Fanfics Brasil - 71 Cinquenta Tons de Cinza

Fanfic: Cinquenta Tons de Cinza | Tema: Portinon


Capítulo: 71

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Eu franzo o cenho. Caramba. Nem sequer me dei conta de que estava fazendo isso.

 

  — Já pedi a comida. Espero que não se importe.

  A verdade é que me parece um alívio. Não estou segura de que possa tomar mais decisões.

  — Não, está tudo bem, — eu respondo.

  — Eu gosto de saber que pode ser dócil. Agora, onde estávamos?

  — No x da questão. — Dou outro longo gole de vinho. Está muito bom. Dulce Grey conhece bem os vinhos bons. Eu lembro do último gole que me ofereceu, em minha cama. O inoportuno pensamento me fez ruborizar.

  — Sim, suas objeções. — Põe a mão no bolso interno da jaqueta e tira uma folha de papel. 

Meu e-mail.

  — Cláusula 2. De acordo. É em benefício dos dois. Voltarei a redigi-lo.

  Pestanejo. Caramba... vamos passar por cada um destes pontos, um de cada vez. Não me sinto tão valente estando com ela. Ela parece tão séria. Reforço-me com outro gole de vinho. Dulce continua.

  — Minha saúde sexual. Bem, todas as minhas companheiras anteriores fizeram análise de sangue, e eu faço exames a cada seis meses, de todos estes riscos que existam. Meus últimos exames estavam perfeitos. Nunca usei drogas. Na realidade, sou totalmente contra as drogas, e minha empresa leva uma política antidrogas muito a sério. Insisto em que se façam exames aleatórios e de surpresa nos meus empregados para detectar qualquer possível consumo de drogas.

  Uau... A obsessão controladora leva à loucura. Eu a encaro perplexa.

  — Nunca fiz uma transfusão. Isso responde a sua pergunta?

  Concordo, impassível.

  — Seu ponto seguinte eu já comentei antes. Você pode sair a qualquer momento, Anahi. Não vou te deter. Mas se for... acaba tudo. Quero que saiba.

  — Ok, — eu respondo em voz baixa. Se eu for, acabou. A ideia me parece inesperadamente dolorosa.

O garçom chega com o primeiro prato. Como vou comer? Caramba... ela pediu ostras em uma cama de gelo.

  — Espero que você goste das ostras, — Dulce diz em tom amável.

— Nunca as provei. — Nunca.

  — Sério? Bem. Pegue uma. A única coisa que tem que fazer é colocar isso na boca e engolir. Acredito que conseguirá. — Ela olha para mim e sei a que está se referindo. Fico vermelha como um tomate. Sorrindo me diz que devo espremer suco de limão em uma ostra e colocá-la na boca.

  — Mmm, deliciosa. Tem sabor de mar, — ela diz sorrindo. — Vamos, — ela me encoraja.

  — Não tenho que mastigá-la?

— Não, Anahi. — Seus olhos brilham divertidos. Parece muito jovem. Eu aperto os lábios, e sua expressão muda instantaneamente. Ela me olha muito sério. Estico o braço e pego a primeira ostra. Ok... isto não vai sair bem. Jogo suco de limão e a coloco na boca. Ela desliza por minha garganta, todo o mar, sal, e a forte acidez do limão e sua textura carnuda... Oooh. Lambo os lábios, e ela me olha fixamente, com olhos impenetráveis.

  — É bom?

  — Comerei outra e lhe responderei.

  — Boa garota, — me diz orgulhosa.

  — Você pediu ostras de propósito? Não dizem que são afrodisíacas? — Não, é só o primeiro prato do menu. Não necessito de afrodisíacos contigo. Acredito que sabe, e acredito que é assim contigo também, — ela diz tranquilamente. — Onde estávamos? — Ela dá uma olhada no meu e-mail, enquanto pego outra ostra.

Acontece o mesmo com ela. Eu a afeto... Uau.

  — Obedecer-me em tudo. Sim, quero que faça. Necessito que o faça. Considera um papel difícil, Anahi?

  — Mas me preocupa que me faça mal.

  — Que te faça mal como?

  — Fisicamente. — E emocionalmente.

— De verdade acredita que te faria mal? Que transpassaria os limites, ao ponto de não poder aguentar?

 


— Você disse que tinha feito mal a alguém antes.

  — Sim, mas foi há muito tempo.

  -O que aconteceu?

  -Pendurei-a no teto do quarto de jogos. De fato, é um dos seus pontos. Suspensão... para isso são os mosquetões. Com cordas. E apertei muito uma corda.

  Levanto uma mão lhe suplicando que pare.

  — Não preciso saber mais. Então, você que me suspender?

  — Não, se realmente não quiser. Pode tirar da lista dos limites rígidos.

  — Ok.

— Bom, crê que poderá me obedecer?

Lança-me um olhar intenso. Passam os segundos.

 — Poderia tentar, — eu sussurro.

  — Bom. — Ela sorri. — Novo termo. Um mês não é nada, especialmente se quiser um fim de semana livre de cada mês. Não acredito que eu possa aguentar ficar longe de ti tanto tempo. Mal o consigo agora. — Ela pausa.

Não pode ficar longe de mim? O que?

  — Que tal, um dia de um fim de semana por mês só para você. Mas ficará comigo uma noite no meio da semana.

  — De acordo.

  — E, por favor, tentamos por três meses. Se você não gostar, pode partir a qualquer momento.

  — Três meses? — Sinto-me pressionada. Dou outro comprido gole de vinho e me concedo o gosto de outra ostra. Poderia aprender o que eu gosto.

  — O tema da propriedade, é meramente terminologia e remete ao princípio da obediência. É para você entrar no estado de ânimo adequado, para que entenda de onde venho. 

— E quero que saiba que, assim que cruzar a porta de minha casa, você é minha por inteiro, farei contigo o que me der vontade. Terá que aceitar de boa vontade. Por isso tem que confiar em mim. 

— Vou foder você, quando quiser, como quiser e onde quiser. Vou disciplinar você, por que você vai estragar tudo. Adestrarei você para que me agrade. Mas sei que tudo isto é novo para você. 

— De inicio iremos com calma, e eu te ajudarei. Nós vamos atuar em vários cenários. Quero que confie em mim, mas sei que tenho que ganhar sua confiança, e o farei. O "em qualquer outro âmbito"... de novo, é para ajudar você a se colocar em uma situação. Significa que tudo está permitido.

Ela se mostra apaixonada, cativante. Está claro que é sua obsessão, sua maneira de ser... Não conseguia afastar os olhos dela. Quero-a de verdade. Ela para de falar e me olha.

  — Continua comigo? — pergunta em um sussurro, com voz intensa, cálida e sedutora. Ela toma um gole de vinho sem tirar seus penetrantes olhos de mim.

  O garçom se aproxima da porta, e Dulce assente ligeiramente para lhe indicar que pode retirar os pratos.

  — Quer mais vinho?

  — Tenho que dirigir.

  — Água, então?

Eu concordo.

  — Normal ou com gás?

  — Com gás, por favor.

  O garçom parte.

  — Está muito pensativa, — sussurra Dulce.

  — Você está muito faladora.

  Ela sorri.

  — Disciplina. A linha que separa o prazer da dor é muito fina, Anahi. São as duas caras de uma mesma moeda. E uma não existe sem a outra. Posso lhe ensinar quão prazerosa pode ser a dor. Agora não me acreditas, mas a isso me refiro quando falo de confiança. Haverá dor, mas nada que não possa suportar. Voltamos para o tema da confiança. Confia em mim, Annie?

  Annie!



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Autor(a): kehcandy

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— Sim, confio em ti, — respondo espontaneamente, sem pensar... por que é verdade... Eu confio nela.   — De acordo, — ela diz aliviada. — O resto, são apenas detalhes.   — Detalhes importantes.   — Ok, vamos falar sobre eles.   Minha cabeça dá voltas com tantas palavras. Devia ter tr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • tryciarg89 Postado em 04/10/2023 - 21:52:16

    Poxa que pena que parou,muito boa sua fic,se por acaso aparecer e quiser continuar,serei grata

  • thaicandy Postado em 01/01/2017 - 16:06:58

    posta mais

  • pekenna Postado em 28/02/2015 - 00:51:30

    Posta mais!ta sendo mto bom ver a historia sendo portinon!!to amando!

  • vverg Postado em 12/06/2014 - 21:29:08

    Não vai postar mais??? Poxa =( Poste please... *_*

  • vverg Postado em 10/06/2014 - 19:04:02

    Ei cade vc??? Sdd da fic poxa!!! =(

  • vverg Postado em 05/06/2014 - 20:34:46

    Postes??? Tem mais não? *__*

  • vverg Postado em 30/05/2014 - 17:12:28

    Ufa! Eu demorei para ler hein. Tu fica um tempo sem postar, e quando volta... adoreiiiii... muito bom. =)

  • vverg Postado em 27/05/2014 - 15:44:17

    up *_*

  • vverg Postado em 24/05/2014 - 00:19:22

    Pois e. Any e sua batalha interna..hahaha

  • vverg Postado em 21/05/2014 - 23:01:54

    Que situação da Any hein!!! =) Muito bom! *_*


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