Fanfic: O Sonho de uma Criança - RECOMEÇAR Vondy | Tema: Vondy

Os olhos dela estavam lagrimejando e numa tentativa inútil de não chorar, Dulce mordia o lábio. Os olhos dele estavam pretos de desejo, ardendo em cima do corpo dela, em cima dela. Aquela poderia ser a ultima vez juntos, podia ser a ultima vez como marido e mulher, ela lutou com toda sua força para abrir a boca e falar, e mesmo assim ele entendeu apenas como um sussurro.
Dulce: faça amor comigo Christopher. – disse com a voz cortada – faça amor comigo nem que seja pela a ultima vez.
Sem pensar em mais nada ele tomou os lábios dela em um beijo que de principio era calmo e mesmo assim ardente em desejo, só que logo se transformou em um beijo feroz, um beijo cheio de saudades, amor, compreensão, dor, alivio, felicidade, emoções que não podem ser descritas em palavras, lagrimas caiam sobre ambos, em forma de despedida.
Lentamente ele deitou sobre ela, não fariam posições eróticas, e nem experimentariam novas. Apenas se amariam de forma majestosa. Lutando para ter cuidado ele desabotoou cada botão do terninho que ela usava, cada toque dos dedos dele sobre o corpo de Dulce provocava efeitos colaterais, ela fechou os olhos quando sentiu ele arrancar o sutiã da mesma e jogando longe, em seguida a sensação de prazeres
Dulce: você sumia de casa durante dias, tantas vezes imaginei você com outra.
Christopher: eu não estava. Tudo que eu precisava para acabar de vez com nosso casamento era outra, e eu não tive.
Dulce: você falava tão ignorante.
Christopher: estava na defensiva.
Dulce: você bebia com tanta frequência.
Christopher: de algum modo eu tinha que me esquecer de tudo não acha? – ela ficou calada.
Dulce: eu precisei de você.
Christopher: e eu mais ainda.
Dulce: encontrei um bilhete. – pausou – com marcas de batom no seu paletó, cheiro feminino. – Deus! Como ele pôde ser tão burro? Como ele deixou aquele bilhete ali? Sim era verdade, tinha um bilhete feminino em seu terno, com perfume feminino impregnado nele, só que não lhe pertencia, não era para ele. Por outro lado, não podia contar o que realmente era.
Christopher: não era de outra. – disse ele branco pela a descoberta. – não de uma amante como você está pensando.
Dulce: e então? – ela soltou a mão dele, afastando a sua para perto de si. – de quem era?
Christopher: eu sinto muito Dulce, não posso te contar, não ainda.
Dulce: como não pode me contar?
Christopher: não posso, eu jurei – disse baixo – mas no momento certo eu irei lhe contar.
Dulce: então nosso casamento acaba aqui – disse em um fio de voz.
Christopher: esse casamento não pode acabar aqui – disse ele sentindo toda culpa cair em cima dele, Deus! Amava aquela mulher mais que sua vida, podia suportar a crise do casamento, sabendo que no fim ela estava lhe esperando, mas não suportaria viver sem ela sabendo que nunca mais poderia tocar-lhe os lábios. – eu te amo Dulce – ele viu ela se agarrar nos lençóis cobrindo-se como podia, ela estava com medo. – eu te amo e você sabe disso – disse com os olhos vermelhos pela as lagrimas. – eu sou idiota, sou burro, sou cafajeste sou o que você quiser. Mas acima de tudo eu sou louco de amor por você. – ele ouviu um soluço escapar da garganta dela.
Dulce: sem confiança não há casamento. – disse baixinho segurando os soluços – Você me dar motivos para não acreditar em você. Você desconfia de onde ando. Não tem como nós continuarmos com isso.
Christopher: nós podemos resgatar Dulce, juntos podemos resgatar qualquer coisa. Podemos reconstruir a confiança que nos foi roubada, podemos qualquer coisa, mas pelo o amor de Deus, pelo o amor e veneração que você devota a seus filhos, não me deixa. – desesperado, pedindo que aquela conversa fosse um pesadelo da qual queria acordar, ele se abraçou a ela, apertando-a fortemente como podia, não queria que ela escapasse dele, não podia viver sem ela. – por favor não...
Dulce: shiiu – impediu dele continuar – não vamos continuar esta conversa agora, quero que você me ame até o amanhecer. – envolveu ele com um beijo, um beijo choroso e ele assim o fez.
Era quase quatro horas da manhã, Christopher estava adormecido ao lado de Dulce, com o braço envolto em sua cintura desnuda. Ao contrario dele, ela não havia fechado os olhos para dormir nem um segundo sequer, a noite anterior e tudo que eles haviam vivido estava martelando em sua cabeça, será que ela conseguiria ir até o fim com o divorcio? Será que ela saberia viver sem ele? Será que lidaria com seus filhos sem ele? Foi algumas das perguntas que ela se fez durante toda a madrugada, e como não queria continuar a conversa como havia dito que continuaria, ela tirou o braço dele de cima dela com cuidado para não acorda-lo começou pegar suas roupas no chão e foi vestir-se rapidamente na sala, quando estava pronta foi ao quarto onde ele dormia com semblante de um bebe inocente.
Dulce: mesmo que a gente se separe eu continuarei sendo sua. – se abaixou a altura dele na cama e deu um rápido selinho nele, pegou algum dinheiro na carteira dele para ir para casa de taxi.
Horas depois, Christopher acordou sentindo falta da essência feminina de Dulce, quando passou a mão viu que ela não estava e seu lado estava frio ela havia saído que horas? Tinha fugido da conversa, mas daria um jeito, não iria separar-se dela nem que isso significasse perder uma amizade. Ele não estava disposto a perder sua família e sua mulher, daria um jeito em tudo.