Eu ponho meu braço no seu e nós saímos do recinto com a multidão, no calor do início da tarde. Nós passamos pela fila para o fotógrafo oficial.
— Oh, antes que esqueça. — Ray tirou uma máquina fotográfica digital de seu bolso. — Uma para o álbum, Annie. — Eu rolei meus olhos, enquanto ele clica uma foto minha.
— Eu posso tirar o capelo e a beca, agora? Eu me sinto um tipo de idiota.
Você parece meio que idiota… meu subconsciente está em seu melhor sarcasmo. Então, você vai apresentar Ray para a mulher que você fode? Ele Ficará muito orgulho... Meu subconsciente está me olhando por cima com olhar superior. Deus, eu a odeio às vezes.
A marquise é imensa e cheia de alunos, pais, professores e amigos, todos tagarelando alegremente. Ray me dá uma taça de champanhe ou vinho efervescente barato, eu suspeito. Não está gelado e tem gosto doce. Meus pensamentos viram para Dulce… ela não gostará disto.
— Annie! — Eu giro e Ethan Kavanagh agarra-me em seus braços. Ele me gira ao redor, sem derramar meu vinho, o que é uma façanha.
— Parabéns! — Ele sorri para mim, piscando seus olhos verdes.
Que surpresa. Seu cabelo é louro escuro, desgrenhado e sensual. Ele é tão bonito quanto Kate. A semelhança de família é impressionante.
— Ethan! Que adorável ver você. Papai, este é Ethan, Irmão de Kate. Ethan, este é meu pai, Ray Steele. — Eles apertam as mãos, meu pai friamente avaliando Sr. Kavanagh.
— Quando chegou da Europa? — Eu pergunto.
— Faz uma semana, mas eu quis surpreender minha irmãzinha, — ele diz conspirativamente.
— Isto é tão doce. — Eu sorrio para ele.
— Ela é Valedictorian, não podia faltar com ela. — Ele parece imensamente orgulhoso de sua irmã.
— Ela fez um grande discurso.
— Sim, ela fez,— Ray concorda.
Ethan tinha seu braço ao redor minha cintura quando eu olhei para cima, para os olhos cinza gelados de Dulce Grey. Kate estava ao lado dele.
— Oi, Ray, — Kate beijou Ray em ambas as bochechas, fazendo-o ruborizar. —Você conhece a namorada da Annie? Dulce Grey.
Carmba… Kate! Mas que Porra! Todo o sangue do meu rosto foi drenado.
— Sr. Steele, é um prazer conhecer você. — Dulce suavemente disse, calorosamente, completamente imperturbável com a apresentação de Kate. Ela estende a sua mão, que, todo crédito para Ray, a toma, não mostrando uma sugestão de surpresa, apenas toma.
Muito obrigado, Katherine Kavanagh, eu fumego. Eu penso que meu subconsciente desfaleceu.
— Sra. Grey, — Ray murmurou, sua expressão era indecifrável, exceto talvez, pelo leve arregalar de seus grandes olhos marrons. Eles deslizaram para o meu rosto com um, quando era que você ia dar para mim esta notícia, olhar. Eu mordi o meu lábio.
— E isto é meu irmão, Ethan Kavanagh. — Disse Kate para Dulce.
Dulce deu um olhar ártico para Ethan, que ainda tinha seu braço ao redor de mim.
— Sr. Kavanagh.
Eles apertam as mãos. Dulce estendeu sua mão para mim.
— Annie, querida, — ela murmurou.
Quase morro ao escutá-la.
Eu saio do aperto de Ethan, ao qual Dulce solta um sorriso frio. E eu me posiciono ao seu lado. Kate sorriu para mim. Ela sabia exatamente o que estava fazendo, a raposa!
— Ethan, Mamãe e papai querem uma palavra. — Kate arrasta Ethan para longe.
— Então, crianças, a quanto tempo vocês se conhecem? — Ray olhou impassivelmente de Dulce para mim.
O poder da fala fugiu de mim. Eu queria que o chão me absorvesse. Dulce pôs seu braço ao redor mim, seu polegar deslizando em minhas costas nuas em uma carícia, antes de sua mão apertar o meu ombro.
— Um par de semanas, — ela disse suavemente. —Nós nos conhecemos quando Anahi veio me entrevistar para a revista dos alunos.
Não sabia que você trabalhou na revista dos alunos, Annie. — A voz de Ray rinha uma repreensão silenciosa, revelando sua irritação. Merda.
— Kate estava doente, — eu murmurei. Foi tudo que eu pude administrar.
— Belo discurso o seu, Sra. Grey.
— Obrigado, senhor. Eu entendi que você é um grande pescador.
Ray levantou suas sobrancelhas e sorriu, num raro e genuíno sorriso de Ray Steele e foram eles, conversando sobre peixes. De fato, eu logo me senti sobrando. Ela estava encantando o meu pai… como ela esta por você, meu subconsciente falou para mim. Seu poder não conhece limites. Eu me desculpei e sai para achar Kate.
Ela estava conversando com seus pais, que são atenciosos como sempre e calorosamente me saúdam. Nós trocamos breves amabilidades, principalmente sobre as próximas férias em Barbados e sobre nosso movimento.
— Kate, como você pode apresentá-la para o Ray? — Eu reclamei na primeira oportunidade que nós tivemos de não sermos ouvidas.
— Porque eu sabia que você nunca faria e eu quero ajudar Dulce com os assuntos de compromisso. — Kate sorriu para mim docemente.
Eu fiz uma carranca. Sou eu que não quero compromisso com ela, sua tola!
— Ela parece muito legal sobre isto, Annie. Não mele. Olhe para ela agora, Dulce não pode tirar seus olhos de você. — Eu olhei para cima, ambos, Ray e Dulce, estavam olhando para mim. — Ela tem estado vigiando você como um falcão.
— Seria melhor eu ir resgatar Ray ou Dulce. Eu não sei qual deles. Você não ouviu a última palavra sobre isso, Katherine Kavanagh! — Eu olhei para ela.
— Annie, eu te fiz um favor, — ela falou atrás de mim.
— Oi. — Eu sorri para eles dois em meu retorno.
Eles parecem bem. Dulce estava apreciando alguma piada particular e meu papai parecia incrivelmente relaxado, dado que ele estava em uma ocasião social. O que mais eles tinham discutido além de peixes? —Annie, onde estão os banheiros?
— Atrás da marquise, à esquerda.
— Vejo você em um momento. Vocês, crianças, se divirtam.
Ray foi-se. Eu olhei nervosamente para Dulce. Nós pousamos brevemente para um fotógrafo.
— Obrigada, Sra. Grey. — O fotógrafo foi embora. Eu fiquei piscando por causa do flash.
— Então você encantou meu pai também?
— Também? — Os olhos cinza de Dulce queimaram e ela levantou uma sobrancelha interrogativa. Eu corei.
Ela ergue sua mão e traçou a minha bochecha com seus dedos.
— Oh, eu gostaria de saber o que você estava pensando, Anahi, — ela sussurrou sombriamente, acariciando o meu queixo e levantando minha cabeça de forma que nos olhamos atentamente, um nos olhos do outro.
Minha respiração estava arfante. Como ela pode ter este efeito sobre mim, até nesta festa lotada?
— Agora mesmo, eu estou pensando, que lenço bonito, — eu respirei.
Ela riu.
— Este, recentemente, se tornou o meu favorito.
Eu estava escarlate de rubor.
— Você parece adorável, Anahi, o decote deste vestido se adapta bem a você e eu posso atacar suas costas, sentir sua bonita pele.
De repente, era como se nós estivéssemos sozinhos no quarto. Apenas nós dois, meu corpo inteiro ficou vivo, cada terminação nervosa estava suavemente cantando, aquela eletricidade me puxando para ela, carregando entre nós.
— Você sabe que vai ser bom, não é, bebê? — Ela sussurrou. Eu fechei meus olhos, enquanto o meu interior desenrolou e derreteu.
— Mas eu quero mais, — eu sussurrei.
— Mais? — Ela olhou para mim perplexo, seus olhos escureceram. Eu sacudi a cabeça e engoli. Agora ela sabe.
— Mais — ela diz novamente, suavemente. Testando a palavra, uma palavra pequena, simples, mas tão cheia de promessa. Seu dedo polegar fez uma trilha para baixo até o meu lábio. —Você quer corações e flores.
Eu movimentei a cabeça novamente. Ela piscou para mim, eu assisti a sua luta interna, em seus olhos. — Anahi. — Sua voz é suave. — Não é algo que eu saiba.
— Nem eu.
Ela sorriu ligeiramente.
— Você não sabe muito, — ela murmura.
— E você sabe todas as coisas erradas.
— Erradas? Não eu. — Elz agitou sua cabeça. Elz parecia tão sincero. — Tente isto, — elz sussurrou.
Um desafio, ousando-me, ela levantou a sua cabeça para um lado e seu sorriso entortou, um deslumbrante sorriso.
Eu ofeguei, eu sou a Eva no Jardim de Eden e ela é a serpente, eu não posso resistir.
— Certo, — eu sussurrei.
— O que? — Eu tenho sua atenção cheia, não dividida. Eu traguei.
— Certo. Eu tentarei.
— Você está concordando? — Sua descrença era evidente.
— Dentro dos limites toleráveis, sim. Eu tentarei. — Falo numa voz muito baixa. Dulce fechou seus olhos e me puxou em um abraço.
— Jesus, Annie, você é tão inesperada. Você toma a minha respiração.