Pronto, eu cheguei a uma estação de trem muito movimentada, com uma locomotiva vermelha,cheio de malas e corujas. Falando em corujas, a minha coruja, Alba, estava irrequieta na nova gaiola. As pessoas vinham cumprimentar o meu pai, o novo subsecretário sênior (como se eu me importasse).  Eu ia me despedindo da minha família quando um homem alto e loiro veio nos cumprimentar:

- Austin McNaughton. Que prazer revê-lo.

- Lucio Malfoy! Esta é minha família. Minha filha Clayre vai estudar em Hogwarts esse ano.

Lucio Malfoy, dga-se de passagem, era um bruxo extremamente antipático e arrogante. Me perguntei o que ele fazia ali sozinho, pois obviamente todos os pais estavam acompanhando os filhos. Mas logo vi que me precipitei, pois uma mulher e o cara mais lindo que eu já vi em toda a minha vida se juntaram ao Sr Malfoy.

-Ah, McNaughton, esta é minha família. Minha mulher, Narcisa, e meu filho, Draco.

-Claro, muito prazer – se cumprimentaram com um aceno de cabeça – Narcisa, Draco.. Querida, já são 10:55, o seu trem não sai ás 11:00?

Mas eu não estava ouvindo. Ele tinha os olhos cinzentos e frios, os cabelos platinados e a pela muito pálida e era... Muito bonito. Muito bonito mesmo, tipo uau!

-Clayre? Está me ouvindo, filha?

-Ah, sim papai. Então já vou entrar. Nos vemos nas férias então.

Me despedia da minha mãe, Annastasia, e da minha irmã mais velha, Chelsea. Meu pai pegou a minha bagagem e se dirigiu ao trem. Olhei para os Malfoy e todos me encaravam, especialmente um par de olhos cinzentos, que sorriu disfarçadamente para mim. Quando pensei em falar alguma coisa, uma garota arrogante aparece e o beija na bochecha, pegando a ambos de surpresa:

-Oi Draco, tá na hora...

Ela não teve nem a decência de olhar pra minha cara! Então a srª Malfoy nos apresentou:

-Ah, sim, Clayre, essa é uma grande amiga da família, Pansy Parkinson. Pansy essa é Clayre McNaughton. O pai dela é subsecretário sênior do Ministro.

-Ah, sim. Oi – disse a garota. E Pansy, mas que merda de nome é esse?

-Oi.

E ela continuava a beijá-lo. Faça-me o favor né? Mas por alguma razão ela não expressava nenhuma reação e continuava me encarando. Ok, 1º: Essa garota me irrita. Não gostei dela e acabou, não vamos nos dar bem.

-Sr e Sra. Malfoy, foi um prazer conhecê-los – sorri para o casal na minha frente . Olhei para Draco e Pansy e fechei a cara, só os cumprimentei com um aceno de cabeça – Malfoy. Parkinson, nos vemos por ai.

***

Mesmo sem ninguém me conhecer, vários rapazes me ofereceram companhia , mas preferi ficar sozinha numa cabine, Meus longos cabelos negros estavam presos num rabo de cavalo e a franja caia sobre os meus olhos azuis. Olhei na plataforma e minha família me dava tchau. Prometi a minha mãe que escreveria ainda hoje. Três pessoas estavam paradas na porta da cabine e a garota me perguntou se podiam sentar ali.

- Sou Hermione Granger. Você é nova não é?

-Sim, anh... Clayre McNaughton. Prazer Hermione.

Um garoto ruivo ao lado dela me estendeu a mão – Prazer Clayre, Ron Weasley.

-Muito prazer, Ron – olhei para o garoto na minha frente e não pude acreditar- Você.. Sem querer ser grossa.. Deve ser Harry Potter, não?

-É, pois é... Como vai?

E conversamos a viagem toda, parecia que nos conhecíamos há séculos! Eu nem vi a noite chegar... Falamos sobre tudo, sobre a Áustria, quadribol, política e Hogwarts. Depois Hermione e eu discutimos Runas (Achei que só eu gostava dessa matéria)!(...)

***

Ok. Tinha um chapéu falante na minha cabeça, lendo os meus pensamentos. E pra ajudar, tinham 4 mesas na minha frente, cheias de gente, olhando pra minha cara, e esse chapéu que também não parava de falar..

-...astúcia,é também corajosa e muito leal... Portanto, Grifinória!

A mesa do lado extremo do salão aplaudiu com entusiasmo, e eu vi 3 rostos conhecidos sorrindo pra mim.  Já na mesa do lado oposto, tinha alguém de cabelos prateados que me encarava sem piscar; e um par de bochechas de buldogue também conhecidas. Me levantei e fui me sentar ao lado de Hermione:

- Que bom que é uma de nós agora, Clayre! Gostou?

-Sim, e vou gostar mais quando isso fizer sentido. As pessoas ao meu redor começaram a rir e do nada muita comida aparece no meu prato e eu me dei conta de que estava morta de fome.

***

- Caramba! Falei pra minha mãe que eu escreveria ainda hoje! E eu nem sei onde eu to morando..

Me sentei  na minha cama, ao lado da enorme janela do dormitório, peguei um pedaço de pergaminho e comecei a escrever:

“Mamãe,

         A viagem foi ótima e já fiz novos amigos (Hermione Granger, Ronald Weasley e... Harry Potter!). Fiquei na casa da Grifinória (se informe a respeito). Aliás, a família Malfoy não é muito carismática, não?E o emprego do papai? E a Chelsea? E a nossa nova casa, como é?

 Me escreva logo.

                                               Beijos, Clayre.”