Fanfics Brasil - 34 Cinquenta Tons de Cinza

Fanfic: Cinquenta Tons de Cinza | Tema: Portinon


Capítulo: 34

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— Tenho que estar no trabalho em uma hora.

— Pode trabalhar nesse tempo. Vamos.

Kate segurou em minha da mão e me levou para casa.

Embora houvesse muito trabalho no Clayton`s, as horas passaram-se lentamente. Como estamos em plena temporada do verão, tenho que passar duas horas repondo as estantes depois de ter fechado a loja. É um trabalho mecânico que me deixava tempo para pensar. A verdade é que em todo o dia não pude fazê-lo.

Seguindo os conselhos incansáveis e francamente

impertinentes de Kate, depilei minhas pernas, axilas e sobrancelhas, assim

fiquei com a pele toda irritada. Era uma experiência muito desagradável. Que

mais esperará Dulce? Tenho que convencer Kate de que quero fazê-la. Por

alguma estranha razão, ela não confiava em Dulce, possivelmente porque fosse tão

tensa e formal. Avisei-a que não saberia dizer como, mas prometi que lhe enviaria

uma mensagem assim que chegasse a Seattle. Não falei nada sobre o helicóptero

para que não enlouquecesse.

Também havia a questão sobre José. Havia três

mensagens e sete chamadas perdidas suas no meu celular. Também ligou para casa,

duas vezes. Kate tem sido muito vaga a respeito de onde eu estou. Ele vai saber

que ela me encobre. Kate sempre era muito franca. Mas decidi deixá-lo sofrer um

pouco. Ainda estou zangada com ele.

Dulce comentou algo sobre uns papéis, e não

sei se estava de brincadeira ou se ia ter que assinar algo. Desesperei-me por

ter que andar conjecturando todo o tempo. E para o cúmulo das desgraças, estou

muito nervosa. Hoje é o grande dia. Estou preparada por fim? Minha deusa

interior me observava golpeando impaciente o chão com um pé. Faz anos que está

preparada, e está preparada para algo com alguém como Dulce Grey, embora

ainda não entenda o que vê em mim... a pacata Annie Steele... Não fazia sentido.

Era pontual, é obvio, e quando saí do Clayton`s

já me esperava, apoiada na parte de trás do carro. Abriu a porta para mim e

sorriu cordialmente.

— Boa tarde, senhorita Steele. — Disse-me.

— Sra. Grey.

Inclinei a cabeça educadamente e entrei no

assento traseiro do carro. Taylor estava sentado ao volante.

— Olá, Taylor, — Disse-lhe.

— Boa tarde, Srta. Steele. — Respondeu-me em tom

educado e profissional.

Dulce entrou pela outra porta e brandamente

me apertou a mão. Um calafrio percorreu todo meu corpo.

— Como foi o trabalho? — Perguntou-me.

— Interminável. — Respondi-lhe com voz rouca,

muito baixa e cheia de desejo.

— Sim, o meu também, pareceu muito longo.

—O que tem feito? — Consegui perguntar.

— Andei com Eliot.

Seu polegar

acariciava meus dedos por trás. Meu coração deixou de bater e minha respiração

se acelerou. Como é possível que me afete tanto? 

O heliporto estava perto, assim, antes que me desse

conta, já havíamos chegado. Menos de uma hora para Seattle... Nada mal. Claro, estávamos voando.

Eu tenho menos de uma hora antes da grande

revelação. Sinto todos os músculos da barriga contraídos. Tenho um grave

problema com as mariposas. Reproduzem-se em meu estômago. O que me terá

preparado?

— Está bem, Anahi?

— Sim.

 


Respondi-lhe com a máxima brevidade porque os

nervos me oprimiam.O helicóptero reduziu a velocidade e ficou

suspenso no ar. Dulce aterrissou na pista do terraço do edifício. Tinha um

nó no estômago. Não saberia dizer se eram nervos pelo que iria acontecer, ou

alívio por termos chegado vivas, ou medo que a coisa não acontecesse bem.

Desligou o motor, e o movimento e o ruído do rotor diminuiu até que, só o que

se ouvia era o som da minha respiração entrecortada. Dulce retirou os fones

e se inclinou para tirar os meus.

— Chegamos. — Disse-me em voz baixa.

Seu olhar era intenso, a metade na escuridão e a

outra metade iluminada pelas luzes brancas de aterrissagem. Uma metáfora muito

adequada para Dulce. Parecia

tensa. Cerrou a mandíbula e entrecerrou os olhos. Abriu seu cinto de segurança

e se inclinou para abrir o meu. Seu rosto estava a centímetros do meu.

— Não tem que fazer nada que não queira fazer.

Você sabe, não é?

Seu tom era muito sério, inclusive angustiado, e

seus olhos, ardentes. Pegou-me de surpresa.

— Nunca faria nada que não quisesse fazer, Dulce.

E enquanto lhe dizia, sentia que não estava de

todo convencida, porque nestes momentos certamente faria algo pela mulher que

estava sentado ao meu lado. Mas minhas palavras funcionaram e Dulce se

acalmou.

Encarou-me um instante com cautela e logo, moveu-se com elegância até a porta do helicóptero e a abriu.

Pulou, esperou-me e agarrou minha mão para me ajudar a descer à pista. No

terraço do edifício havia muito vento e me punha nervosa o fato de estar em um

espaço aberto a uns trinta andares de altura. Dulce passou o braço pela

minha cintura e me puxou firmemente contra ela.

— Vamos. — Gritou-me por cima do ruído do vento.

Arrastou-me até um elevador, digitou um número em

um painel, e a porta se abriu. No elevador, completamente revestido de

espelhos, fazia calor. Podia ver Dulce em quantidade, para onde quer que eu

olhasse, e a coisa boa era que ela também podia ver várias de mim. Digitou

outro código, e as portas se fecharam e o elevador começou a descer.

Em poucos momentos estávamos em um vestíbulo

totalmente branco. No meio havia uma mesa redonda de madeira escura com um

enorme buquê de flores brancas. As paredes estavam cheias de quadros. Abriu uma

porta dupla, e o branco se prolongou por um amplo corredor que nos levou até a

entrada de uma sala palaciana. É o salão principal, de teto muito alto.

Qualificá-lo de "enorme" seria pouco. A parede do fundo era de

cristal e dava em uma sacada com uma magnífica vista da cidade.

À direita havia um imponente sofá em forma de “U”

que permitiam sentar-se comodamente dez pessoas. Frente a ele, uma lareira

ultramoderna de aço inoxidável... ou, possivelmente, de platina. O fogo aceso

iluminava brandamente. À esquerda, junto à entrada, estava a área da cozinha.

Toda branca, com as bancadas de madeira escura e um bar em que podiam sentar-se

seis pessoas.

 Junto à

área da cozinha, em frente à parede de cristal, havia uma mesa de jantar

rodeada de dezesseis cadeiras. E no fundo havia um enorme piano negro e

resplandecente. Claro... certamente também tocava piano. Em todas as paredes

havia quadros de todo tipo e tamanho. Em realidade, o apartamento parecia mais

uma galeria que uma moradia.

— Dê-me a jaqueta? — Dulce perguntou-me.

Nego com a cabeça. Ainda estava com frio da pista

do helicóptero.

— Quer tomar uma taça? — Perguntou-me.

Pisquei. Depois do que se passou ontem? Está de

brincadeira ou o que? Por um segundo pensei em lhe pedir uma marguerita,

mas não me atrevi.

— Eu tomarei uma taça de vinho branco. Você quer

uma?

— Sim, obrigada. — Murmurei.

Sentia-me incômoda neste enorme salão.

Aproximei-me da parede de cristal e me dei conta de que a parte inferior do

painel se abria a sacada em forma de acordeão. Abaixo se via Seattle, iluminada

e animada. Volto para a área da cozinha, demorei uns segundos, porque estava

muito longe da parede de cristal, onde Dulce abria um vinho. Retirou sua

jaqueta.

— Acha que está bem um Pouily Fumei?

— Não tenho a menor ideia sobre vinhos,

Dulce. Estou certa de que será perfeito.

Falei em voz baixa e entrecortada. Meu coração

batia muito depressa. Queria sair correndo. Isto era luxo de verdade, de uma

riqueza exagerada, tipo Bill Gates.

O que estava fazendo aqui? Sabia muito bem o que estava fazendo aqui, logrou meu

subconsciente. Sim, quero ir para cama com Dulce Grey.

— Toma. — Disse-me ao estender uma taça de vinho.

Até as taças são luxuosas, de cristais grossos e

muito modernos. Tomei um gole. O vinho era ligeiro, fresco e delicioso.

— Você está muito quieta, e nem mesmo está corada.


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Autor(a): kehcandy

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A verdade é que acredito que nunca te vi tão pálida, Anahi. — Murmurou. — Está com fome? Neguei com a cabeça. Não de comida. — Que casa tão grande. — Grande? — Grande. — É grande. — Admitiu com um olhar divertido. Tomei outro gole do vinho. — Sabe tocar? — Pe ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • tryciarg89 Postado em 04/10/2023 - 21:52:16

    Poxa que pena que parou,muito boa sua fic,se por acaso aparecer e quiser continuar,serei grata

  • thaicandy Postado em 01/01/2017 - 16:06:58

    posta mais

  • pekenna Postado em 28/02/2015 - 00:51:30

    Posta mais!ta sendo mto bom ver a historia sendo portinon!!to amando!

  • vverg Postado em 12/06/2014 - 21:29:08

    Não vai postar mais??? Poxa =( Poste please... *_*

  • vverg Postado em 10/06/2014 - 19:04:02

    Ei cade vc??? Sdd da fic poxa!!! =(

  • vverg Postado em 05/06/2014 - 20:34:46

    Postes??? Tem mais não? *__*

  • vverg Postado em 30/05/2014 - 17:12:28

    Ufa! Eu demorei para ler hein. Tu fica um tempo sem postar, e quando volta... adoreiiiii... muito bom. =)

  • vverg Postado em 27/05/2014 - 15:44:17

    up *_*

  • vverg Postado em 24/05/2014 - 00:19:22

    Pois e. Any e sua batalha interna..hahaha

  • vverg Postado em 21/05/2014 - 23:01:54

    Que situação da Any hein!!! =) Muito bom! *_*


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