Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Ao despertar ouvi ruídos vindos da sala, parecia que minha Tia Maíra e minha Mãe estavam discutindo. Isso não era novidade, isso era o que elas mais fazia quando estavam juntas. Sentei-me na cama e esfreguei meus olhos. Chorei tanto que acabei dormindo e nem me dei conta de quanto tempo mais ou menos. Nem sabia que horas eram e tinha marcado de sair com Miguel, mas na verdade não estava com animo algum.

De repente o silencio predominou, achei estranho, mas fiquei aliviada por finalmente a discussão ter chegado ao fim. Em seguida a porta de meu quarto se abriu antes mesmo que eu pudesse questionar quem era dessa vez minha Tia anunciou: Sou Lupita. Temos que conversar.

- O que foi Tia? Algum problema?

- Sim, todos – respondeu ela alterada. – Sua Mãe veio aqui falar coisas que não são verdadeiras de seu Pai, não veio?

- Ah Tia, como sabe que não são? – indaguei impaciente.

- Porque eu também o conheci, oras! – ela respondeu como se fosse obvio.

- Então como nunca me disse sobre ele, hum? – a desafiei seriamente.

- Porque somente quem tinha esse direito era sua mãe, mas já que agora ela resolveu abrir bico estou lhe dizendo que tudo o que ela disse é mentira. Única coisa que ela teve decência de falar a verdade foi o nome dele!

- Então me diga... Por que ele nunca me procurou? E por que deixou a mamãe? – perguntei agoniada. Será que ninguém poderia me falar a verdade?

- Isso não posso te dizer filha, mas tenho uma ideia...

- Qual?  - indaguei.

- Amanhã estaria disposta a ir até a casa dele conhecê-lo?

- C-como? – cheguei a gaguejar.

- Isso mesmo filha. Eu mantive contato com ele todos esses anos. Foi à maneira que pude para mantê-lo informado de tudo sobre você. Ele se interessa por você filha. Te ama e se importa. E ele se mudou para a capital ontem, sei o endereço, quer ir conhecê-lo?

- Ah, tudo bem... Ele se importa comigo, certo? Então pode me dizer onde ele estava quando eu estava naquela cama de hospital quase morrendo, hã? Pode? – me alterei com as lagrimas escorrendo em meus olhos.

- Ai filha, não seja injusta, não fale coisas que não sabe. Ele veio aqui em casa, queria te ver no Hospital, mas a Rosa o escorraçou daqui. Então ele descobriu em qual Hospital estava e foi lá, mas Rosa também estava lá... Ele pediu minha ajuda, mas eu disse a ele que não podia fazer nada. Falei para que ele procurasse por Miguel Arango Velarde que era seu noivo e tudo mais. Ele procurou, mas nesse dia a Rosa também estava lá escorraçando e discutindo com o pobre do Miguel, então ele achou melhor voltar para a cidade em que morava.

- Quer dizer que... Que ele se importa Tia? – indaguei com as lagrimas que não parava de escorrer pelo meu rosto.

- Mas é claro Lupita, ele é seu Pai e te ama. E tem uma verdade que você não sabe, mas somente ele poderá lhe dizer já que sua mãe não disse – em seguida ela me abraçou fortemente.

Em seguida bateram de leve na porta.

- Deixa que eu abro – disse minha Tia se levantando.

Limpei as lagrimas que ainda insistiam em cair e escutei a porta ser aberta.

- Miguel – exclamou minha Tia. – Bom, pode entrar. Irei deixa-los a sós – a porta se fechou novamente.

- O que aconteceu? Por que está chorando? – Miguel perguntou-me tudo de uma vez só. Em seguia o colchão afundou, pois ele se sentou no mesmo.

- Estou muito confusa Miguel... Me ajuda, por favor... - desabei em seus braços.

Miguel me recebeu como sempre carinhoso e amoroso.

- O que foi? Me diz o que está acontecendo...? – quis saber ele limpando minhas lagrimas em seguida.

Eu não conseguia falar nada, só soluçava constantemente em seus braços.

- O meu Pai Miguel... Ele... – não consegui terminar a frase.

- Calma... Assim não vou entender nada – ele disse tentando me acalmar. – Se acalme, aí depois sim me conta, ok?

Alguns minutos se passaram, alguns longos minutos na verdade e só depois disso é que me acalmei e por fim expliquei tudo a Miguel.

- E você está confusa, por que não sabe em quem acreditar? – questionou ele.

- Sim, exatamente isso – concordei.

- Bom, a melhor coisa Lupita é você fazer o que sua Tia Maíra disse a você. Vá visita-lo, conhecê-lo e assim esclareça as coisas.

- Ai... Não sei se é o certo... – pausei incerta. – Como que vou aparecer lá de repente na casa dele? Ele tem outra família e... E se não gostarem de mim Miguel?

Escutei ele dar um riso. – Lupita, é impossível não gostar de você, não sei por que ainda se importa com essas coisas – senti Miguel tocar meus cabelos de leve tirando algumas mexas de meu rosto. – Além de que ele é seu Pai e está louco para te ver, para te conhecer.

- É que... – meus olhos se encheram de lagrimas novamente. – Dependendo do que ele dizer sobre minha Mãe, ou seja, a verdade... Não sei se quero vê-la novamente... Sinto que o que está escondido de mim é serio Miguel, e é muito serio.

Ele suspirou. – Não diga essas coisas... Mesmo que a minha sogra não seja uma das melhores não se deve dizer isso. Sei que mudou Lupita, sei que antes era mais ingênua, sei que amadureceu, mas amadurecer não é ser uma pessoa amarga lembre-se disso. Agora se você for-me dizer que deseja passar um tempo na casa de seu Pai para poderem se conhecer mais e recuperar o tempo perdido é outra coisa.

- Não! Claro que não, estou custando a ir conhecê-lo!

- Ai, ai, ai – Miguel suspirou. – Como minha noiva é bobinha Meu Deus – me abraçou em seguida.

- Bobo é você – retruquei rindo. – Então, vamos sair? Eu só preciso de um minuto para poder me arrumar.

- Sair? – Miguel indagou. – Não precisa sair meu amor. Você estava mal, sei que não está no clima. Agente pode ficar aqui mesmo conversando até dar a hora de eu ir embora.

- Tem certeza? – franzi o cenho.

- Tenho sim.

Sorri em resposta.