— Dulce Grey na Clayton. Vá entender, — Poncho bufa, pasmo. Ele agita sua cabeça como se para limpá-la. — E então, quer sair para beber ou algo assim hoje à noite?
Sempre que ele está em casa ele me convida para sair, e eu sempre digo não. É um ritual. Eu nunca considerei uma boa ideia sair com o irmão do chefe, e além disso, Poncho é muito atraente como todo jovem americano da casa ao lado, mas ele não é nenhum herói literário, nem esforçando muito minha imaginação. Grey é? Meu subconsciente pergunta-me, sua sobrancelha levantada no sentido figurado.
Eu o esbofeteio.
— Você não tem um jantar de família ou algo assim com seu irmão?
— Isto é amanhã.
— Talvez alguma outra hora, Poncho. Eu preciso estudar hoje à noite. Eu tenho meus exames finais na semana que vem.
— Anahi, um dia destes, você dirá sim, — ele sorri quando eu escapo para a loja.
— Mas eu fotógrafo lugares, Anahi, não pessoas, — José geme.
— José, por favor? — Eu imploro. Segurando meu celular, eu marcho pela sala de estar de nosso apartamento, desviando a vista da janela para a luz noturna desvanecendo.
— Dê-me o telefone. — Kate agarra o telefone de mim, lançando seu sedoso cabelo, loiro avermelhado acima de seu ombro.
— Escute aqui, José Rodriguez, se você quiser que nosso jornal cubra a abertura de seu show, você vai fazer estas fotos para nós amanhã, capiche? — Kate pode ser terrivelmente dura.
— Ótimo. Anahi vai ligar de volta informando o local e horário. Nós vemos você amanhã. — Ela fecha meu celular com um estalo.
— Feito. Tudo que nós precisamos fazer agora é decidir onde e quando. Ligue para ela. — Ela aponta o telefone para mim. Meu estômago revira.
— Ligue para Grey, agora!
Eu faço uma careta para ela e alcanço no meu bolso de trás o cartão de negócios dela. Eu tomo uma profunda e firme respiração, e com dedos trêmulos, eu disco o número.
Ela responde no segundo toque. Sua voz é tranquila e fria.
— Grey.
— Haa… Sra. Grey? É Anahi Steele. — Eu não reconheço minha própria voz, eu estou muito nervosa. Há uma breve pausa. Por dentro eu estou tremendo.
— Senhorita Steele. Como é bom ouvi-la. — Sua voz muda. Ela fica surpresa, eu acho, e ela soa tão… morna, sedutora até. Minha respiração entala, e eu ruborizo. De repente estou consciente de que Katherine Kavanagh está olhando fixamente para mim, boquiaberta, e eu vou para a cozinha para evitar seu minucioso olhar indesejável.
— Haa, nós gostaríamos de fazer a sessão de fotos para o artigo. — Respire, Anahi, respire.
Meus pulmões absorvem uma respiração apressada. — Amanhã, se estiver tudo bem. Onde seria conveniente para você, senhora?
Eu quase posso ouvir seu sorriso de esfinge pelo telefone.
— Eu vou estar no Heathman em Portland. Digamos nove e meia, amanhã de manhã?
— Certo, nós veremos você lá. — Eu estou irradiante e sem fôlego, como uma criança, não uma mulher adulta que pode votar e beber legalmente no Estado de Washington.
— Eu espero ansiosamente por isto, Senhorita Steele. — Eu visualizo o brilho perverso em seus olhos cinza. Como ela consegue fazer com que sete pequenas palavras, garantam tantas promessas tentadoras? Eu desligo. Kate está na cozinha, e ela está olhando fixamente para mim com um olhar de completa e total consternação em seu rosto.
— Anahi Steele. Você gosta dela! Eu nunca vi ou ouvi você tão, tão… afetada por alguém antes. Você está realmente corada.
— Oh Kate, você sabe que eu ruborizo o tempo todo. É quase uma profissão. Não seja tão ridícula, — eu saio dessa rapidamente. Ela pisca para mim com surpresa, eu raramente fico com raiva, e se fico, rapidamente eu deixo para lá. — Eu apenas a acho… intimidante, isto é todo.
— Heathman, nada mal, — Kate murmura. — Eu darei um telefonema para o gerente e negociarei um espaço para as fotos.
— Eu vou fazer o jantar. Depois eu preciso estudar. — Eu não posso esconder minha irritação com ela, quando eu abro um dos armários para fazer o jantar.
Eu estou inquieta está noite, não paro de me mover e dar voltas e voltas na cama. Sonhando com olhos cinza, macacões, pernas longas, dedos longos, e um local muito escuro e inexplorado. Eu desperto duas vezes na noite, meu coração batendo muito rápido. Oh, se não conseguir dormir, amanha vou estar com uma cara estupenda, eu me repreendo. Eu esmurro meu travesseiro e tento me ajeitar.
O Heathman está situado no coração do centro da cidade de Portland. Seu impressionante edifício de pedras marrom foi concluído bem antes da crise da década de 20. José, Travis e eu estamos viajando no meu Fusca, e Kate está em seu CLK, uma vez que não cabemos todos em meu carro. Travis é amigo e gopher de José, e eu estou aqui para ajudar com a iluminação. Kate conseguiu adquirir o uso de um quarto livre de encargos, pela manhã no Heathman, em troca de um crédito no artigo. Quando ela explica na recepção, que estamos aqui para fotografar a CEO Dulce Grey, nós somos imediatamente conduzidos para uma suíte. Apenas uma suíte de tamanho regular, no entanto, já que aparentemente o Sra. Grey está ocupando a maior do edifício. Um executivo de marketing muito interessado nos mostra à suíte, ele é extremamente jovem e está muito nervoso por alguma razão.
Eu suspeito que seja a beleza de Kate e seu ar autoritário que o desarmou, porque ele faz o que ela quer. Os quartos são elegantes, discretos, e opulentamente mobiliado.
São nove horas. Nós temos meia hora para nos instalar. Kate vai de um lado para o outro.
— José, eu acho que nós vamos fotografar contra aquela parede, você concorda? — Ela não espera por sua resposta. — Travis, limpe as cadeiras. Anahi, você pode pedir ao serviço de quarto para trazer algumas bebidas? E deixe Grey saber onde estamos.
Sim, Senhora. Ela é tão dominadora. Eu desvio meu olhar, mas faço o que me é pedido.
Meia hora mais tarde, Dulce Grey entra em nossa suíte.
Puta merda! Ela está vestindo uma camisa branca, aberta no colarinho, e calças de flanela cinza que pendem de seus quadris. Seus cabelos incontroláveis ainda estão úmidos do banho. Minha boca fica seca só ao olhar para ela… ela é tão estupidamente quente. Grey entra na suíte acompanhado de um homem que aparenta ter seus trinta e poucos anos, com um corte militar, com um acentuado terno escuro e gravata, que fica em silencio no canto. Seus olhos cor de avelã nos observa impassível.
— Senhorita Steele, nos encontramos novamente. — Grey estende a mão, e eu a agito, piscando rapidamente.
Oh Merda… ela realmente é bastante… uau. Quando eu toco em sua mão, eu sinto aquela deliciosa corrente atravessando-me diretamente, iluminando-me, fazendo-me ruborizar, e eu tenho certeza que minha respiração irregular deve ser audível.