Fanfic: Diante de mim - Laliter | Tema: Laliter

Capitulo 27

No sábado, depois da cartomante, eu, a Rochi e a Euge fomos tomar sorvete e ficamos horas conversando. Fizemos um trato de contarmos tudo o que a dona Amélia tinha dito, mas juramos que nada sairia dali, ficaria só entre a gente.

Eu já tinha ouvido as previsões que ela tinha feito pra Euge. Ela e a Rochi já tinham conversado enquanto eu estava lá dentro. Agora só faltava eu saber as da Rochi, e as duas (curiosíssimas) saberem as minhas.

Lali -Primeiro você Rochi!- falei tentando adiar ao máximo minha vez.

Ela então falou que eu tinha um namorado, que a amava muito, dificilmente iria a fazer sofrer e continuou

Rochi -Ela falou também que eu vou me casar muito cedo, mais ou menos aos 21, e que vou ter três filhos-

Euge -Você vai casar gravida?- ela perguntou sem esconder o riso

Rochi -Isso ela não falou Euge, então agora é sua vez Lali! Solta a informação logo!-

Morrendo de vergonha, eu comecei a contar. Falei primeiro a parte da minha família, depois falei que a dona Amélia tinha dito que eu podia confiar nelas (as duas sorriram nessa hora), contei da minha viagem e que ela disse que se eu estudasse eu passaria de ano.

As duas continuaram me olhando sem dizer nada, eu então tomei mais um pouco do meu milk-shake, olhei pra elas que continuavam me encarando e falei

Lali -Oi! Vocês congelaram ai?

Euge -Estamos esperando o resto- ela respondeu como se fosse obvio

Lali -Que resto? Acabou! É só isso, minha vida não vai er animada como a de vocês!- eu falei rezando pra elas acreditarem.

A Rochi então deu um sorriso, pegou na minha mão, e como se estivesse falando com uma criancinha, disse

Rochi -Lali, eu entendo de cartomantes. Nenhuma delas deixa de falar do lado sentimental. Essa é a parte mais importante! Por que você não confia na gente? Poxa a gente te contou tudo!-

Na mesma hora eu lembrei que a dona Amélia tinha dito que as meninas confiavam bem mais em mim do que eu nelas. Dei um suspiro, olhei pras duas e falei

Lali -Ta bom, ela falou do Peter!- elas bateram palmas e, sorrindo, pediram pra eu contar tudo

Eu contei. Comecei meio devagar, falando sobre o medo dele e o pé atrás com mulheres em geral, depois eu disse sobre a descrição exata que ela tinha feito dele fisicamente, ai dei uma paradinha, respirei fundo e, quando vi, já tinha contado o resto e mais um pouco... inclusiva que ela tinha perguntado se eu estava apaixonada por ele e que eu tinha dito que SIM... nessa hora as duas gritaram e me abraçaram,

A Euge levantou, pegou um guardanapo no balcão, pediu uma caneta para garçom e escreveu bem grande

“PLANO DE AÇÃO - LALI & PETER”.

Nós passamos o resto da tarde desenvolvendo estratégias, pensando em coisas que eu poderia fazer pra que o Peter voltasse a ser o que era antes. O plano consistiria em duas fases: reaproximação e conquista.

Cheguei em casa, e minha mãe me chamou para conversar, minha viagem que antes seria pros EUA agora seria mudada pra Inglaterra, pois todas as vagas já tinham sido preenchidas no outro colégio, era o mesmo colégio pelo menos, mais eu não iria morar mais com minha tia Jimena, minha mãe então disse que como eu estava fazendo intercambio, eu iria para casa de alguma família, que foram aprovadas pelo colégio e que mais tarde nós juntas escolheríamos. Não quis pensar muito sobre o assunto, porque segunda eu teria que por meu plano em ação.

Já na segunda, dei um jeito de chegar atrasada, para o Peter já ter chegado e escolhido o lugar, e sentei exatamente ao lado dele.

Ele me olhou com uma expressão não muito feliz, como se eu estivesse incomodando, falou “oi” rapidinho e voltou a prestar atenção na aula.

No fim da aula eu continuei com os planos, como na semana anterior ele saiu da sala na maior pressa do mundo, mas dessa vez também fui bem rápida. Segui ele até a saída do colégio pra ver como ele estava indo embora, vi que ele virou a esquina, o que significava que ele ia de ônibus.

No dia seguinte, falei com o meu pai que ele não precisava me busca no colégio. Quando o sinal do fim da aula já estava batendo, guardei todo meu material e fiquei a postos. Fui a primeira a sair da sala e fiquei parada na porta do colégio. Quando o Peter apareceu um minuto depois, olhei pra ele e falei

Lali -Peter, meu pai hoje não pode me buscar, você vai de ônibus? Posso ir com você? Tenho medo de andar até o ponto sozinha, aquela esquina fica cheia de pivetes...- Ele não teve com dizer não. Fez que sim com a cabeça e começamos a andar um do lado do outro.

Eu sempre reclamei a distancia do ponto de ônibus em relação ao colégio, mas dessa vez a cada passo eu agradecia a prefeitura por tê-lo colocado tão longe assim. No começo a gente só caminhou, sem falar nada. Quando eu vi que estávamos quase chegando, resolvi tomar coragem.

Lali -Peter, eu queria conversar com você- eu falei sentindo o coração quase sair pela boca, como ele não falou nada, eu continuei

Lali -Por mais que você negue, você sabe que esta diferente comigo. Será que você poderia pelo menos me falar o que foi que eu fiz?- ele ficou meio desconcertado, acho que não esperava que eu fosse ser tão direta, ele começou a falar (sem olhar pra mim) que era impressão minha, que ele estava igualzinho. Então continuei

Lali -Não esta igual, mais não esta mesmo! Esse não é o Peter que eu conheço. O meu Peter nesse momento não estaria calado. O Peter de quem eu gostava estaria tagarelando qualquer assunto, como por exemplo, como uma lata de leite condensado da pra fazer sete dias e meio de brigadeiro pra sua sobremesa!- falei num folego só, lembrando de uma conversa que tivemos no passado. Ele fez uma cara de surpresa, deu um risinho e falou

Peter -Você já chegou a testar quantas vezes a lata de leite condensado dura pra você?- não aguentei o riso e falei

Lali -Ta vendo? Esse é o Peter. Que sempre tem uma resposta pra tudo e sempre me faz rir- eu recomecei a andar e de repente parei de novo. Olhei pra ele bem séria e falei

Lali -não tente me convencer do contrario porque você não vai conseguir- ele não falou nada, meu ônibus chegou antes do dele, já que ele provavelmente não iria pra casa. Olhei pra ele só pra falar tchau, mas nesse momento ele me puxou e me deu um abraço. Ficamos abraçados uns cinco segundos, meu coração totalmente acelerado, ai ele se afastou, sorriu pra mim, olhou pro ônibus e falou

Peter -Corre senão você vai chegar atrasada pro almoço-

Eu nem estava com fome. Aquele abraço tinha me alimentado pro dia inteiro. Então eu sorri pra ele e disse

Lali -Vou lembrar de você na sobremesa- e subi no ônibus.

Gente nao to vendo nenhum comentario aqui na web mais, o que aconteceu? Vocês não tão gostando? Comentem :/