Fanfics Brasil - 2 PAIXÃO DE PELE (adaptada aya)

Fanfic: PAIXÃO DE PELE (adaptada aya) | Tema: ANAHI E ALFONSO/ AYA


Capítulo: 2

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— Não pode fazer isto comigo! Não pode simplesmente me jogar para fora da minha casa! Não acredito que trocou a fechadura enquanto estava fora. Não tem nenhum sentimento humano? — Any agarrou o braço do homem, quase escorregando na neve e no gelo quando ele a afastou e jogou suas ferramentas na maleta.
— A vida é dura, culpe seu senhorio, não a mim. Sinto muito, amor.
Any sentiu o pânico crescer quando a enormidade da situação a atingiu.
— Faltam apenas doze dias para o Natal, jamais encontrarei outro lugar em tempo tão curto.
As emoções que estava reprimindo pelas últimas seis horríveis semanas subitamente destruíram a máscara que até então vinha apresentando ao mundo.
Este devia ter sido o dia do seu casamento.
Esta noite, deveria estar voando para um hotel romântico no Caribe em lua de mel para fazer um bebê. Em vez, estava numa grande e fria cidade, onde ninguém parecia se importar com ninguém. Estava nevando e era uma sem teto.
— Pelo menos me deixe pegar minhas coisas.
O homem fez um gesto em direção a um saco preto de lixo encostado à porta.
— Aquelas são as suas coisas.
Any imaginara que se mudar para Londres seria excitante e encontraria muitas oportunidades. Não sabia o quanto seria cara a vida e como se sentiria solitária, já que não podia pagar por uma vida social.
A neve caía sobre sua cabeça e pescoço e Any se sentiu gelada.
Era assim desde o dia em que Jeff lhe passara uma mensagem de texto para dizer que não haveria casamento. Preocupada com a tristeza do avô, tinha se voltado para os assuntos práticos, como cancelar o casamento, uma tarefa quase tão trabalhosa como organizar um. Quando se deitou à noite, não tivera energia para chorar.
Enquanto falava com o homem, seu celular vibrou e ficou ainda mais angustiada quando viu o número.
— Por favor, espere um pouco, tenho que atender ou ele vai ficar preocupado... é muito idoso e... Vovô? Por que está ligando no meio do dia? Você está bem? — Esperava que sim, não agüentava mais. Sua vida estava se desenrolando num passo rápido demais. Queria tanto fazê-lo orgulhoso dela, mas tudo o que conseguia era preocupá-lo.
— Apenas quero saber como está, vi as imagens da neve na TV. — O avô parecia frágil e Any apertou o telefone, odiando o fato de ele estar ficando mais velho. Era a pessoa que mais amava no mundo, devia-lhe tudo.
— Estou bem, vovô — estremeceu quando mais flocos de neve penetraram pela gola do casaco — sabe que adoro a neve.
— Você sempre adorou. Já construiu um homem de neve? Você sempre gostou de fazer homens de neve.
— Eu... Eu ainda não tive a oportunidade, vovô, mas vou fazer logo. Há um parque enorme bem em frente ao hotel onde estou trabalhando que está implorando por um homem de neve.
Não lhe disse que ninguém parava para fazer homens de neve em Londres, todos estavam ocupados correndo de um lugar para outro.
— Está trabalhando agora? Não quero incomodá-la se estiver lidando com alguma celebridade.
— Bem... Err... — O rosto escarlate, Any se afastou do homem que havia jogado sua vida num saco de lixo e se perguntou se a mentira que contara estava se virando para mordê-la. Uma coisa era tentar proteger o avô, mas provavelmente havia exagerado. — Vovô...
— Me gabo de você com todo mundo, estou tão orgulhoso de você, Any. Disse àquela esnobe Sra. Fitzwilliam no quarto ao lado do meu: Minha neta arranjou um emprego brilhante. Ela pode ter sido abandonada no altar...
Any comprimiu os dedos na testa, onde começava uma dor de cabeça.
— Não foi no altar, vovô, não chegou até lá...
—... Mas ela se levantou e agora é recepcionista no hotel mais elegante de Londres e jamais teria tido esta oportunidade se tivesse se casado com o inútil do Jeff. Ele é só um sonhador e não era bom o bastante para você, sabe disso, não sabe? É um perdedor e você precisa é de um homem de verdade.
Ela decidiu mudar de assunto.
— Você está bem? Estão tratando você bem aí? — Embora ele a houvesse persuadido que gostaria de ir para a mesma casa de idosos onde viviam seus melhores amigos, ainda não gostava da idéia.
— Meus ossos doem com o clima úmido e eles fazem confusão demais aqui.
Any sorriu.
— Logo será verão e fico contente por eles fazerem uma confusão sobre você.
— Queria ver você no Natal, mas sei que é longe demais para você vir por apenas um dia. Estou preocupado com você aí sozinha. Sinto sua falta, Any.
Inundada por uma onda de saudade, Any sentiu um nó na garganta.
— Também sinto sua falta e tentarei visitá-lo assim que puder. E não se preocupe, estou bem.
Enquanto falava, acenava freneticamente para o homem que guardava suas ferramentas na van. Iria embora e a deixaria ali? O que acontecera com o cavalheirismo? Seu noivo rompera com ela com uma mensagem de texto e este homem estava prestes a deixar uma mulher vulnerável sozinha numa cidade enorme e amedrontadora, sem um lugar para passar a noite. Onde estavam todos aqueles cavalheiros em armadura brilhante quando se precisava deles? Seu avô estava certo... Ela precisava de um homem de verdade, não de ratos, palhaços e covardes.
— Então, como vai o trabalho? Disse à Sra. Fitzwilliam que estrelas de Hollywood se hospedam em seu hotel e que é você que as recebe e as cumprimenta pessoalmente. Isto fez aquela velha intrometida se calar.
Any não sabia se ria ou se chorava. Seria castigada por mentir para o avô. Por outro lado, a opção seria desapontá-lo e preocupá-lo. E ela realmente "recebera e cumprimentara" hóspedes. Mais ou menos. O fato de que eles geralmente a ignoravam não contava.
— O emprego é ótimo, vovô. — Havia sido rebaixada e o nojento gerente do hotel havia lhe dado uma cantada, mas fora isto tudo era perfeito.
O homem ligou o motor da van e Any correu pela calçada para fazê-lo parar, os pés escorregando no gelo.
— Espere...
O avô ainda estava falando.
— Andei observando as ações do Herrera Leisure e estão subindo depressa. Você conseguiu um vencedor, Any, pelo menos seu emprego está seguro.
Não, não estava seguro. Toda a sua vida estava no fio da navalha. Any teve um impulso súbito de confessar que o gerente tentara seduzi-la, mas parou em tempo. Não queria aborrecer o avô e tinha medo que ele conseguisse entrar no trem e vir a Londres para lidar pessoalmente com Carlos Bellini. Apesar de seus 86 anos, seu avô era um homem de verdade.
— Meu emprego é... é... bem, é ótimo —.disse com firmeza —, realmente ótimo.
— Vai a festas de Natal? Tenho certeza que poderá escolher qualquer homem se for! E não conseguirá passar toda a estação do Natal sem cantar, bem alto, The Twelve Days of Christmas. Você sempre adorou fazer isto.
— Não há festas planejadas e ainda não estou pronta para conhecer outro homem, vovô. — Arrastando o saco de lixo, Any se dirigiu à van. Mas o saco se soltou, a boca se abriu e sua pequenina árvore de Natal prateada caiu na neve e na lama. — Não se preocupe comigo, estou ótima.
A garganta se fechou ainda mais ao ver a árvore de Natal caída numa poça de lama. Toda a sua vida parecia estar mergulhando numa poça de lama.
— Não perca tempo, Any, não estou ficando mais jovem. No ano que vem, quero embalar um bisneto nos meus joelhos.
O quê?
— Vou fazer o melhor que puder, vovô. — Perguntando-se como diabos atenderia àquele pedido, Any se forçou a se despedir com alegria e guardou o telefone no bolso.
Enquanto recuperava a pequenina árvore de Natal, o homem da van foi embora, cobrindo-a da lama da rua. Estava nevando com força quando o telefone tocou de novo.
Ao ver o número na tela, ela gemeu. Oh, não.
— Tina? Sei que estou atrasada, mas... — encolheu-se enquanto a chefe lhe passava um sermão — ...sim, eu sei que Alfonso Herrera vai chegar amanhã e... sim, sei que é importante porque ele está avaliando como o hotel é administrado e todos estaremos sob avaliação. Sim, sei que tive sorte por você me dar outra chance no emprego, quando poderia ter me demitido... — cerrou os dentes enquanto ouvia. — Eu... sim, a cobertura ficará perfeita, prometo... tive sorte por Carlos querer que eu faça o trabalho... eu sei que o sr. Herrera é o hóspede mais importante que jamais tivemos... sei que ele não suporta idiotas e não aceitará menos do que a perfeição...
— o cara era claramente um porco frio e sem coração — ... eu me sinto do mesmo modo — mentiu Any, tomando uma nota mental para jamais ficar perto do impiedoso e amedrontador magnata quando ele chegasse ao hotel. Do modo como estava se sentindo no momento, provavelmente lhe daria um soco.
Tina ainda estava falando e Any se dirigiu para o ponto do ônibus, o saco de lixo lhe batendo nas pernas, as roupas ensopadas.
— ... Festivo? Brilhante? Sim, vou decorar a árvore de Natal... Estarei aí logo, mas preciso... — parou; preciso encontrar um lugar para dormir esta noite, quando terminar meu turno à meia-noite — pegar um ônibus. O trânsito está uma loucura por causa do Natal, mas estou a caminho.
Tudo o que fazia agora era mentir, pensou Any puxando o saco de lixo. Mentira para proteger o avô e mentira para a Tiranossauro Tina porque, até que encontrasse alguma coisa melhor, não podia dizer à mulher aonde enfiar o emprego. Talvez pudesse sugerir ao amedrontador Alfonso Herrera que a primeira pessoa a ser demitida de seu principal hotel era o gerente.
Enquanto andava no ônibus lotado, Any se perguntava se devia ter contado ao avô que se sentia solitária em Londres, que tinha saudade dele, que havia sido rebaixada no emprego por um chefe que a odiava e achava que fora amigável demais com os hóspedes.
Tentando afastar da mente aqueles pensamentos, Any pegou uma revista que tinha sido descartada e folheou-a, olhando as modelos esguias usando as roupas brilhantes recomendadas pela revista para a estação de festas.
Aparentemente, o prateado era a cor da moda. Distraída, ela escolheu o que usaria se tivesse dinheiro e fosse convidada para uma festa. Prata brilhante, pensou, com diamantes e os cabelos penteados para cima. Exceto que ficaria ridícula vestida daquele jeito.
Enfrente a verdade, Any, você é uma anomalia.
Ao ouvir a voz de Jeff na mente, deixou a revista cair no assento, saiu do ônibus e andou em direção à porta dos fundos do prestigiado hotel onde podia ver de longe o mundo dos ricos e famosos. Molhada e tremendo, perguntou-se como seria ter uma vida de luxo, cheia de diamantes, vestidos prateados brilhantes e caros.
— Oi, Any, está atrasada. — Uma colega passou por ela rapidamente. — Já perdeu a reunião com os funcionários. Tina disse para você ir diretamente para a cobertura porque não tem tempo a perder com você. O chefão vai chegar amanhã e, segundo os rumores, vai cortar a cabeça de todos que não se adaptam. Até o nojento Carlos está nervoso, mas eu mal posso esperar para ver Alfonso Herrera em pessoa. Ele é o homem mais bonito que já vi na vida.
Gelada até os ossos, Any espirrou.
— Você nunca o viu.
— Eu o vi em fotos. Eles o chamam de Alfonso Quente.
— Alfonso Impiedoso é o que eu o chamo — resmungou, e a colega franziu a testa ao ver o saco na mão dela.
— Desde quando você é responsável pelo lixo?
— Oh, gosto de ajudar, sou versátil... — Any pregou um sorriso rígido no rosto, recusando-se a admitir que estivesse carregando sua casa com ela. Como um caracol, pensou, enquanto seguia a colega pela porta de vidro e para dentro do calor luxuoso de uma vida diferente.
Escondeu o saco no porão, atrás de alguns canos largos e se refugiou na elegância pacífica da suíte da cobertura. Sentia-se tão completamente miserável que, pela primeira vez desde seu casamento abortado e seu rebaixamento no trabalho, ficou aliviada por não estar na recepção, tendo que sorrir e parecer alegre. Queria apenas se enrolar numa bola e não sair até a vida ter melhorado.




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Autor(a): day

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Angel_rebelde: bem vinda hahahaha espera pq o Poncho vai cuidar bem dela :3 franmarmentini: UHullll que bom que ta aqui fran ahh não posso contar pq se não estraga toda a suspensa da fic hehehe ayamor: oieeeeeeeeee larissaponny: Ahhh eu amo seus comentarios hehehe anna_laura: continuando gatita :3 daninha_ponny: contínuando linda :3 beca: *---* ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 122



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  • daninha_ponny Postado em 11/08/2014 - 00:54:37

    nossa so agora vi essa sua web...vou começar a ler amei a sinopse...bjs

  • dessita Postado em 22/07/2014 - 13:07:57

    Foi lindo o final!!! *-*

  • blueorangee Postado em 22/07/2014 - 10:00:49

    MEU DEUS QUE PERFEITOOOOO!!! Mt linda essa história, pena q acabou, AMEIII

  • vanessap. Postado em 22/07/2014 - 01:51:54

    Ahhhhhh tp chorando :(( nem acredito que acabou, só sei que foi perfeita do começo ao fim!! Alfonso todo durão no começo ficou todo romantico agora *---* parabens pela fic maravilhosa!!

  • Angel_rebelde Postado em 22/07/2014 - 00:27:04

    Queee históriaa lindaaaaaaaaaaa e perfeitaaaaaaaaaaa *---* Quee foooofaa essa Elyssa <333 Quando achei q Poncho fosse deixar a Annie, ele a pede em casamento de um jeito tãooooo foofoooo <33 #DeiGritinhoDeMiaColucciAqui *--* Triste demais a história dele =(( Coitado ! Ele tinha razão mesmo em odiar o Natal e essa época do ano, ficou com um trauma horrível. Achei lindoooo eles tendo bb ponny *--* outra menininha. Ameeei o presente q a o Poncho deu pra filha e o nome do pônei é mtoo foofo tbm. Formaram uma família linda. Sua fic é tuuudooo. Pena que acabou =((( Parabéns mesmo. Me apainonei de vdd.

  • julyanniaya Postado em 21/07/2014 - 23:58:06

    Amei! Essa web foi boa do começo ao fim! Vc tem outra pra postar?

  • iza2500 Postado em 21/07/2014 - 22:52:58

    Que lindo esse final, muito fofo*--*, triste pelo fim da fic.

  • edlacamila Postado em 21/07/2014 - 22:42:24

    Aaain q lindo mamy :3 *-* #choradanny

  • franmarmentini Postado em 21/07/2014 - 22:31:46

    pronto agora parei de chorrar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk essa foi uma história muito linda e maravilhosa :) obrigada por postar....pena que não tem continuação :( vou sentir saudades dela....bjussssssss

  • brendacocatti Postado em 21/07/2014 - 22:12:57

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH, NÃO ACREDITO!! NÃO ACREDITO!! JÁ ACABOUUUUUUUUUUU!! :'( :'( Mas apesar de tudo eu estou feliz porque deu tudo certo *---* Choreeeeeeeeeei :') <3


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