Meu Deus. Eu fico olhando para ela de boca aberta, e seus dedos se movem da minha orelha para o meu queixo.
_O que lhe parece, senhorita Steele?
Seus olhos cinzentos brilham para mim, há um desafio intrínseco em seu olhar. Seus lábios estão entreabertos, está esperando, alerta para atacar. O desejo, agudo, líquido e fumegante - arde no mais profundo de meu ventre.
Adianto-me e me lanço para ela. De repente se move, não tenho nem ideia de como, e em um abrir e fechar de olhos estou na cama, imobilizada debaixo dela, com as mãos estendidas e sujeitas por cima da cabeça, com sua mão livre me agarrando o rosto e sua boca procurando a minha.
Ela coloca a língua em minha boca, reclama-me e me possui, e eu me deleito com sua força. Sinto-a por todo meu corpo. Deseja-me, e isso provoca estranhas e deliciosas sensações dentro de mim. Não quer a Kate, com seus minúsculos biquínis, nem a uma das quinze, nem à malvada senhora Robinson. Quer a mim. Esta formosa Mulher me deseja. Minha deusa interior brilha tanto que poderia iluminar toda a cidade de Portland. Deixa de me beijar. Abro os olhos e a vejo me olhando fixamente.
_Confia em mim? — pergunta-me.
Eu concordo, com os olhos muito abertos, com o coração ricocheteando nas costelas e o sangue trovejando por todo meu corpo. Ela estica o braço e do bolso da calça tira um Lenço de seda cinza... O lenço cinza que deixa pequenas marcas da malha em minha pele. Senta-se rapidamente escarranchado sobre mim e me ata as colunas, mas esta vez ata o outro extremo do Lenço ao canto da cama. Puxa o nó para comprovar que está seguro. Não vou a nenhuma parte. Estou atada a minha cama, e muito excitada.
Ela se levantou e ficou em pé junto à cama, me olhando com olhos turvos de desejo. Seu olhar é de triunfo e de alívio.
— Melhor assim, — murmura e esboça um sorriso perverso de conhecimento. Inclina-se e começa a me desamarrar um tênis. Oh, não... não... meus pés. Acabo de correr.
_Não, — protesto e empurro para que me solte.
Detém-se.
_Se lutar, amarrarei também os pés, Anahi. Se fizer o menor ruído, te amordaçarei. Fique quieta. Katherine provavelmente está aqui e poderá me escutar lá fora.
Amordaçar-me! Kate! Eu calo a boca.
Tirou -me os tênis e as meias, e me baixa muito devagar a calça de moletom.
Oh... que calcinha estou vestindo? Levanta-me, retira a colcha e o edredom de debaixo de mim e me coloca de barriga para cima sobre os lençóis.
— Vejamos. — ela passa a língua lentamente pelo lábio inferior. — Está mordendo o lábio, Anahi. Sabe o efeito que tem sobre mim. — Pressiona-me seu longo dedo indicador na boca como advertência.
Oh meu Deus. Eu mal posso me conter, estou indefesa, tombada, vejo que ela se move tranquilamente pelo meu quarto.Lentamente, sem pressas, ela tira os sapatos e as meias, desfaz-se da calça e tira a camisa.
— Acredito que você viu muito, — ela ri maliciosamente. Volta a sentar-se em cima de mim, escarranchada, e me levanta a camiseta. Acredito que vai me tirar isso, mas a enrola à altura do pescoço e logo a sobe de maneira que me deixa descoberta a boca e o nariz, mas me cobre os olhos. E como está tão bem enrolada, não vejo nada.
— Mmm — sussurra satisfeita. — Isto está cada vez melhor. Eu vou tomar uma bebida. Inclina-se, beija-me brandamente nos lábios e deixo de sentir seu peso. Ouço o leve chiado da porta do quarto. Tomar uma bebida. Onde? Aqui? Em Portland? Em Seattle? Aguço o ouvido. Distingo ruídos surdos e sei que está falando com a Kate... Oh, não... Ela está praticamente nua. O que vai dizer a Kate? Ouço um golpe seco. O que é isso? Retorna, a porta volta a chiar, ouço seus passos pelo quarto e o som de gelo tilintando em um copo. O que está bebendo? Fecha a porta e ouço como se aproxima tirando as calças, que caem ao chão. Sei que está nua. E volta a sentar-se escarranchada sobre mim.
— Tem sede, Anahi? — pergunta-me em tom zombador.
— Sim, — digo-lhe, porque de repente sinto a boca seca. Ouço o tinido do gelo no copo. Inclina-se e, ao me beijar, derrama em minha boca um líquido delicioso. É vinho branco. Não o esperava e é muito excitante, embora esteja gelado, e os lábios de Dulce também estão frios.
_Mais? — pergunta-me em um sussurro.
Aceito. O gosto é ainda melhor porque vem de sua boca. Inclina-se e bebo outro gole de seus lábios... Oh, meu Deus.
— Não vamos muito longe, sabemos que sua tolerância ao álcool é limitada, Anahi.
Não posso evitar de rir, e ela se inclina e solta outra deliciosa baforada. Ela se coloca ao meu lado e sinto sua Isso _parece bom para você? — pergunta-me, mas ouço a borda em sua voz.
Estou tensa. Volta a mover o copo, beija-me e, junto com o vinho, solta um pedaço de gelo, na boca. Muito devagar começa a descer com os lábios desde meu rosto, passando por meus seios, até meu torso e meu ventre. Coloca-me uma parte de gelo no umbigo, onde se forma um pequeno lago de vinho muito frio que provoca um incêndio que se propaga até o mais profundo de meu ventre. Uau.
— Agora tem que ficar quieta, — ela sussurra. — Se você se mover, molhara a cama de vinho, Anahi.
Meus quadris se flexionam automaticamente.
_Oh, não. Se derramar o vinho, vou te castigar, senhorita Steele.
Gemo, tento me controlar e luto desesperadamente contra a necessidade de mover os quadris. Oh, não... por favor.
Baixa com um dedo as taças do sutiã e deixa com os seios no ar, expostos e vulneráveis. Inclina-se, beija e pega meus mamilos com os lábios frios, gelados. Luto contra meu corpo, que tenta responder arqueando-se.
_Você gosta disto? — pergunta-me me apertando um mamilo.
Volto a ouvir o tinido do gelo, e logo o sinto ao redor de meu mamilo direito, enquanto puxa de uma vez o esquerdo com os lábios. Gemo e luto para não me mover. Uma desesperadora e doce tortura.
— Se derramar o vinho, não deixarei que goze.
— Oh... por favor... Dulce... Senhora... por favor. — Ela estava me deixando louca. Posso ouvi-lo sorrir.
O gelo de meu mamilo está derretendo-se. Estou muito quente... quente, molhada e morta de desejo.
Querendo-a dentro de mim. Agora.
Ela desliza muito devagar os dedos gelados pelo meu ventre. Como tenho a pele hipersensível, meus quadris se flexionam e o líquido do umbigo, agora menos frio, goteja-me pela barriga. Dulce se move rapidamente e o lambe, beija-me, morde-me brandamente, chupa-me.
_Oh querida, Anahi, você se moveu. O que vou fazer contigo?
Ofego em voz alta. A única coisa que posso me concentrar é em sua voz e seu tato. Nada mais é real. Nada mais importa. Meu radar não registra nada mais. Desliza os dedos por dentro da minha calcinha e me alivia ouvir que lhe escapa um profundo suspiro.
_OH, querida, — ela murmura e me introduz dois dedos.
Sufoco um grito.
— Você é uma garota gulosa, — ela me repreende baixinho, e seu polegar circunda o meu clitóris e sem seguida, pressiona para baixo.
Ofego e meu corpo estremece sob seus peritos dedos. Estica um braço e retira a camiseta dos meus olhos para que possa vê-la. A tênue luz do abajur me faz piscar. Desejo tocá-lo.
— Eu quero tocar você. — eu respiro.
— Eu sei, — ela murmura. Inclina-se e me beija sem deixar de mover os dedos ritmicamente dentro de meu corpo, riscando círculos e pressionando com o polegar. Com a outra mão me recolhe o cabelo para cima e me sujeita a cabeça para que não a mova. Replica com a língua o movimento de seus dedos. Começo a sentir as pernas rígidas de tanto empurrar para sua mão. Ela retira gentilmente sua mão, então sou trazida de volta da beira do abismo. Ela repete isso uma e outra vez. Isso é tão frustrante... Oh, por favor, Dulce, eu grito por dentro.
— Este é seu castigo, tão perto e de repente tão longe. Você acha isso agradável? — sussurra-me ao ouvido.