Fanfic: PAIXÃO DE PELE (adaptada aya) | Tema: ANAHI E ALFONSO/ AYA

Any se virou e viu que suas colegas tinham comprado tudo na loja cara do foyer do hotel.
— Não tenho dinheiro para pagar por isto.
Ele olhou para ela com impaciência.
— O preço na etiqueta do seu sutiã certamente é a menor de suas preocupações no momento.
— Para você, talvez, que não precisa se preocupar com dinheiro — disse teimosa. — Eu me preocupo, particularmente quando parece que acabei de perder meu emprego.
O telefone voltou a tocar em seu bolso, mas desta vez ele o ignorou.
— Vá se vestir e considere as roupas um presente.
— Não posso aceitar que me dê lingerie de presente. Não seria certo.
— Neste caso, pense nela como uma parte essencial de nosso programa de administração de crise. Quanto mais tempo você andar nua por aí, mais provável será que a crise se agrave.
Ele tinha razão.
Any abriu uma das caixas e viu um sutiã e uma calcinha de seda com estampa de leopardo, então fechou-a rapidamente, o rosto enrubescido.
— Não posso usar uma coisa assim — abriu a outra caixa e seus olhos se abriram quando viu o conteúdo. — Também não posso usar isto...
— Por que não? São sapatos. Sei que não são realmente de uniforme, mas servirão até conseguirmos outra coisa.
— Mas... — olhou os sapatos, um modelo sexy, com saltos altos e finos. — Não posso usar saltos.
— Não terá que andar muito com eles.
— O problema não é andar. — Ficou ainda mais vermelha. — Você pode não ter percebido, mas sou mais alta do que a média para mulheres. Se usar saltos, fico monstruosa, todos vão me olhar.
— Depois da noite passada, vão olhar de qualquer jeito. E olharão com mais interesse se você estiver descalça. Calce-os.
Sem lhe dar a oportunidade de argumentar, ele lhe deu as costas e pegou o telefone.
Ela o olhou com exasperação, mas pegou as caixas, foi para o quarto e fechou a porta. Pelo menos não ficaria mais nua.
Aliviada por finalmente se livrar da colcha, Any jogou-a na cama e vestiu a lingerie. Serviu perfeitamente. Então calçou os sapatos, quase perdendo o equilíbrio quando ficou em pé sobre os saltos imensos. Arriscou um olhar para o espelho e gemeu de horror.
Parecia uma artista de circo. Parecia uma gigante.
Estava prestes a tirar os sapatos quando a porta se abriu e Alfonso entrou. Estudou-a dos pés à cabeça.
— Maledizione... — os olhos dele escureceram de choque e Any quis que um buraco se abrisse no chão quando viu seu olhar atordoado.
O constrangimento a fez se mover.
— Saia — gritou, segurando a colcha de novo — estou me vestindo.
— A frase "trancar a porta depois que o ladrão já entrou" significa alguma coisa para você? Já a via nua. — Sem a menor consideração pelos sentimentos dela, permitiu que o olhar viajasse lentamente por todo o corpo dela. — Nunca vi uma mulher como você.
Para Any, já sensível sobre sua aparência, o comentário foi o último golpe em sua fraca autoestima.
— É culpa sua por me arranjar estes sapatos estúpidos, quando alguém com metade de um cérebro saberia que eles me fazem parecer ridícula. Sempre uso sapatos sem saltos, está bem? Agora saia daqui! Estou cansada de ser objeto de riso, embora suponha que deva me acostumar porque é assim que vou me sentir amanhã quando aquela foto for publicada... — Levada ao limite, atirou-se na cama, enterrou o rosto no travesseiro e chorou desconsoladamente.
Todos a veriam nua e seu avô ficaria terrivelmente envergonhado dela. Queria deixá-lo orgulhoso, mas a verdade era que tudo o que ele queria era balançar um bisneto nos joelhos e isto nunca aconteceria.
Perdida no pesadelo do momento, arquejou quando sentiu mãos fortes se fecharem em seus ombros e Alfonso a virar de costas.
— Pare de chorar! Ficará com os olhos vermelhos e isto arruinará tudo.
— Arruinará o quê? Apenas vá embora e pare de zombar de mim.
Olhou-a, perplexo.
— Quando zombei de você?
— Você disse que nunca viu ninguém como eu - soluçou Any— e acho que é muito mesquinho de sua parte debochar de mim. Nem todas somos supermodelos e usar roupas de supermodelos não muda isto.
— Para seu conhecimento, não estava zombando de você, estava elogiando-a.
Any, que jamais tivera sua aparência elogiada, olhou para ele através de cílios molhados.
— Perdão?
—Acho você muito atraente. Por que diabos acha que a beijei?
— Porque você tem um impulso sexual anormal e não consegue resistir a uma mulher nua?
— Tenho um impulso sexual saudável — seu olhar era inegavelmente sexual — e definitivamente não beijo mulheres que tentam me pegar numa armadilha. Esta foi uma primeira vez para mim.
— Não estava tentando pegá-lo... — ainda lutando para aceitar o fato improvável que ele realmente a achava atraente, Any se sentou. — Não acha que sou alta demais?
— Alta demais para o quê? — Aquele tom sedoso lhe transformou as entranhas numa massa trêmula.
— Para... para uma mulher. — Any passou a língua nos lábios. — Faço a maior parte dos homens parecer pequena e insignificante e eles não gostam de ficar ao meu lado. Mas acho que você também é muito alto.
— Tenho l,90m e nunca tive problemas com a altura de uma mulher.
—As pessoas pensam que sou um monstro.
Sem lhe dar a oportunidade de argumentar, tomou-a nos braços, tirou-a da cama e a colocou diante do espelho.
— Olhe para si mesma e me diga o que vê.
Any fechou os olhos.
— Não vejo nada.
— Olhe!
Any abriu um olho cauteloso.
— Any, a magrela gigante — disse imediatamente, e as sobrancelhas dele se fecharam numa ruga impaciente.
— Se isto é uma lembrança de sua infância, é melhor que a esqueça. Você é sensacional e isto nos causa um enorme problema.
Sensacional?

POR HJ É SÓ MI AMORES

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