Fanfics Brasil - 73 Cinquenta Tons de Cinza

Fanfic: Cinquenta Tons de Cinza | Tema: Portinon


Capítulo: 73

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Este e-mail me fez chorar ainda mais. Não sou uma fusão empresarial. Não sou uma aquisição. Lendo este email, qualquer uma diria sim. Não lhe respondo. Não sei o que lhe dizer, essa é a verdade. Ponho o pijama e me meto na cama enrolada em sua jaqueta, deitada na escuridão, penso em todas as vezes que me advertiu para que me mantivesse afastada dela. 

  "Anahi, deveria se manter afastada de mim. Não sou uma Mulher para ti."

  "Eu não tenho namoradas."

  "Não sou uma mulher de flores e corações."

  "Eu não faço amor."

  "Não sei fazer de outra maneira."

  Eu choro silenciosamente, abraçada em meu travesseiro, é nessa última ideia que me agarro. Tampouco eu sei fazer de outra maneira. 

Talvez juntas possamos encontrar um outro caminho.

 

 

 

**********************************************************************************************

 

 

 

 

 


Dulce estava de pé acima de mim segurando um chicote de couro trançado. Ela apenas usava um jeans Levis velho, desbotado e rasgado e um sutien. Ela golpeia o chicote lentamente em sua palma sem deixar de me olhar. Ela estava sorrindo, triunfante. Eu não posso me mover. Eu estou nua e algemada, de braços abertos, em uma grande cama de dossel. Avançando, ela arrastou a ponta do chicote da minha testa para baixo e pelo comprimento do meu nariz, então eu pude cheirar o couro, depois sobre os meus lábios entreabertos, eu ofegava. 

Ela empurra a ponta em minha boca assim eu posso saborear o couro liso, rico. 

— Chupe isso, — ela comandou, com sua voz suave. Minha boca fecha acima da ponta à medida que eu obedeço. 

— Já chega, — ela estala. 

Eu arquejo mais uma vez, enquanto ela arrasta o chicote de minha boca, trilhando o caminho para baixo, pelo meu queixo, em meu pescoço e para o oco na base da minha garganta. Ela girou o chicote lentamente, em seguida continuou a arrastar a ponta do chicote para baixo em meu corpo, ao longo de meu esterno, entre meus seios, acima de meu torso, até meu umbigo. Eu arquejo, torcendo, puxando contra minhas restrições, que estão em meus pulsos e tornozelos. Ela roda a ponta ao redor meu umbigo, então continua a arrastar a ponta de couro para baixo, por meu pelo pubiano e para meu clitóris. Ela sacode o chicote e bate com força em meu clitóris e eu gozo, gloriosamente, gritando em minha liberação. 

Abruptamente, eu desperto, com a respiração ofegante, coberta de suor e sentindo os tremores secundários de meu orgasmo. Mas que Inferno. Eu estou completamente desorientada. Que diabo acabou de acontecer?  Eu estou em meu quarto, sozinha. Como? Por quê? Eu me sento ereta, chocada… uau. Já é de manhã. Eu olhei para o meu relógio de alarme – oito horas. Eu ponho minhas mãos na cabeça. Eu não sabia que eu podia sonhar com sexo. Será que foi algo que comi? Talvez as ostras e minha pesquisa na Internet, se manifestando apropriadamente em meu primeiro sonho quente e molhado. Estou desnorteada. Eu não tinha nenhuma ideia de que podia ter um orgasmo em meu sono. 

Kate está se movimentando dentro da cozinha, quando eu meio que entro cambaleante.  


— Annie, você está bem? Você parece estranha. A jaqueta que você está vestindo é de Dulce?

— Eu estou bem. — Maldição, eu devia ter me olhado no espelho. Eu evito seus olhos verdes, penetrantes. 

Eu ainda estou me recuperando do meu evento matutino. — Sim, a jaqueta é Christian.Dulce  

Ela franziu a testa. 

— Você dormiu?  

— Não muito bem. 

Eu me dirigi à chaleira. Eu preciso de um chá. 

— Como foi o jantar? 

E lá vamos nós...  

— Nós comemos ostras. Seguidas por bacalhau, então eu diria que foi piscoso.  

— Ugh… eu odeio ostras, eu não quero saber sobre a comida. Como estava Dulce? Sobre o que você conversou?  

— Ela foi atenciosa, — eu pauso. 

O que eu posso dizer? Que ela é HIV é negativo, ela estava limpo, que ela estava encenando pesadamente, querendo que eu obedeça a todos os seus comandos, que ela machucou alguém uma vez ao amarrá-la no teto de seu quarto, que ela quis me foder na sala de jantar privada. Isso seria um bom resumo? Eu desesperadamente tento me lembrar de algo sobre o meu encontro com Dulce,que eu possa discutir com Kate. 

— Ela não aprova a Wanda.  

— Quem, Annie? Isto é notícia velha. Por que você está sendo tão modesta? Desista, amiga.  

— Oh, Kate, nós conversamos sobre muitas coisas. Você sabe, o quão exigente ela é sobre comida. Incidentemente, ela gostou de seu vestido. — A água da chaleira ferveu, então eu faço algum chá. — Você quer chá? Quer que eu de ouça o seu discurso para hoje?  

— Sim, por favor. Eu trabalhei nele ontem à noite, com Lilah. Eu vou buscá-la. E sim, eu adoraria um chá. — Kate correu para fora da cozinha. 

Irritada, Katherine Kavanagh desviou. Eu cortei um pão e coloquei-o na torradeira. Ruborizei ao lembrar do meu sonho muito vívido. Que diabos foi aquilo? 


Ontem à noite foi difícil dormir. Minha cabeça estava zumbindo com as várias opções. Eu estou tão confusa. A ideia de Dulce de uma relação era mais como uma oferta de trabalho, com seus horários, com uma descrição de trabalho e um conjunto de procedimento bastante severo. Não é como se eu enfrentasse o meu primeiro romance, mas, claro, Dulce não é romântica. Se eu disser a ela que eu quero mais, ela pode dizer não… e eu poderia arriscar a aceitar o que ela ofereceu. E isto é o que mais me interessa, porque eu não quero perdê-la. Mas eu não estou certa de que tenha estômago para ser sua submissa. 

No fundo, são os bastões e chicotes que me perturbam. Eu sou uma covarde física, percorrerei um longo caminho para evitar a dor. Eu penso sobre meu sonho… será que seria assim?  Minha deusa interior salta de cima para baixo com pom-poms de torcida, gritando sim para mim. 

Kate volta para a cozinha com seu laptop. Eu me concentro em meu pão e escuto, pacientemente, como ela apresentará seu discurso em Valedictorian. 

Eu estou vestida e pronta para quando Ray chegar. Eu abro a porta da frente, e ele esta em pé na varanda, em seu terno mal-adaptado. Uma onda morna de gratidão e o amor por este homem descomplicado atravessou-me, eu lanço meus braços ao redor dele, em uma exibição não característica de afeto. Ele fica surpreendido, perplexo. 

— Ei, Annie, eu estou contente em ver você também, — ele murmurou, enquanto me abraçava. Se afastando de mim, com suas mãos em meus ombros, ele me olha de cima a baixo, com suas sobrancelhas apertadas. — Você está bem, garota? 


— Claro, Papai, uma menina não pode estar contente em ver seu velho?  

Ele sorriu, seus olhos escuros ondulando nos cantos, seguindo-me na sala de estar. 

— Você parece bem, — ele diz. 

— Este vestido é da Kate. — Olhei para o vestido de chiffon cinza com decote. 

Ele franziu o cenho. 

— Onde está Kate?  

— Ela foi para o campus. Ela estará fazendo um discurso, então ela tem que estar lá bem cedo. 

— Nós devíamos ir?  

— Papai, nós temos meia hora. Você gostaria de algum chá? E você pode dizer-me como está todo mundo em Montesano. Como está o transito?  

Ray puxou o seu carro para o estacionamento do campus e nós seguimos o fluxo de pessoas pontilhado com onipresentes becas pretas e vermelhas, indo em direção ao auditório de esportes. 

— Boa sorte, Annie. Você parece muito nervosa, você tem que fazer alguma coisa?  

Caramba… por que Ray escolheu hoje para ser tão observador? 

— Não, Papai. É um grande dia. — E eu vou  vê-la. 

— Sim, a minha garotinha conseguiu um grau. Eu me orgulho de você, Annie.  

— Aw… obrigado Ray. — Oh eu amo este homem. 

O auditório de esportes estava lotado. Ray foi se sentar com os outros pais e simpatizantes no assento inclinado, enquanto eu faço meu caminho para minha cadeira. Eu estou vestindo minha beca preta e meu capelo, eu me sinto protegida por eles, anônima. Não há ninguém sobre o palco ainda, mas eu não consigo acalmar o meu nervosismo. Meu coração está disparado e minha respiração é curta. Ela está aqui, em algum lugar. Eu me pergunto se Kate está conversando com ela, interrogando-a talvez. 


Eu faço o caminho para minha cadeira no meio dos alunos na mesma categoria, cujos sobrenomes também começam com S. Eu estou na segunda fila, dispondo-me ainda mais ao anonimato. Eu olho para trás de mim e localizo Ray sentado no alto das arquibancadas. Eu dou a ele um aceno. Ele conscientemente dá para mim um meio aceno, meia saudação de volta. Eu me sento e espero. 

O auditório se enche depressa, o zumbido de vozes excitadas fica mais alto e mais alto. A fila de cadeiras na frente se enche. E em um e outro lado de mim, eu estou junto de duas meninas a quem não conheço, são de uma faculdade diferente. Elas, obviamente, são amigas próximas e conversam através de mim, excitadamente. 

As onze, exatamente, o Reitor aparece por detrás do palco, seguidos pelos três Vice Reitores, e então, pelos professores seniores, todos vestidos com seus trajes pretos e vermelhos. Nós levantamos e aplaudimos nosso pessoal de ensino. Alguns Professores movimentam a cabeça e acenam, outros parecem chateados. Professor Collins, meu tutor e meu professor favorito, parece ter acabado de sair da cama, como sempre. Os últimos a entrarem no palco são Kate e Dulce. Dulce destaca-se em seu terninho sob medida cinza, com as luzes do auditório refletindo e enfatizando o tom cobre de seus cabelos. Ela parece tão séria e contida. Eu não posso tirar os meus olhos dela, sua beleza me distrai como sempre.Eu posso sentir minha boca apertada em uma linha dura. O público se senta e o aplauso cessa. 


— Olhe para ela!— Uma das meninas ao meu lado respira entusiasticamente para sua amiga. 

— Ela é sexy e quente.  

Eu endureço. Eu estou certa de que elas não estão conversando sobre o Professor Collins. 

— Deve ser Dulce Grey.  

— Ela é solteira?  

Eu eriço. 

— Eu acho que não, — eu murmuro. 

— Oh. — Ambas as meninas olham para mim em surpresa. 

Quando o Reitor se levanta e dá inicio aos atos com sua fala, eu assisto Dulce que sutilmente percorre o olhar pela sala. Eu afundo em minha cadeira, curvando meus ombros, tentando me fazer tão imperceptível quanto possível. Eu falho miseravelmente como uns segundos mais tarde seus olhos cinza acham os meus. Ela olha fixamente para mim, seu rosto impassível, completamente misterioso. Eu me mexo desconfortavelmente, hipnotizada por seu olhar e sinto um rubor lento se espalhar através de meu rosto. Espontaneamente, eu recordo meu sonho desta manhã e os músculos em minha barriga dão um aperto deleitável. Eu inalo fortemente. Eu posso ver a sombra de um de sorriso cruzar os seus lábios, mas é passageiro. Ela brevemente fecha seus olhos e ao abri-los, retoma a sua expressão indiferente. 

 









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Autor(a): kehcandy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • tryciarg89 Postado em 04/10/2023 - 21:52:16

    Poxa que pena que parou,muito boa sua fic,se por acaso aparecer e quiser continuar,serei grata

  • thaicandy Postado em 01/01/2017 - 16:06:58

    posta mais

  • pekenna Postado em 28/02/2015 - 00:51:30

    Posta mais!ta sendo mto bom ver a historia sendo portinon!!to amando!

  • vverg Postado em 12/06/2014 - 21:29:08

    Não vai postar mais??? Poxa =( Poste please... *_*

  • vverg Postado em 10/06/2014 - 19:04:02

    Ei cade vc??? Sdd da fic poxa!!! =(

  • vverg Postado em 05/06/2014 - 20:34:46

    Postes??? Tem mais não? *__*

  • vverg Postado em 30/05/2014 - 17:12:28

    Ufa! Eu demorei para ler hein. Tu fica um tempo sem postar, e quando volta... adoreiiiii... muito bom. =)

  • vverg Postado em 27/05/2014 - 15:44:17

    up *_*

  • vverg Postado em 24/05/2014 - 00:19:22

    Pois e. Any e sua batalha interna..hahaha

  • vverg Postado em 21/05/2014 - 23:01:54

    Que situação da Any hein!!! =) Muito bom! *_*


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