Fanfics Brasil - 4 tentadora paixão (adaptada aya)

Fanfic: tentadora paixão (adaptada aya) | Tema: anahi e alfonso / aya/ ponny


Capítulo: 4

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Ela nem piscou. Sua autopiedade não despertava solidariedade. Era um estágio típico do processo de cura, um estágio inicial. E o fato de que Alfonso Herrera não o superara significava que tinha um longo caminho à frente.
— Incomoda — ela respondeu, a voz sem demonstrar piedade.
Não se deu ao trabalho de dizer que também se incomodava com o futuro de sua empresa, First Class Rehab, e que aceitar cuidar das necessidades médicas de Alfonso Herrera quase a arruinara.
— Eu me incomodo, mas não vou ser como as outras, carinhosa com o senhor, aceitar suas desculpas, permitir que fique impune de assassinato
— E o que você sabe sobre assassinato, srta. Holier-Than-Thou?
Ele levou a cadeira à frente, as rodas esmagando vidros quebrados.
— Cuidado, sr. Herrera! Vai estourar um pneu.
— Ótimo. Deixe os malditos pneus estourarem. Odeio esta cadeira. Odeio não poder ver. Desprezo a vida deste jeito.
Ele xingou com violência, mas parou de mover a cadeira e o mordomo terminou com rapidez a remoção dos vidros quebrados.
Sentado na cadeira, os enormes ombros de Alfonso se curvaram, a cabeça baixa.
Desespero.
A palavra resumia o que ela via, o que sentia. Seu mau humor não era apenas raiva. Era maior do que isso, muito mais sombrio. Sentiu um pouco de pena ao ver a ruína de um grande homem.
Mas ignorou tal sentimento, substituindo-o por decisão. Ele ficaria bom. Não havia razão para não ficar.
Com um sinal, Anahi pediu a Pano para sair.
— Agora, então, sr. Herrera — disse, quando a porta se fechou —, precisamos que o senhor retome seu programa de reabilitação. Mas não podemos fazer isso se o senhor insistir em amedrontar suas enfermeiras.
— Elas eram completamente inúteis, incompetentes...
— Todas as seis? — interrompeu, sentando-se numa poltrona.
Passara por todas as especialistas em tempo recorde. Na verdade, sua empresa ficara sem profissionais disponíveis. Não havia mais ninguém para mandar. Mas o sr. Herrera não podia ficar apenas com o mordomo, precisava de cuidados o tempo todo.
— Uma delas não era muito ruim. Bem, sob certos aspectos — disse, de má vontade. — A jovem. Calista. E acredite, se ela foi a melhor, isso mostra o quanto as outras eram ruins. Mas isso é um outro assunto...
— A srta. Aravantinos não vai voltar.
Anahi sentiu raiva. Naturalmente, ele pediria a enfermeira que praticamente destruíra. A pobre moça, recém-saída da escola de enfermagem, tinha sido um brinquedo nas mãos de Alfonso Herrera. Literalmente. Para um homem com ferimentos que poderiam ter-lhe causado a morte, fora muito hábil na arte da sedução.
— Era este o sobrenome dela?
— O senhor se comportou da maneira mais inescrupulosa. O senhor tem 36 anos e ela acabara de fazer 23. Ela se demitiu, sabe? Deixou o escritório de Atenas. Sentiu-se totalmente desmoralizada.
— Nunca pedi a Calista para me amar.
— Amar? Isso não teve relação alguma com amor. O senhor a seduziu. Por tédio. E despeito.
— Entendeu tudo errado, enfermeira Any... — Fez uma pausa, o canto da boca erguido num arremedo de sorriso. — Você é inglesa, não é?
— Falo inglês — ela disse secamente.
— Bem, Any, você me entendeu mal. Compreenda, sou um amante, não um lutador.
O sangue subiu à face de Anahi.
— Acho que é o bastante.
— Nunca forcei uma mulher. — Sua voz ficou mais baixa, profunda e rude. — Nossa deliciosa Calista é que me forçou.
— Sr. Herrera.
Sentindo-se desconfortável, ela apertou a caneta com força e ficou rubra. Odiava seu sorriso desdenhoso e se sentia ofendida por seu tom. Podia compreender por que Calista havia desistido. Como uma mulher jovem conseguiria lidar com ele?
— Ficou seduzida comigo — continuou, da mesma forma complacente. — Queria saber do que um inválido é capaz, suponho. E descobriu que, embora não possa andar, ainda posso...
— Sr. Herrera!
Anahi ficou em pé, sentindo-se subitamente oprimida pela sala quente e escura. Era fim de tarde e o dia fora ensolarado. Não podia imaginar por que as janelas estavam fechadas, impedindo a entrada do ar fresco da montanha.
— Não quero ouvir os detalhes.
— Mas precisa.
Alfonso empurrou a cadeira na direção dela, as mangas de algodão azul enroladas, com os braços antes bronzeados e agora pálidos à mostra, uma evidência dos longos meses que passara dentro de casa.
— Está mal informada se pensa que abusei de Calista. Ela teve o que queria.
Anahi virou a cabeça e cerrou os dentes.
— Era uma enfermeira maravilhosa, promissora.
— Não sei sobre maravilhosa, mas concordo com ingênua. E, desde quando ela se demitiu, você, deliberadamente, me mandou enfermeiras saídas do inferno.
— Não empregamos enfermeiras saídas do inferno. Todas são profissionais, eficientes, compassivas...
— E cheiram mal como o demônio.
— Perdão? Esta é uma acusação muito grosseira.
— Grosseira, mas verdadeira. E eu não as queria em minha casa, não deixava que me tocassem.
Então era isso. Ele não queria uma enfermeira de verdade, queria alguma coisa saída de um filme, com cabelos longos, grandes seios e uma saia curta e justa.
Anahi respirou profundamente, agarrando-se a sua atitude profissional. Estava começando a compreender como ele maltratara suas enfermeiras, atormentando-as até pedirem para sair. Qualquer um, menos o sr. Herrera. Qualquer trabalho, menos esse!
Bem, não deixaria que o sr. Herrera fizesse isso com ela.
— Calista cheirava mal?
— Não, tinha um perfume celestial.
Por um momento pensou que sorria, e o fato de que podia sorrir por ter acabado com a carreira de uma enfermeira a deixou furiosa.
Ele se aproximou mais dela.
— Mas depois que Calista se foi você mandou só enfermeiras velhas, gordas, desleixadas, para me torturarem, castigando-me pelo que foi na realidade culpa de Calista. E não me diga que elas não eram velhas, gordas e desleixadas porque posso ser cego mas não sou estúpido.
A pressão arterial de Anahi subiu de novo.
— Escolhi enfermeiras maduras, mas bem treinadas e preparadas para as dificuldades do trabalho.
— Uma cheirava como uma loja de tabaco. Outra, de peixe. Estou quase certo de que outra poderia ser um machado de guerra...
— O senhor está sendo agressivo.
— Estou sendo honesto. Substituiu Calista por guardas de prisão.
A raiva de Anahi aumentou, depois ela sorriu.
Na verdade, Alfonso Herrera estava certo.
Depois da desgraça da pobre Calista, Anahi mandara intencionalmente para o sr. Herrera apenas as enfermeiras mais velhas, tendo concluído que ele precisava de cuidados especiais. Cuidados muito especiais.
Apesar de tudo, divertiu-se. Ele podia não caminhar nem ver, mas seu cérebro funcionava muito bem.




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Autor(a): day

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Angel_rebelde: kkkk verdade, mas que o Poncho é safado e sem vergonha todas nós sabedos hahahaha vamos ver o que vai rolar beca: kkk o Poncho meio que ja sacou que ela não é desleixada mais ele vai fazer jogo duro iza2500:kkkkk coitado era as enfermeira que abusavam dele kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk   Ainda sorrindo, estudou-o c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • hadassa04 Postado em 19/06/2014 - 01:50:52

    terminei de ler mais uma fic sua, estou acompanhando todas as que tenho, gostei muito, valeu muito a penas cada minuto sentada na frente do meu not book lendo. bjo pra vc

  • daninha_ponny Postado em 06/06/2014 - 20:15:13

    day sou meio lerdinha mesmo mas só consegui per a fic completa agora e sinceramente amei amei li ela inteira hj.....bjos espero a proxima

  • franmarmentini Postado em 04/06/2014 - 07:10:29

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII A HISTÓRIA MOSTRA COMO O AMOR PODE FAZER AS PESSOAS MUDAREM O QUE ACHAM DE TUDO!!!!!!!!! NÃO SEI PQ TEM GENTE QUE NÃO TAVA GOSTANDO....ADORO FIC*S ASSIM QUE PASSAM LIÇÃO DE VIDA...QUE MOSTRAM COMO PESSOAS PODEM SUPERAR SEUS MEDOS ENCONTRANDO O AMOR...BJUSSSSSSS VOU SENTIR SAUDADES DESSA FIC* vou aguardar vc postar o próximo link bjussssss

  • franmarmentini Postado em 04/06/2014 - 07:08:59

    :( fiquei super emocionada no final.

  • franmarmentini Postado em 03/06/2014 - 15:44:48

    poxa eu amo essa história...to feliz por vc terminar de postar ela :) pena que só entrei agora na pagina da fanfics...mas já vou começar a ler... bjussss

  • franmarmentini Postado em 03/06/2014 - 15:32:32

    *-* ai meu deus acabou...

  • iza2500 Postado em 03/06/2014 - 14:43:26

    Final maravilhoso, tive vontade de esganar o Nico, aff! Tadinha da Any,mas ainda bem que o Poncho percebeu que era mentira e que a Any o ama, agora como ele descobriu o bebê? Posta o Epílogo e vc vai fazer outra fic? Se for posta o link.

  • beca Postado em 03/06/2014 - 10:53:04

    LINDO FINAL...É UMA PENA QUE ACABOU, MAS NÃO DESISTA DE ESCREVER SUAS FIC SEMPRE VOU ESTAR AQUI PARA COMENTAR.

  • beca Postado em 02/06/2014 - 20:40:46

    Sempre acompanho nem sempre da pra comentar eu amei a história

  • iza2500 Postado em 02/06/2014 - 20:04:53

    Que fofo los A *--*, apaixonados! posta mais!!!!!!


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