Fanfic: E CADÊ O AMOR?

Annie

Fui para revista antes de ir para casa, estava muito ausente no meu trabalho, apesar de estar tudo certo, as matérias em dia e as minhas fotos para a agência também. Cheguei em casa após o almoço e encontrei o Fercho esparramado no seu sofá dormindo, a Milla na cozinha com a Maria.

Milla: mamãe (correu para os braços da mãe) onde oxe tava? (fez biquinho).

Annie: princesa goxtosa (beijou o pescoço da filha), mamãe estava trabalhando, e você moça já comeu tudinho? (arqueou a sombracelha).

Milla: sim senhola (sorriu).

Maria: e você em menina já comeu alguma coisa?

Annie: ainda não, mas depois de um banho eu como (colocou a filha no chão e subiu para o quarto).

Encontrei Ucker no quarto deitado em nossa cama trabalhando com o notebook no colo, entrei e o observei, ele fez o mesmo, ficamos por alguns minutos daquela forma, sem falar nada, apenas olhares.

Ele suspirou e colocou o not ao lado da cama e sentou na mesma, fez um gesto com a mão para que sentasse ao lado dele e assim eu fiz.

Ucker: há alguns anos atrás eu encontrei uma garota em um parque sabe? (olhou a esposa e sorriu) essa garota era simplesmente linda (fechou os olhos) a garota mais linda que eu vi, naquele instante e mesmo com uma criança no colo aos berros (Annie sorriu) ela também me olhou e me ajudou sem mesmo me conhecer, essa garota não fez perguntas nenhumas a mim, apenas pegou minha filha no colo e a fez parar de chorar e eu fiquei observando aquele anjo na minha frente e apesar de todo o desespero que eu estava passando, por medo de ser pai tão jovem, por estar sozinho naquele momento essa garota apenas me deu as mãos (lágrimas escorreu dos olhos dele) e junto caminhou comigo até aqui (apertou carinhosamente as mãos dela) amor você com apenas seus dezesseis anos cuidou de mim e da nossa filha (beijou as mãos dela) nossa filha (Annie enxugou as lagrimas dele) você deixou muita coisa por nós, você viveu muita coisa por nós minha linda (sorriu) lembra como nosso namoro no começo foi difícil? Eu trabalhava o dia e você estudava durante esse tempo, a noite eu estudava e você vinha lá para casa dos meus pais para cuidar da Milla coisa que não era sua obrigação, mas você ia (beijou a testa dela) e os nossos finais de semana era os mais turbulentos por que só tínhamos dois dias para ficarmos juntos e ainda cuidávamos de um bebê, acho que nossa vida nunca foi calma né (ela concordou), você sempre calma e pronta a me atender e me explicar como deveria prosseguir, até hoje me pergunto como uma garota de dezesseis anos conseguiu ser tão madura para lhe dar comigo! Lembro também da nossa primeira briga séria que eu achei realmente que a gente não ia ter volta.