Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Depois como já era tarde Lupita foi levar Dulce para dormir em sua casa e meu Tio me chamou para a tal conversa sobre o meu Pai que ele havia me prometido que iria contar algum dia e esse dia... Chegou.

Fomos para um local menos agitado da festa para podermos conversar tranquilos.

- Bom Miguel... – meu Tio suspirou. – Por onde eu posso começar? Não faço nem ideia filho... – passou a mão entre seus cabelos brancos.

- Bem... Sugiro que comece do começo Tio. – deu de ombros.

Em seguida ele suspirou, de longe se via que era complicado para ele mexer nesse assunto. – O meu irmão, o Emanuel ele sempre foi explosivo, se irritava com facilidade, muito ciumento e possessivo. Seus pais se casaram apaixonados, mas com o passar dos anos sua Mãe começou a reclamar para Cecília que seu Pai estava muito violento, até que um dia... Um dia o pior aconteceu, ele a matou Miguel. E assim antes de ser condenado ele me pediu para que cuidasse de você como um filho e lhe dizer que seus pais tinha morrido em um acidente de carro e assim fiz, somente pensando em seu bem. – finalizou ele emocionado com lagrimas nos olhos.

Era muita informação para mim, muito mesmo.

Traguei a saliva com meus olhos umedecidos e limpei a garganta. – Então... Então meu Pai é um... Assassino? – consegui perguntar atordoado.

- Sim... – respondeu meu Tio Patrício. – Mas ele se arrepende muito do que fez Filho.

Maneei a cabeça negativamente. – E como foi tudo? – perguntei atônico. – Como ele matou minha Mãe?

- De tanto bater nela, ele batia todos os dias, só que neste dia... Neste dia ele exagerou, bateu ainda mais e ela não resistiu.

Deixei uma lagrima solitária rolar por meu rosto. – E por quanto tempo é a pena dele?

- Até o fim de sua vida. – respondeu meu Tio em um suspiro.

- Nada mais justo! – cuspi entre os dentes de repente com raiva de meu Pai. – Eu o odeio Tio! – gruiu com minha mandíbula travada.

- Não fale assim Miguel, ele é seu Pai. – pediu meu Tio.

Sorri amargamente. – Pois preferia que ele realmente estivesse morrido no tal acidente de carro, como eu acreditava que fosse! – soquei uma arvore que havia ali perto e desabei no choro. Nem me importei com a dor que veio sem seguida.

- Não fale assim Miguel, eu já disse! Deus castiga filho! – meu Tio tocou meu ombro para me confortar.

- Não ligo! – retruquei escorado na arvore.

- Não seja assim... – murmurou ele.

- Me deixa sozinho... – pedi somente, sem ao menos fita-lo.

Ouvi ele suspirar e em seguida disse: - Tudo bem. – e depois escutei passos dele partindo.

Sai de perto da arvore e sentei-me no meio-fio da rua que quase não tinha movimento de pessoas, já que fora fechada para servir de estacionamento dos carros da festa.