Fanfic: PAIXÃO DE PELE (adaptada aya) | Tema: ANAHI E ALFONSO/ AYA

Sem desviar os olhos dela, Alfonso removeu o anel de seu ninho de veludo e o colocou no dedo com mãos frias e confiantes e determinadas.
Any olhou para o diamante incrível. — É exatamente o tamanho certo.
— Como Cinderela — disse uma das funcionárias com um suspiro e Any se perguntou se ela achava que era uma faxineira.
— Ela quer dizer que serve perfeitamente — disse Alfonso, seco, aparentemente capaz de ler seus pensamentos. — E ela tem razão, não precisaremos mandar ajustá-lo.
Boa adivinhação ou um homem experiente com mulheres?
Outra garota entrou na sala.
— Achei que gostariam de saber que há um circo da mídia em frente. — Parecia pedir desculpas. — Não sei como eles descobriram que vocês estavam aqui, alguém deve tê-los chamado.
A mandíbula de Alfonso enrijeceu e por um momento Any realmente acreditou que estava aborrecido.
— Há outra saída?
— Sim, senhor.
Ele deu um telefonema rápido e se levantou, puxando Any com ele.
— Meu motorista nos encontrará nos fundos, assim ninguém nos verá.
Any se apressou, consciente da força dos dedos dele presos aos dela enquanto eram levados em direção aos fundos da loja.
— Alfonso... — sibilou —... não temos que pagar? Não quero que os alarmes toquem e eu passe o Natal presa.
— Já foi resolvido — respondeu Alfonso sem diminuir a velocidade dos passos.
— Como? Quando?
Mas ele simplesmente a puxou para o fundo da loja. Momentos depois o motorista de Alfonso passava rapidamente pelas ruas da mais exclusiva área de Londres. Ela se jogou contra o encosto do banco e girou o anel no dedo, admirando-o.
— Ainda não compreendo por que você se deu a tanto trabalho para comprar um anel se não vai deixar ninguém vê-lo.
— Eles sabem que saí e o fato de fazer tudo em segredo os deixará mais interessados.
— Espero que não se ache importante demais ou toda esta ideia vai fracassar.
Alfonso lhe estendeu o telefone.
— Ligue para seu avô.
— O que, agora? — Any temia o que seu severo avô diria sobre a situação. — O que devo dizer? Oi, vovô, talvez veja uma foto minha nua nos jornais de hoje, assim queria lhe dizer que não estou começando uma carreira de modelo pornô...
— Não estará nos jornais de hoje, é tarde demais para isto. Há uma forte chance de que poderá estar nas edições de amanhã, mas já pode estar na internet. Ligue.
— Meu avô não navega na internet, ele tem 86 anos — disse Any.
Mas sua observação apenas o fez erguer uma sobrancelha.
— Qual é a relação da idade dele com qualquer coisa?
— Não me perguntaria se conhecesse o Cedar Court Retirement Home. Eles festejam quando têm um bom filme na TV. Provavelmente acreditam que banda larga é um novo tipo de atadura para variz.
Ele manteve o telefone estendido.
— Ligue.
— Não posso. Este é o homem que me levou no meu primeiro dia de aula, que me ensinou a andar de bicicleta. Não aprova namorados de mãos dadas ou se beijando em público. Sou tudo que ele tem no mundo e acredita que sou uma garota realmente decente, antiquada... na verdade, sou uma garota decente e antiquada, ou era até conhecer você.
— Mais um motivo para ligar para ele antes que saiba por outra pessoa.
Sem mais desculpas, Any pegou o telefone com relutância. A mão tremia enquanto digitava o número. Tentou não pensar em como ficaria desapontado com ela. Depois de tudo que fizera por ela, depois de todo o amor e afeição que lhe dedicara, não merecia isto...
— Vovô? É Any... como você está? — A voz parecia falsa para ela mesma. — Está se mantendo aquecido com toda esta neve? — Talvez aquela fosse uma boa abertura, pensou enquanto ouvia a resposta alegre... Eu estava sentindo calor demais, vovô, assim decidi tirar a roupa... -—Não, nada de errado, apenas queria conversar com você.
Ciente de que Alfonso a observava, Any continuou a falar sobre o clima e a ouvir as observações do avô sobre os amigos. Quando mencionou que havia se gabado dela de novo com a sra. Fitzwilliam, duas lágrimas enormes escorreram dos olhos dela e ela cobriu a boca com a mão.
Com um suspiro, Alfonso pegou o telefone.
— Senhor Portilla? Alfonso Herrera falando... não, não nos conhecemos, mas conheço sua neta... sim, sou o mesmo Herrera dono da cadeia de hotéis e de spas... — recostou-se no banco sem parecer nem um pouco desconcertado com uma situação constrangedora —... sim, continua muito bem, apesar do clima econômico... certamente... — sorriu — ...foi assim que conheci Any...
Temendo que Alfonso pudesse dizer alguma coisa que piorasse tudo, Any tentou lhe tomar o telefone, mas ele se afastou.
— Já descobri isto sozinho... sim, ela é...
Any franziu a testa.
— Sou o quê? O que está dizendo?
— Sei disto, sim, ela me contou. Mas a perda dele é o meu ganho.
Estavam conversando sobre seu noivado desfeito.
— Sim, um completo perdedor... — a voz de Alfonso ficou fria — ...ela está melhor sem ele... não, não muito mal... é por isto que ligamos para lhe contar. Estamos noivos. Sei que parece súbito, mas pode me culpar por isto... quando vejo alguma coisa que quero, tenho que tê-la e jamais me senti assim sobre uma mulher.
Esperou que Alfonso lhe passasse o telefone para ouvir um sermão do avô, mas apenas ouviu uma risada, enquanto Alfonso controlava a conversa.
— Queremos avisá-lo que pode haver algumas fotos reveladoras na imprensa. Tudo minha culpa... eles me seguem por toda parte... — deu um leve sorriso a alguma coisa que o avô dissera. — Concordo... sempre disse a mesma coisa... não, não, ela está bem... apenas um pouco constrangida porque é muito tímida sobre este tipo de coisa... sim, sei que ela é modesta — lançou-lhe um olhar irônico — ...bem, mandei meus advogados cuidarem disso, mas se alguém lhe disser alguma coisa, pode lhes informar que o fotógrafo invadiu uma sala particular... sim, vou passar para ela... foi bom falar com você... espero encontrá-lo logo pessoalmente...
Tendo reduzido seu avô durão, veterano de guerra, a uma polpa macia, Alfonso lhe entregou o telefone, uma expressão presunçosa no rosto.

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