Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Depois de muito conversar com Lupita voltei à sala de reuniões onde todos me esperavam ansiosos. Quando adentrei por aquela porta todos me encararam. Sentei-me no mesmo lugar de antes e anunciei: - A paciente Fernandez disse que quer sim fazer a operação. Disse que o que mais quer é voltar a enxergar.

- Não acredito que você não tenha a influenciado – se meteu no assunto Dr. Martin.

- Não a influenciei coisa nenhuma Doutor! – protestei impaciente com o mesmo.

- Se acalmem Doutores! – ordenou o Diretor do Hospital se colocando de pé. – Assim não vamos chegar à conclusão nenhuma!

Suspirei e me coloquei de pé. – Se me permite dizer Dr. Hernandez – pausei mirando-o. – O senhor disse que quem decidiria era a paciente e ela já optou por fazer a cirurgia.

- Está certo. Sendo assim está decidido: Haverá a cirurgia sim – concordou ele e fiquei aliviado por isso. – Venha até minha sala Miguel – completou se colocando de pé.

Juntos fomos até seu consultório, sabia que veria algo serio dessa “conversa”.

- Você realmente não incentivou Miguel? – Dr. Hernandez me encarou serio.

- Não senhor. Eu não fiz isso – respondi com sinceridade.

- Ok, iremos fazer essa cirurgia, mas com duas condições – pausou ele e o mirei confuso. – 1ª Somente daqui um mês, porque há pessoas na frente, você sabe disso muito, muito bem e 2ª Se algo acontecer à responsabilidade é sua, porque sabe muito bem dos riscos que corremos.

Assenti com um aceno de cabeça. – Estou ciente disto tudo que disse Doutor – concordei. – Irei me responsabilizar por qualquer coisa, mas tenho certeza que tudo vai acabar muito bem. E quero que se essa cirurgia acabar bem, que é o que vai acontecer, quero que tenham mais confianças neste tipo de operação, porque ela irá fazer muitos ter uma vida normal de novo.

- Certo Miguel – concordou ele. – E só mais uma coisa – veio até a mim e pegou-me pelos ombros. – Deixarei que toda a equipe te ajude, porque sei que ama demais essa garota – sorriu de canto.

- Obrigado. Agradeço de verdade – sorri de volta.

Depois que sai de lá vi Lupita na lanchonete com sua Tia. Mirei meu relógio de pulso e vi que já era hora do almoço, então fui até meu consultório tirei o jaleco e fui me juntar às duas.

- Posso? – sorri próximo da mesa.

- Claro, sente-se aí Miguelzinho – Maíra respondeu sorridente.

Então foi isso que eu fiz, me sentei na cadeira vaga que ali tinha entre Lupita e Maíra.

- Então Miguel? Quando será a cirurgia? – Lupita questionou-me.

- Daqui um mês Lupita, sei que demora, mas é porque houve muita discussão para eu conseguir que prosseguíssemos com a cirurgia, então o Diretor falou que será somente daqui um mês – expliquei.

- Tudo bem. Eu esperei cinco anos Miguel, um mês não é nada – ela sorriu de um jeito doce, e então percebi que sentia muita falta deste gesto.

Sorri. – Então está combinado. Daqui um mês contadinho esteja aqui no mesmo horário.

Ela assentiu.

Em seguida houve um silencio constrangedor na mesa, Maíra comia seu lanche no seu canto e Lupita fazia o mesmo.

- Bom, acho melhor já irmos, não é? - de repente Maíra se pôs de pé.

- Sim Tia – Lupi concordou, mas antes que ela ameaçasse se levantar também a segurei pelo pulso com delicadeza.

- Lupita – pausei. – Vamos conversar só um pouco. Depois eu a levo Maíra – falei fitando a mesma que assentiu e se foi.

- O que foi Miguel? – ela perguntou a mim em um suspiro.

- Quero confirmar o nosso encontro de hoje a noite – falei.

- Não é um encontro – discordou ela seria.

- Você me entendeu Lupita! – falei com impaciência.

- Está de pé sim Miguel. Ainda está de pé a nossa conversa de hoje à noite.

- E conseguiu achar a tal carta? – questionei ansioso.

- Sim, a achei sim. Não se preocupe que eu a levarei sem falta para você reconhecer a sua própria letra – levantou-se determinada. – Até mais tarde.

- Eu a levo – falei indo para o seu lado. – Sua Tia já saiu de dentro do Hospital – completei.

- Ok...

Sorri satisfeito e a levei até a Tia.

Depois voltei à lanchonete e fiz um pedido, pois estava faminto, por não conseguir comer bem no café da manhã.

- Será que eu posso? – era meu Primo Rocco.

Sorri. – Claro, senta aí – lhe direcionei a cadeira vazia.

Ele sorriu de volta e se sentou.

Limpei a garganta e disse finalmente. – Rocco, por que fez isso? – mirei-o. – Quero dizer, - pausei. – Por que ficou do meu lado? Pensei que não estivesse de acordo com o que eu estava fazendo.

Rocco se ajeitou na cadeira e disse: - Miguel, sou seu primo e não só isso, sou seu amigo. Meu dever era estar do seu lado, mesmo achando que estivesse totalmente errado, além do mais você fazer a cirurgia sozinho, não é prudente, porque é algo que tem de ser feito em grupo, e um grupo grande.

Assenti. – Tem razão. Obrigado por estar sempre ao meu lado e me desculpe pela discussão de hoje mais cedo – sorri sem graça.

- Sem problemas – ele riu. – Eu entendo, pois se trata da mulher que você ama. Falando nisso, então vão mesmo se encontrar hoje a noite?

Suspirei. – É vamos sim... – murmurei olhando para minhas mãos, estava desolado.