Fanfic: A imaginação encantada | Tema: Crepúsculo, Alice no País das Maravilhas, A Fera, American Horror Story, Once Upon A Time, A Bela Ad
N/M
O espelho que Lilian havia comprado tinha suas bordas douradas e umas letras em grego em cima. Agora, as bordas ficaram roxas e as letras desapareceram.
Comecei a sorrir.
Estou sorrindo agora, minhas gargalhadas estão muito altas.
Lilian escolheu um bom dia para me pregar uma peça.
– Lili, pode sair daí – disse eu sorrindo – eu admito. Dessa vez, essa foi sua melhor pegadinha.
E esperei sentada na cama.
Depois de alguns minutos, fui checar o espelho e não vi nada. Toquei para ver se havia algum sinal da Lilian, mas não vi nada e nem ninguém.
– Lili? – chamei-a de novo e mais uma vez e nada. Tentei mais vezes – Lili? – então, comecei a ficar preocupada.
[...]
Peguei meu celular para ligara pra policia, Swat tanto faz. Olhei para frente e vi que o espelho estava sacudindo.
– Lilian Santos! Não tem graça – disse agora, seria.
E o espelho voltou a tremer.
Toquei nele novamente, e entao algo de repente surgiu nele. Como se eu tivesse respirado e deixado um borrão, só que do lado de dentro do espelho.
– que merda! – falei para mim mesma.
Passei a manga do meu pijama listrado no espelho, mas o borrão havia aumentado.
E então, subitamente, o espelho fez um barulho estranho.
COF, COF!
COF, COF! Repetiu ele.
– Mas o que… - disse eu quase sem palavras – quem...
– COF! – repetiu o espelho.
Depois fez um som diferente.
COF, COF, MERDA!
“que espelho mal educado” pensei, “primeiro come minha melhor amiga, e depois fica falando palavrão”.
– EI – falou uma estranha voz feminina vinda de dentro do espelho – ALGUEM?
Pulei para trás, assustada. Que loucura! Devo estar sonhando!
– oi? – disse eu para o espelho.
– você poderia me dar uma mãozinha? – perguntou a voz feminina para mim.
– cl... Claro – disse eu tentando parecer normal, uma pessoa dentro do espelho me pedindo para dar uma mãozinha.
Então, mesmo com as minhas controversas, enfiei a mão no espelho. Pensei que não ia passar, mas em vez de algo solido, o vidro do espelho estava gelatinoso. Minha mão passou com facilidade, e consegui sentir um tecido estranho. Depois desci minha mão e agarrei as mãos da pessoa que estava do outro lado e puxei, pensando ser Lilian.
Puxei e puxei, e então, alguém saiu do espelho. Realmente era uma pessoa!
Uma menina com cabelo longo encaracolado loiro e baixinha de olhos azuis esta me encarando agora.
Ela esta vestida em um vestidinho curto azul claro com meias cor xadrez (preto e branco).
– obrigada – agradeceu ela. Sua voz era delicada como uma pétala de rosa.
Ficamos nos encarando por um tempo até que, ela me perguntou meu nome.
– meu nome é Madison, e o seu? – perguntei temendo já saber a resposta. Estendi minha mão como uma saudação amigável.
– Alice – falou ela sorrindo gentilmente – meu nome é Alice – repetiu.
Fiquei perplexa. Alice, do famoso conto de Lewis Carroll, esta no meu quarto, falando comigo como se fossemos amigas antigas.
O espelho. Só podia ser ele.
Ofereci algo para Alice comer, mas ela não aceitou, afirmando ter comido no chá das 6, onde ela mora.
Indo para o espelho, tirei-o da parede e o coloquei no chão.
Dei uma peça de roupa minha para Alice vestir.
Depois, toquei no espelho de novo, e ele estava solido.
– Alice – eu disse – de onde você veio?
– ah – suspirou ela sentando do meu lado no chão – eu vim do espelho – e apontou para ele – não sei como Sra. Madison. Eu apenas segui o coelho.
– então, você seguiu o coelho branco? – perguntei, curiosa.
– sim.
Ouvi sua barriguinha borbulhar e perguntei se ela estava com fome novamente. Ela fez que não com a cabeça mas mesmo assim me seguiu até a cozinha e comeu os bolinhos e o chá que eu preparei.
Esperei mais um pouco, com a esperança de Lilian voltar pelo espelho, mas nada aconteceu.
Alice então, destrocou de roupa e se despediu.
– ei – disse eu, correndo atrás dela – porque esta indo embora?
– eu segui o coelho porque ele me disse que estava precisando de ajuda no pais das maravilhas. Eu prometi ajudar, tenho que cumprir a promessa.
– espere um pouco – eu pedi – minha amiga ainda não voltou do espelho.
– ela deve estar perdida – disse Alice – porque você não me acompanha? – perguntou, fazendo-me um convite.
Fiz um sinal com a mão de “espere mais um pouco” e sai correndo buscar meu celular que deixei na cozinha.
Vi uma foto em que eu estava na frente da loja de antiguidades de Balthazar Blake, e vi que também havia uma placa com telefone de contato. Resolvi então ligar.
Disquei-o e uma moça atendeu
– atendimento da Tim, boa tarde, em que posso ajudar?
– TIM? – perguntei confusa. – Alo... Queria falar com Balthazar Blake por obséquio?
A atendente sorriu em tom de deboche e disse:
– Balthazar Blake? Como o do Aprendiz de feiticeiro? Não minha querida não tem nenhum Balthazar aqui não.
TIM? Ham?
Guardei o celular no bolso e corri de volta para o quarto.
Vi Alice olhando para o relógio e repetindo “é tarde” varias vezes.
– Sra. Madison, deixe-me ajuda-la. Vamos comigo para o pais das maravilhas e acharemos sua amiga.
Pensei em varias coisas, mas respondi:
– Ai meu deus, alo, adeus, é tarde – e sorri.
– ué, você também conhece o coelho branco? – perguntou Alice.
– já li em algum lugar – disse eu.
Subimos em cima da cama e demos as mãos. Seja o que deus quiser, pulamos para dentro do espelho.
Autor(a): breeh
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