Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Fizemos todos os exames existentes. E agora já tínhamos o resultado em mãos. Lupita já havia saído e estava à espera do resultado junto a Maíra. Agora, eu, Rocco e mais toda a equipe de Oftalmologia do Hospital estávamos reunimos numa enorme mesa prontos para o resultado que esta nas mãos do Diretor do Hospital que fora também o medico responsável por Lupita há cinco anos.

- Agora vamos ao resultado dos exames. Aqui neste papel está tudo o que fizemos, em um só exames, porque o que queremos saber é como se encontra a cegueira da paciente e se podemos fazer a cirurgia, se o risco aumentou ou não – disse o Diretor com o envelope amarelo em mãos.

Em seguida ele abriu, seus olhos passou pelo papel. Sua expressão era seria, mas assim era ele, então eu não poderia julgar ser por conta do que estava escrito ali.

Em seguida ele mirou cada um de nós, seu semblante continuava serio, mas logo passou para frustração.

Suspirou. – Como há cinco anos não haverá a cirurgia. Agora está ainda pior, porque o risco é ainda maior – disse ele serio.

Levantei-me com determinação e mirei cada um diante daquela mesa. – Não – neguei. – Não será como há cinco anos. Eu prometi e irei cumprir. Lupita voltara a enxergar – pausei e fui ao encontro do Diretor do Hospital, peguei de sua mão o exame e dei examinada no mesmo. Lá realmente mostrava a dificuldade da cirurgia. – Isso aqui pessoal – ergui o exame. – É só um papel com um monte de baboseiras! Todos nós somos capazes e não é isso aqui – joguei o papel na mesa com força. – Que irá nos barrar, não mesmo! – falei confiante.

- Sua confiança me contagia novato Arango – Dr. Martins se pôs de pé com um sorriso nos lábios, mas não era um sorriso sincero. – Mas todos nessa mesa sabemos que você – apontou para mim. – Ama essa garota, então está se envolvendo emocionalmente e isso não pode. Não é nem um pouco sensato – pausou e pegou o exame sobre a mesa. – O está aqui demonstra o risco que a paciente corre, e mesmo assim quer fazer a cirurgia? – disse agora serio.

Não me deixei abalar com isso, então continuei firme. – Escuta Dr. Martins, sim eu me formei principalmente por ela. Mas eu estudei e sei o que eu consigo. Essa cirurgia pode dar errado, mas pode também dar certo, ou seja, são 50% de cada lado. Então para que vamos deixa-la assim, se há o que ser feito ao alcance se nossas mãos? – indaguei me inclinando na mesa.

- Me desculpe Dr. Arango, mas não são 50% de cada lado – negou o Diretor do Hospital educadamente. – São 90% de chance de dar errado e 10% de dar certo. Isso é extremamente arriscado. Você agindo como medico ao invés de namorado dela sabe disso muito bem.

Deu-me vontade de dizer: Não, não sou mais o namorado dela, ela tem outro, mas deixei para lá isso não vinha ao caso agora.

E sim como medico essa sabia do risco enorme que ela corria, mas também sabia que havia chances e que milagres de Deus existiam na medicina.

- Já parou para pensar que esses 10% pode fazer a diferença? – indaguei-o. – Talvez por causa desse 10% ela volte a enxergar sem nenhum risco corrido. E eu como medico Diretor sei muito bem que essa cirurgia fora feita somente uma vez...

Fui interrompido.

- Sim, somente uma vez e o paciente faleceu! – exclamou Dr. Martin, estava evidente que ele não ia com minha cara.

- É nesse ponto que eu quero chegar! – bati as mãos na mesa. – Fizeram essa operação uma vez, e somente porque deu errado não arriscaram mais? – ri irônico. – Meu Deus do Céu, não estou ouvindo isso! – passei as mãos no cabelo impaciente.

- Foram feitos estudos Doutor! – Dr. Velásquez entrou na discussão pela primeira vez.

- Estudos Doutor, que não são tão confiáveis e certos assim! – protestei.

Em resposta ele se sentou e ficou quieto no seu canto.

- Estudos feitos por especialistas, Miguel! – Dr. Martin disse dessa vez.

- Eu sou também um especialista e eu digo que consigo fazer essa cirurgia, mesmo que seja sozinho! – alterei-me, estava ficando sem paciência com essa discussão.

- Você é muito teimoso rapaz! – suspirou Dr. Hernandez sentando-se na cadeira.

- Sem escrúpulos eu diria! – dialogou Dr. Martin.

Suspirei cansado. – Vamos a prantos limpos Martin – mirei-o firme. – O que tem contra mim? Por que pega tanto no meu pé? Isso é pessoal ou o quê? – ergui uma sobrancelha em questionamento.

- Está paranoico, é? – ele riu. – Acho que está reunião está tomando um rumo que não diz respeito.

- Acho melhor pararmos com essa discussão boba – Rocco pronunciou, sua voz estava extremamente serena, assim como seu semblante.

- Concordo com o Dr. Bezaury – replicou Dr. Hernandez.

- E em minha opinião quem tem que decidir se faz ou não essa cirurgia é a paciente – complementou Rocco. – Não é nenhum de nós desta sala. Desculpem-me, mas essa é a verdade – ele deu de ombros.

Fitei-o surpreso e sorri em agradecimento.

- Droga! – resmungou Dr. Hernandez. – Tenho que admitir que ele tem razão.

- O quê? – Dr. Martin arregalou seus olhos incrédulo.

- Isso mesmo a cirurgia só depende da paciente e se ela aceitar a fazeremos – concluiu ele.

- Certo – concordei. – Então posso ir falar com ele Dr. Hernandez? – perguntei contente.

- Sim, vá, mas não dê sua opinião no assunto, não há influencie – alertou ele serio.

Assenti. - Sim, claro. Pode deixar não irei fazer isso de maneira alguma. É contra a ética de um medico.

- Mas não a de um apaixonado! – provocou Dr. Martins.

O ignorei e sai de lá rumo onde ela estava onde Maíra.

- Lupita, venha no meu consultório, precisamos conversar – falei a ela.

- Já saiu os resultados? – Maíra levantou-se aflita.

- Se acalme Maíra – sorri gentil. – Tudo irá se resolver – a fiz sentar-se novamente. – Logo voltaremos.

Lupita levantou-se e caminhou com minha ajuda até meu consultório. Lá ela se sentou no mesmo lugar que antes, então comecei a dizer: - Lupita... Os resultados dos exames não foram tão favoráveis, - comecei a falar em um tom profissional e ela ficou um pouco atônica. – Mas há chances sim de correr tudo bem e de você voltar a ver. Tudo depende de você. Então a pergunta é: Você quer fazer essa operação?

Em um suspirou ela balançou a cabeça e respondeu: - Sim Miguel, eu quero muito.

Assenti. – Ok, mas como é meu dever devo te alertar que os riscos são maiores do que a chance de dar certo, mesmo assim você quer continuar?

- Quero. Quero sim – ela respondeu convicta. – Confio em você – acrescentou e essa parte abalou minhas estruturas que atualmente andavam tão frágeis.