Fanfic: O Sonho de uma Criança - RECOMEÇAR Vondy | Tema: Vondy

Ucker viu elas duas ali tão conectadas e não pode conter as lagrimas, ele entrou no quarto e abraçou Dulce por trás – vamos sempre estar assim. Prometo.  – Ele não sabia de onde estava tirando aquela força de ver sofrerem mais sabia que era alguém e em algum lugar torcendo por eles. 

Uma lagrima caiu. Ela secou

Uma lagrima caiu. Ela secou

Outra lagrima insistiu. Ela retornou a enxugar.

Naqueles dias Luma era tão pequena indefesa frágil... Hoje era uma moça, crescera e agora era o seu orgulho tão novinha e tão determinada, tinha pensamentos de adulto, e estava à beira de descobrir a verdade. Deus... Queria pegar sua bebê e sumir no mundo não deixar que nada nem ninguém lhe roubasse seu pequeno embrulhe...

Tomou um susto quando a porta se abriu e ouviu a voz de Belinda bem atrás dela.

Belinda – desculpa – pediu sem jeito ao ver a cara de susto da amiga. – a Vale fez o interfone, te chamei mais você estava viajando.

Dulce – tudo bem – forçou o riso – estava viajando nos pensamentos.

Belinda – a Lu? – ela assentiu com um sorriso triste – isso irá resolver por um tempo – colocou as passagens para o Brasil em cima da mesa. – não é a solução porém dará tempo para pensarem em uma.

Dulce – de verdade, obrigado Beli.

Belinda – não agradeça. – deu um pequeno sorriso e virou-se para sair.

Dulce – Beli – chamou e ela a olhou – as meninas tem algo para você. – ela assentiu e saiu calada.

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Na casa dos Uckermann não estava diferente, embora muitos sorrisos, os pensamentos de Ucker estava na sua galega, recebera um telefonema de sua eterna namorada, que teimara a noite inteira em ir ao trabalho, dizendo que já estava com as passagens em mãos...

Estava deitado na cama procurando coragem de ir comunicar a sua princesa que podia arrumar as malas.

Luma – pai? – chamou baixo pois pensava que ele estava dormindo. Ele virou o rosto para ela e sorriu, era impossível não sorrir ao ver aqueles olhos azuis intensos brilhando para ele, como era quando bebê. Ao vê-lo acordado pulou na cama deitando-se ao seu lado.  – agora estou cheirosa.  – ele riu.

Ucker – não esse cheiro ficará para sempre em você – engrossou a voz e fez cocegas delicadamente nela que gargalhou – você está crescendo minha bebê.

Luma – é acho que estou – falou tímida deitando a cabeça no ombro dele e repousou a mão no peitoral.

Ucker – quando você era bebê, e sua mãe foi ter seus irmãos, você só dormia assim em cima de mim. – ele sorriu com a lembrança – e eu costumava conversar com você até adormecer, você parecia um anjo sabia?

Luma – não – riu – mais a mamãe, a Meli, a vovó você sempre diz isso.

Ucker – você tinha ciúmes dos seus irmãos. – ele riu novamente com a lembrança de quando sua menina aprendera a beliscar, seus irmãos era o alvo favorito. – Sabe Lu em muitos momentos de minha vida, e da vida de sua mãe, você foi a fonte de onde tiramos energia para conseguir passar por cima das dificuldades, você nos uniu, você nos fez conhecer e reconhecer o verdadeiro amor, nos deu uma vida melhor e mais feliz e hoje você está crescendo, aprendendo a dar seus próprios passos e eu me sinto feliz e orgulhoso pela pessoa que você é. Você conquistou nossa confiança e mostrou que podemos entregar o mundo em suas mãos, por isso meu anjo sem asas vá arrumar suas malas que o Brasil lhe espera.

Ela sorriu chorosa em meio a tantas coisas lindas que seu pai falou. Mais não deveria nem se surpreender ele era SEU PAI, seu herói seu primeiro amor, e se possível fosse casaria com ele. Engoliu o choro e fez uma caretinha.

Luma – você realmente deixou papai? – ele assentiu – não mudará de ideia – ele parou e pensou, se pudesse mudaria mas os motivos que o levaram a tomar essa decisão não deixaria mudar de ideia.

Ucker – não

Luma – certeza papai? – ele assentiu – então isso merece uma selfie. - Falou alegre sentando-se na cama. Ele riu careta engraçada que ela fez.

Ucker – o que é isso Lu?

Luma – uma selfie oras – disse obvia  - e a legenda é o Brasil me espera

Dave – ele se refere a sua cara de zaroa – ela lhe mostrou a língua. - vou pegar sua língua hein tô avisando – ela lhe mostrou outra vez, ele tentou pegar sem sucesso e ela sorriu.

Luma – otário - arregalou os olhos e deu um grito fino ao ver ele com uma meia suja querendo jogar nela que saiu do quarto correndo e gargalhando.

Dave – vou te pegar anã de jardim. – Ucker sorriu em meio aos problemas sem dúvidas sua família sempre seria seu alicerce.

O dia terminou daquela forma, Dulce teve alguns enjoos por conta da queda de pressão mas nada que fosse grave, sua noite com Ucker mais uma vez foi adiada ele havia ido dormir em sua casa, mas prometeu que na manhã seguinte viria tomar café com a esposa e com os filhos.

Marieta teve uma leve piora no seu quadro hospitalar estava tossindo com mais frequência e agora com a presença de sangue, ainda insistia para que nada fosse dito as crianças e poupassem todo sofrimento possível para seu neto. Não queria ser internada mais o faria para que Aleph não lhe visse piorar a cada dia.