Por que ela quer saber disto? É tão enfadonho.
— Minha mãe vive na Geórgia com seu novo marido Bob. Meu padrasto vive em Montesano.
— Seu pai?
— Meu pai morreu quando eu era um bebê.
— Eu sinto muito, — ela murmura e um incomodado olhar fugaz, atravessa seu rosto.
— Eu não me lembro dele.
— E sua mãe se casou de novo?
Eu bufo.
— Você pode dizer isto.
Ela franze a testa para mim.
— Você não está indo muito longe, não é? — Ela diz secamente, coçando seu queixo, como se estivesse pensamento profundamente.
— Nem você.
— Você já me entrevistou uma vez, e eu me lembro de algumas questões bastante comprometedoras. — Ela sorri afetuosamente para mim.
Puta merda. Ela está lembrando a pergunta do “gay”. Mais uma vez, eu fico mortificada. Daqui a anos, eu sei, vou precisar de terapia intensiva para não sentir vergonha toda vez que eu recordar este momento. Eu começo a murmurar sobre minha mãe, qualquer coisa para bloquear esta memória.
— Minha mãe é maravilhosa. Ela é uma romântica incurável. Ela atualmente está casada com seu quarto marido.
Dulce levanta as sobrancelhas em surpresa.
— Eu sinto falta dela, — eu continuo. — Ela tem Bob agora. Eu só espero que ele possa vigiá-la e juntar os pedaços, quando seus esquemas desmiolados não saírem como planejado. — Eu ternamente sorrio. Eu não vejo minha mãe por um longo tempo. Dulce observa-me atentamente, tomando goles ocasionais de seu café. Eu realmente não devia olhar para sua boca. É inquietante. Aqueles lábios.
— Você se entende com seu padrasto?
— Claro. Eu cresci com ele. Ele é o único pai que eu conheci.
— E como ele é?
— Ray? Ele é… reservado.
— Só isto? — Grey pergunta, surpresa.
Eu encolho os ombros. O que esta Mulher espera? A história da minha vida?
— Reservado como sua enteada, — Grey sugere de imediato.
Eu me abstenho afastando meu olhar dela.
— Ele gosta de futebol, especialmente futebol europeu, e de boliche, e pesca com mosca, e fazer móveis. Ele é um carpinteiro. Ex- fuzileiro. — Eu suspiro.
— Você viveu com ele?
— Sim. Minha mãe encontrou o Terceiro Marido, quando eu tinha quinze anos. Eu fiquei com Ray.
Ela franze a testa como se não entendesse.
— Você não quis viver com sua mãe? — Ela pergunta.
Eu ruborizo. Isto não é realmente de sua conta.
— Terceiro Marido vivia no Texas. Minha casa estava em Montesano. E você sabe... minha mãe era recém- casada. — Eu paro. Minha mãe nunca falou sobre o ser terceiro marido. Onde Grey está querendo ir com isso? Isto não é de sua conta. Dois podem jogar este jogo.
— Fale-me sobre seus pais, — eu pergunto.
Ela encolhe os ombros.
— Meu pai é um advogado, minha mãe é pediatra. Eles vivem em Seattle.
Oh… ela teve uma educação cara. E eu me pergunto sobre um casal bem sucedido que adota três crianças, e uma delas se transforma em uma bela mulher que assume o mundo dos negócios e o conquista sozinha. O que o levou a ser deste modo? Seus pais devem estar orgulhosos.
— O que seus irmãos fazem?
— Elliot está na construção, e minha irmã mais nova está em Paris, estudando arte culinária com algum renomado chefe de cozinha francês. — Seus olhos nublam com irritação. Ela não quer falar sobre sua família ou ela mesmo.
— Eu ouvi dizer que Paris é adorável, — eu murmuro. Por que ela não quer conversar sobre sua família? É porque ela é adotado?
— É bonita. Você já esteve lá? — Ela pergunta, sua irritação esquecida.
— Eu nunca deixei o continente dos EUA. — Então, agora nós voltamos para banalidades. O que ela está escondendo?
— Você gostaria de ir?