Fanfics Brasil - 20 tentadora paixão (adaptada aya)

Fanfic: tentadora paixão (adaptada aya) | Tema: anahi e alfonso / aya/ ponny


Capítulo: 20

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— Os jardins são muito bonitos — disse Anahi, caminhando devagar para que Alfonso empurrasse a cadeira numa velocidade confortável.
As rodas afundavam no cascalho e ele manobrava com dificuldade.
— Um caminho de pedras seria melhor, não seria? — perguntou, impressionada com a força de seus braços.
Ele ficou vermelho.
— Foi sugerido meses atrás que eu fizesse isso, mas sabia que não ficaria numa cadeira de rodas para sempre. Assim, deixei como está.
— Então planejava se livrar da cadeira de rodas?
Ele ergueu a cabeça e dirigiu-lhe um olhar como se pudesse ver, as sobrancelhas franzidas, rugas entre os olhos. Ressentia-se da pergunta, e o ressentimento o fez lembrar novamente quem ele era e o que havia conquistado na vida.
Vendo-o tentar dominar a cadeira no cascalho, ela pensou que talvez não tivesse permanecido naquele estado por que era preguiçoso, mas por que sem visão se sentia exposto. Talvez, para ele, a cadeira de rodas não fosse um meio de transporte, mas uma armadura, uma forma de proteção.
— Estamos perto da sebe? — perguntou, parando por um momento para se localizar.
— Sim, estamos bem em frente a ela.
— Então a piscina é para a esquerda.
Anahi se virou para a esquerda e viu a grande piscina de águas muito azuis em meio ao verde da vegetação.
— A piscina é nova? — perguntou, deduzindo, pelas plantas recém-plantadas ao seu redor.
— Gostaria de dizer que foi minha única extravagância, mas estou renovando o monastério há quase uma década. É um trabalho de amor.
Alcançaram um muro baixo, de pedras, que circundava a piscina, e Anahi foi à frente para abrir o portão.
— Mas por que Taygetos? Por que um monastério arruinado? Você não tem família aqui, tem?
— Não, mas adoro montanhas, é onde me sinto em casa — disse, levando uma das mãos ao rosto para se proteger do sol. — Minha mãe era francesa, criada numa pequena cidade aos pés dos Alpes. Passei a infância fazendo caminhadas pelas montanhas, esquiando, escalando rochedos.
Anahi percebeu que ele continuava tentando proteger os olhos com a mão.
— O sol o incomoda?
— Geralmente uso ataduras ou óculos escuros.
— Tem uma sensibilidade muito grande?
— Sinto dor — admitiu.
Não queria que ele sentisse dor, mas a sensibilidade ao sol lhe deu a esperança de que um dia talvez recuperasse um pouco da visão.
— Quer que eu peça a Pano para pegar seus óculos?
— Não é necessário. Não vamos demorar.
— Mas é tão bom estar fora de casa — disse ela, olhando! em torno da área da piscina, com o jardim florido. — Deixe-me buscá-los, você pode relaxar um pouco, ficar mais confortável.
— Não, apenas encontre uma sombra, ou vire minha cadeira contra o sol.
— Há uma sombra do outro lado da piscina, perto do mu de pedra. — Hesitou. — Devo empurrar a cadeira?
— Posso fazer isso sozinho. Mas, por acaso, enquanto Anahi empurrava a cadeira e
Alfonso tentava controlá-la, a parte da frente escorregou na beira da piscina e caiu dentro dela.
Com o coração batendo com força, Anahi caiu de joelhos, horrorizada de o seu paciente ter sido jogado na piscina. Como pudera deixar que aquilo acontecesse? Como pudera ser tão descuidada?
Estavas prestes a mergulhar quando viu Alfonso voltar à superfície. Mas a cadeira, não. Enquanto Alfonso nadava para a borda da piscina, a cadeira afundava, lentamente.
— Alfonso... sinto muito, sinto muito — desculpou-se repetidamente, ajoelhada no deque.
Nunca se sentira tão pouco profissional na vida. Um acidente como aquele era puro descuido. Ele sabia, e ela também.
— Fiz uma curva muito fechada, devia ter prestado mais atenção. Sinto muito.
Ele nadou na direção da voz dela. Debruçando-se, ela estendeu a mão.
— Está quase na borda. Minha mão está bem em frente a você. Está quase conseguindo — encorajou-o, enquanto ele estendia a mão para ela.
Seus dedos se dobraram em torno dos dela. Sentiu um alívio enorme. Ele estava bem.
— Peguei você.
— Tem certeza? — perguntou, sua mão apertando a dela. — Ou eu peguei você?
E com um movimento forte ele a puxou para dentro da piscina. Anahi caiu de barriga, espalhando água. Ele a puxara para dentro da piscina deliberadamente. Não conseguia acreditar. E esse era o pobre, desvalido Alfonso Herrera. Estava longe de ser desvalido. E a enganara três vezes seguidas. Voltando à superfície, procurou-o e o viu encostado calmamente na borda interna da piscina.
— Isso foi mesquinho — disse ela, nadando para ele, as roupas molhadas dificultando os movimentos.
Ele riu e tirou os cabelos do rosto.
Pensei que você acharia refrescante. Ela apertou os cabelos para tirar a água.
— Não queria que você caísse. Jamais desejaria que isso acontecesse.
— Sua preocupação com meu bem-estar é comovente. Sabe, Any, temia que você fosse como as outras enfermeiras, mas tenho de lhe dizer: você é pior.
Ela engoliu em seco. Merecera isso.
— Sinto muito — disse, sabendo que uma enfermeira responsável jamais teria permitido que uma coisa daquelas acontecesse. Na verdade, se uma de suas enfermeiras deixasse um paciente sob seus cuidados cair numa piscina, ela a demitiria na hora. — Há algum tempo que não trabalho como enfermeira. Como sabe, sou a administradora da empresa.
— Suas habilidades estão um pouco enferrujadas? — perguntou.
— Sim.
Usando a escada, ela saiu da piscina e se sentou no deque, para tirar os sapatos molhados.
— Então, por que você está aqui e não outra enfermeira?
Torcendo a saia para tirar um pouco da água, ela suspirou, derrotada.
— A agência está quase falida. Não podia pagar outra enfermeira. Era eu ou ninguém.
— Mas meu seguro lhe pagou, e eu também.
— Houve despesas sem cobertura e os custos foram praticamente iguais aos lucros.
Não se deu ao trabalho de dizer que Calista precisara de terapia psicológica e recebera uma indenização quando deixara o trabalho com Alfonso. E as contas de Calista tinham sido muito altas!
— Acho que é melhor eu pegar sua cadeira — disse, sem querer pensar nos problemas da agência.
— Preciso dela. Você nada bem?
— Sei nadar.
— Não está inspirando muita confiança, Any. Ela sorriu.
— Vai ficar tudo bem.
E ficaria. Não entraria em pânico quando segurasse a respiração ou nadasse no fundo da piscina. Apenas mergulharia, agarraria a cadeira e a levaria para cima.
Ele suspirou.
— Você está apavorada.
— Não.
— Você não nada muito bem.
Ela deixou escapar um pequeno som de exasperação.
— Nado muito bem. Só não gosto de águas profundas. Fico... nervosa.
— Claustrofóbica?
— Oh, é uma bobagem, mas... — parou, sem querer contar. Não queria que se divertisse à custa dela. Era um medo real, e não havia muito que pudesse fazer sobre o assunto.
— Mas o quê?
— Tive um acidente quando era pequena. — Ele ficou calado, e ela sabia que estava esperando pelos detalhes. — Estava brincando de mergulhar com uma menina. Jogávamos moedas na piscina e mergulhávamos para pegá-las. Bem, nessa piscina de hotel havia um enorme dreno no fundo e, de alguma forma... — Parou, sentindo-se mal com a lembrança. — A sucção era muito forte e as tiras do meu biquíni ficaram presas. Eu não conseguia tirá-las nem me livrar do biquíni.
Alfonso ficou calado e Anahi tentou sorrir.
— Eles me tiraram, claro. Mas... — Sentiu um tremor doloroso, uma lembrança do pânico e de como fora. — Fiquei apavorada.
— Quantos anos tinha?
— Seis.
— Você devia ser uma boa nadadora para brincar de mergulhar numa piscina funda aos 6 anos.
Ela deu uma pequena risada.
— Acho que era um pouco rebelde quando pequena. Minha babá... — Parou, mudou a frase. — De qualquer maneira, depois disso, não quis mais nadar, especialmente em piscinas grandes. Desde então, só nado no raso. Meio sem graça, mas seguro.
Anahi sentia que Alfonso a estudava, embora não pudesse vê-la. Estava tentando compreendê-la, ajustar o que pensava que sabia sobre ela com essa informação.
— Faço um acordo — disse ele finalmente.
— Que tipo de acordo?
— Vou buscar minha cadeira se você não olhar enquanto tiro a roupa. Não posso mergulhar vestido.
Anahi tentou não rir.
— Está com medo de que eu o veja nu?
— Estou tentando protegê-la. Você tem pouca experiência recente de trabalho de campo. Temo que minha... nudez... possa impressioná-la.
Ela sorriu.
— Certo.
— Certo o quê? Certo, você me olha? Ou, certo, você polidamente desvia o olhar?
— Certo, eu polidamente desvio os olhos.
— Endaxi — disse ele, ainda na piscina —, tudo bem. — E começou a tirar as peças de roupa, uma a uma.
E, embora Anahi tivesse prometido não olhar, a situação era tentadora demais.
Ela olhou e descobriu que ele tinha um corpo sensacional, apesar do acidente e dos ferimentos horríveis. Seu torso era poderoso, com músculos bem torneados, e suas pernas eram longas e bem feitas.
Sem as roupas, ele mergulhou e nadou para o fundo, com braçadas fortes e poderosas. Embora não pudesse ver, estava indo na direção certa. Levou pouco tempo para localizar com precisão a cadeira, pegou-a e nadou de volta, puxando-a.
Inacreditável!
Quando Alfonso chegou à superfície, com a cadeira, Pano e uma das empregadas chegaram correndo com uma grande pilha de toalhas.
— Poncho — chamou Pano —, o senhor está bem?
— Estou ótimo — respondeu Alfonso, levando a cadeira para a beira da piscina.
Pano a pegou, virou-a de lado para a água escorrer. Virou do outro lado, e mais água saiu. Entregou a cadeira à empregada, que começou a enxugá-la vigorosamente.



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Autor(a): day

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Enquanto isso, Alfonso pusera as mãos no deque de pedra, erguera-se e saíra da piscina usando apenas os músculos dos braços. Era muito mais forte do que parecia, muito mais capaz de cuidar de si mesmo do que ela pensara.Não precisara de ninguém para sair da piscina. Provavelmente, não precisava que cuidassem dele. Anahi acre ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • hadassa04 Postado em 19/06/2014 - 01:50:52

    terminei de ler mais uma fic sua, estou acompanhando todas as que tenho, gostei muito, valeu muito a penas cada minuto sentada na frente do meu not book lendo. bjo pra vc

  • daninha_ponny Postado em 06/06/2014 - 20:15:13

    day sou meio lerdinha mesmo mas só consegui per a fic completa agora e sinceramente amei amei li ela inteira hj.....bjos espero a proxima

  • franmarmentini Postado em 04/06/2014 - 07:10:29

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII A HISTÓRIA MOSTRA COMO O AMOR PODE FAZER AS PESSOAS MUDAREM O QUE ACHAM DE TUDO!!!!!!!!! NÃO SEI PQ TEM GENTE QUE NÃO TAVA GOSTANDO....ADORO FIC*S ASSIM QUE PASSAM LIÇÃO DE VIDA...QUE MOSTRAM COMO PESSOAS PODEM SUPERAR SEUS MEDOS ENCONTRANDO O AMOR...BJUSSSSSSS VOU SENTIR SAUDADES DESSA FIC* vou aguardar vc postar o próximo link bjussssss

  • franmarmentini Postado em 04/06/2014 - 07:08:59

    :( fiquei super emocionada no final.

  • franmarmentini Postado em 03/06/2014 - 15:44:48

    poxa eu amo essa história...to feliz por vc terminar de postar ela :) pena que só entrei agora na pagina da fanfics...mas já vou começar a ler... bjussss

  • franmarmentini Postado em 03/06/2014 - 15:32:32

    *-* ai meu deus acabou...

  • iza2500 Postado em 03/06/2014 - 14:43:26

    Final maravilhoso, tive vontade de esganar o Nico, aff! Tadinha da Any,mas ainda bem que o Poncho percebeu que era mentira e que a Any o ama, agora como ele descobriu o bebê? Posta o Epílogo e vc vai fazer outra fic? Se for posta o link.

  • beca Postado em 03/06/2014 - 10:53:04

    LINDO FINAL...É UMA PENA QUE ACABOU, MAS NÃO DESISTA DE ESCREVER SUAS FIC SEMPRE VOU ESTAR AQUI PARA COMENTAR.

  • beca Postado em 02/06/2014 - 20:40:46

    Sempre acompanho nem sempre da pra comentar eu amei a história

  • iza2500 Postado em 02/06/2014 - 20:04:53

    Que fofo los A *--*, apaixonados! posta mais!!!!!!


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