— Por que não toma um banho comigo? — atrevo-me a
lhe perguntar, embora com voz rouca.
— Eu acho que vou. Mova-se para frente,
— ordena-me.
Ela entra na banheira atrás de mim. A água sobe de nível quando se senta e me puxa para
que me apoie em seu colo. Coloca suas pernas em cima das minhas, com os
joelhos flexionados e os tornozelos à mesma altura dos meus, e me abre as
pernas com os pés. Fico boquiaberta. Coloca o nariz entre meus cabelos e inala
profundamente.
— Você cheira bem, Anahi.
Um tremor me percorre todo o corpo. Estou
nua em uma banheira com Dulce Grey.
E ela também está nua. Se alguém me houvesse isso dito ontem, quando
despertei na suíte do hotel, não teria acreditado.
Agarra um frasco de gel da prateleira
junto à banheira e joga um pouco na mão. Esfrega as mãos para fazer uma ligeira
quantidade de espuma, coloca-me isso ao redor do pescoço e começa a me estender
o sabão pela nuca e os ombros, massageando-os com força com seus compridos e
fortes dedos. Eu gemo. Eu adoro sentir suas mãos.
— Você gosta? — Quase posso ouvir seu
sorriso.
— Mmm.
Desce pelos meus braços, logo por
debaixo até as axilas, me esfregando brandamente. Fico muito contente por Kate
ter insistido em que me depilasse. Desliza as mãos por meus seios, e inala
drasticamente à medida que seus dedos os rodeiam e começam a massageá-los
brandamente, sem agarrá-los. Arqueio meu corpo instintivamente e empurro os
seios contra suas mãos. Tenho os mamilos sensíveis, muito sensíveis, sem dúvida
pela pouca delicadeza com que foram tratados ontem à noite. Ela não se entretém
muito tempo com eles. Desliza as mãos até meu ventre. Minha respiração acelera
e o coração dispara. Excita-me saber que
é o meu corpo que a faz estremecer.
Ela para e pega uma toalhinha enquanto
eu encosto contra ela, querendo... necessitando. Apoio às mãos em suas. Joga mais gel na toalhinha, inclina-se e me esfrega entre
as minhas pernas. Contenho a respiração. Seus dedos habilmente me estimulam
através do tecido, é celestial, e meus quadris começam a mover-se no seu ritmo,
pressionando contra sua mão. À medida que as sensações se apoderam de mim,
inclino a cabeça para trás com os olhos semicerrados e a boca entreaberta.
Gemo. Dentro de mim aumenta a pressão, lenta e inexoravelmente... oh meu
Deus.
— Sente isso, querida — Dulce sussurra em meu
ouvido, e me roça suavemente o lóbulo com os dentes. —
Suas pernas imobilizam as minhas, contra
as paredes da banheira, aprisionando-as, o que lhe dá livre acesso as minhas
partes mais íntimas.
— Oh... por favor — sussurro. Meu corpo
fica rígido e tento esticar as pernas. Sou uma escrava sexual desta mulher, que
não deixa que me mova.
— Acredito que já está suficientemente
limpa — ela murmura e se detém. O que? Não! Não! Não!
Minha respiração está irregular.
— Por que você parou? — pergunto-lhe,
ofegante.
— Porque tenho outros planos para ti,
Anahi.
O que... oh meu Deus... mas... eu
estava... isso não é justo.
— Vire-se. Eu também tenho que me lavar
— ela murmura.
Oh! Viro-me e fico de frente pra ela, olhando aquele corpo lindo.
Estou de boca aberta. Como ela é linda.
— Quero que, para começar, conheça bem a
parte mais valiosa de meu corpo, minha parte favorita. Estou muito ligada a
isso.
Levanto os olhos um
segundo e observo seu sorriso perverso. Diverte-se com minha expressão atônita.
Dou-me conta de que estou olhando fixamente para o seu corpo, sem desviar. Engulo a saliva.
Parece impossível. Ela quer que eu a toque. Mmm... ok.
Sorrio para ela, pego o gel e jogo um
pouco na mão. Faço o mesmo que ela fez, esfrego o sabão nas mãos até que forme
espuma. Não tiro os olhos dos seus. Entreabro os lábios para que fique mais
fácil respirar... e deliberadamente mordo o lábio inferior e logo passo a
língua por cima, pela zona que acabo de morder. Ela me olha com olhos sérios,
impenetráveis, que se abrem enquanto deslizo a língua pelo lábio. Vou passando a mão pelo seu colo, e vou descendo até os seios, bem devagar, imitando a maneira como ela própria o fez.
Fecho os olhos por um momento. Uau... São muito mais lindo do que eu pensava. Percebo
que ela colocou a sua mão sobre a minha. — Assim, — ela sussurra e move a mão
descendo um pouco pra baixo, segurando meus dedos com força. Fecho de novo os olhos e prendo a respiração.
Quando volto a abri-los, seu olhar é de um cinza abrasador. —Muito bem,querida.
Ela solta a minha mão, deixa que eu siga sozinha
e fecha os olhos enquanto movo a mão para mais para baixo. Ela flexiona
ligeiramente os quadris na minha mão, movo minhas mãos para as pernas e fico acariciando ali. Do mais profundo da garganta lhe escapa um rouco gemido. Tem
os olhos fechados. Inclino-me, coloco os lábios ao redor do seu pescoço e começo a distribuir beijos por ali.
— Uau... Annie. — Ela solta mais um gemido abafado.
Começo a descer os beijos para o colo e para os seios. Com uma mão vou acariciando-a.
— Cristo, — ela geme, e volta a fechar
os olhos.
Dulce é tudo o que sempre desejei, o modo como ela se entrega, e é intensa. O jeito que seu corpo se contorce e pede mais. E eu obedeço a tudo o que ela me pede. E minhas mãos começam a passear pelo seu corpo
— Oh... querida... é fantástico, — ela murmura.