Fanfic: Cinquenta Tons de Cinza | Tema: Portinon
— É... tão... doce, — ela murmura
entrecortadamente.
O elevador se detém, abre-se a porta, e em um
abrir e fechar de olhos me solta e se separa de mim. Três homens trajados de
ternos nos olham e entram sorridentes. Pulsa-me o coração a toda pressa.
Sinto-me como se tivesse subido correndo por um grande morro. Quero me inclinar
e me sujeitar às risadas, mas seria muito óbvio.
Eu a olho. Parece absolutamente tranquila, como
se tivesse estado fazendo palavras cruzadas do Seattle Time. Que injusto. Não a afeta o mínimo a minha presença? Olha-me de esguelha e deixa escapar um ligeiro
suspiro. Valeu, afeta-a, e a pequena deusa que levo dentro de mim, sacode os
quadris e dança um SAMBA para celebrar a vitória. Os homens de negócios descem
no primeiro andar.
— Você escovou os dentes — ela fala me olhando
fixamente.
— Usei sua escova.
Seus lábios esboçam um meio sorriso.
— Ai, Anahi Steele, o que vou fazer contigo?
As portas se abrem no vestíbulo, agarra-me a mão
e sai comigo.
— O que terão os elevadores? — ela murmura para
si mesmo, cruzando o vestíbulo em grandes pernadas. Luto por manter seu passo, porque todo meu
raciocínio ficou esparramado pelo chão e as paredes do elevador número 3 do
hotel Heathman.
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Dulce abriu a porta do passageiro do seu Audi
SUV preto, e eu subi. É um carro legal. Ela não mencionou a explosão de paixão
que eclodiu no elevador. Devo fazer isso? Deveríamos falar sobre o assunto ou
fingir que não aconteceu? Não pareceu real, meu adequado primeiro beijo sem restrição.
Com o passar do tempo, atribuí-o um caráter mítico como a lenda do rei Artur ou
a Cidade Perdida de Atlantis. Nunca aconteceu, nunca existiu. Talvez eu tenha
imaginado tudo. Não.
Eu toquei meus lábios, estavam inchados de seu
beijo. Definitivamente, aconteceu. Sou uma mulher mudada. Eu quero esta mulher,
desesperadamente, e ela me quer.
Olho-a. Dulce está como de costume: correta,
educada e um pouco distante.
Tão confusa.
Ela liga o motor e abandona sua vaga no
estacionamento. Liga o leitor de MP3. O interior do carro foi preenchido pela
mais doce e mais mágica música que duas mulheres cantavam. Uau... todos os meus
sentidos estão em desordem, por isso estou duplamente afetada. Enviou arrepios
deliciosos a minha coluna vertebral. Dulce se dirigiu para SW Park Avenue,
e guiou com uma fácil e preguiçosa confiança.
— O que estamos ouvindo?
— É o Dueto das Flores de Delibes, da ópera
Lakmé. Você gostou?
— Dulce, é maravilhoso.
— É, não é?
Ela sorriu enquanto olhava para mim. E por um
momento aparentou sua idade, jovem, despreocupada e bonita até perder o
sentido. É esta a chave para chegar a ela? A música? Sento-me e ouço as vozes
angélicas, sussurrantes e sedutoras.
— Pode voltar a tocá-la?
— Claro.
Dulce apertou um botão, e a música voltou a
me acariciar. Invadiu meus sentidos de forma lenta, suave e doce.
— Você gosta de música clássica? — Perguntei-lhe
tentando descobrir algo de suas preferências pessoais.
— Meu gosto é eclético, Anahi. De Thomas Talis a Kings
of Leon. Depende de meu estado
de ânimo. E o seu?
— O meu também. Embora não conheça o Thomas
Talis.
Voltou-se em minha direção, me olhou um instante
e voltou a fixar os olhos na estrada.
— Algum dia te mostrarei algo dele. É um compositor
britânico do século XVI. Música coral eclesiástica da época dos Tudor. —Ela sorriu-me. —Parece muito esotérico, eu sei, mas é mágico, Anahi.
Pressionou um botão e começou a soar os Kings of
Leon. Este eu conheço. "Sex on Fire." Muito oportuno. Repentinamente,
o som de um celular interrompeu a música. Dulce apertou um botão do
volante.
— Grey. — Respondeu bruscamente.
— Sra.Grey, sou Welch. Tenho a informação que
pediu.
Uma voz áspera e imaterial chegou através dos
alto-falantes.
— Bom. Mande-me por e-mail. Algo mais?
— Nada mais, senhora.
Apertou o botão, a chamada encerrou e voltou a
tocar a música. Nem adeus, nem obrigado. Estou tão feliz que eu nunca
seriamente considerei trabalhar para ela.
Estremeço sozinha só de pensar. É muito
controladora e fria com seus empregados. O telefone voltou a interromper a
música.
— Grey.
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Autor(a): kehcandy
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— Mandou-lhe por e-mail uma informação confidencial, Sra. Grey. Era uma voz de mulher. — Bom. Isso é tudo, Andrea. — Tenha um bom dia, senhora. Dulce desligou ao pressionar um botão do volante. Logo que a música recomeçou, o telefone voltou a tocar. Nisto consistia sua vida, em constantes telefonemas irritantes? ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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tryciarg89 Postado em 04/10/2023 - 21:52:16
Poxa que pena que parou,muito boa sua fic,se por acaso aparecer e quiser continuar,serei grata
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thaicandy Postado em 01/01/2017 - 16:06:58
posta mais
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pekenna Postado em 28/02/2015 - 00:51:30
Posta mais!ta sendo mto bom ver a historia sendo portinon!!to amando!
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vverg Postado em 12/06/2014 - 21:29:08
Não vai postar mais??? Poxa =( Poste please... *_*
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vverg Postado em 10/06/2014 - 19:04:02
Ei cade vc??? Sdd da fic poxa!!! =(
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vverg Postado em 05/06/2014 - 20:34:46
Postes??? Tem mais não? *__*
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vverg Postado em 30/05/2014 - 17:12:28
Ufa! Eu demorei para ler hein. Tu fica um tempo sem postar, e quando volta... adoreiiiii... muito bom. =)
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vverg Postado em 27/05/2014 - 15:44:17
up *_*
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vverg Postado em 24/05/2014 - 00:19:22
Pois e. Any e sua batalha interna..hahaha
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vverg Postado em 21/05/2014 - 23:01:54
Que situação da Any hein!!! =) Muito bom! *_*
