Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

O dia passou como todos os outros. Corrido. Eu andava de lá pra cá, fazendo as operações – sem ser a mesma que irei fazer em Lupita – realmente foi um dia corrido e estressante.

Meu relógio de pulso marcava 21h20min da noite. Fui até o estacionamento e peguei meu carro. Rocco ficou de ir de Taxi para a casa. Rapidamente cheguei ao lugar marcado que era um parquinho que ficava próximo de onde Lupita morava. Quando cheguei lá a encontrei sentada em um dos bancos.

- Me desculpe à demora – sentei me ao seu lado no banco.

- Não. Está tudo bem – disse ela.

- Veio sozinha? Digo, alguém te trouxe? – perguntei com preocupação.

- Vim com o Thor – respondeu Lupita.

- Ah é? – sorri. – E onde ele está? – dei uma olhada ao redor.

- Está passeando um pouco – mostrou a cólera em suas mãos.

Olhei ao redor novamente e vi ele fuçando em algo no meio do mato, estava um pouco longe de nós dois.

- Certo – concordei.

- Aqui está a carta – Lupita ergueu a mesma.

Traguei a saliva nervoso enquanto to pegava ela de suas mãos. Não  Consegui dizer nada, as palavras simplesmente não saiam de minha boca, nem para dizer um “Obrigado” ou quem sabe um “Ok”, mas não, não saiu nada.

Abri o envelope e o papel que estava dobrado duas vezes. Passei os olhos e de cara conclui que aquela letra não era minha, pela perfeição da caligrafia era uma mulher, mas quem poderia fazer tamanha crueldade?

- Essa letra não é minha Lupita – anunciei a ela.

A mesma se pôs de pé, não entendi muito bem sua reação. Mesmo assim fiquei de pé também.

- Por que insiste nisso Miguel? – indagou ela com ódio, ela estava muito alterada.

- Não estou mentindo Lupita – exclamei tentando manter a calma. – Para que eu faria isso?

- Eu não sei, mas que está mentindo está – pausou ela. – É claro, sou cega, então eu não iria saber se é verdade ou não o que diz, não é?

Bufei. – Droga Lupi, acredite em mim, por favor, ok? – quase lhe implorei.

- Sinto muito, mas não posso Miguel. Além do mais de que serviria isso tudo? Estou com o Javier e estamos felizes. Eu estou feliz – disse Lupita, apesar de parecer que dizia a verdade não pude deixar de notar algumas lagrimas caírem de seus olhos.

- Quer dizer o que com isso?  - quis saber mirando-a fixamente.  - Quer mesmo se eu provasse estar certo não voltaríamos?

- Isso mesmo Miguel – confirmou ela limpando suas lagrimas com as costas de suas mãos.

Assenti com um sorriso amargo nos lábios. – Está bem. Não posso fazer mais nada em relação a isso. Se quer assim...

 - Se já conversamos tudo que tínhamos pendentes eu já vou – disse ela pegando a corrente junto à coleira de Thor.

Em seguida o mesmo ao escutar o barulho da corrente veio correndo com a língua para fora como um louco. Ela o amarrou e se foi sem dizer nada.

***

Me encontrava agora neste exato momento no Fuark, era um bar famoso do México. Já tinha bebido seis copos de Uísque, então estava vendo tudo ao meu redor rodar como na roda gigante.  Coloquei a mão em meu bolso da calça tirando o bilhete da tal garçonete do Hospital de lá, ele estava todo amassado. Mesmo vendo as letras todas embaçadas e embaralhadas liguei no tal numero que logo atendeu.

- Alô?

- Oi, sou eu Dr. Arango. Ainda está a fim de ficar comigo? – minha voz saiu engasgadas devido ao álcool ingerido.

- Mas é claro que sim.

- Certo. Me passa seu endereço que vou até aí te pegar.

***

Despertei com minha cabeça estourando, pesada e latejando muito.

- Ai merda... – murmurei colocando as mãos sobre minhas temporãs.

Abri meus olhos lentamente e em seguida olhei ao redor. O que eu estava fazendo na casa que havia comprado para mim e para Lupita? Olhei no relógio na escrivaninha ao lado de minha cama, eram 04h00min da madrugada. Sentei-me na cama, e então vi que eu me encontrava nu. Foi aí que eu me lembrei da bobagem que havia feito.

Em seguida a porta do quarto se abriu a garota veio ao meu encontro com um champanhe em mãos junto a duas taças. Ela estava vestida com peças de roupas minhas.

- Oi – ela me saudou dando-me um selinho.

Não lhe respondi. Fiquei estático no meu canto.

Então ela colocou a bebida nas duas taças e me entregou uma.

- Não. Obrigado – neguei meio atordoado.

- Por que Miguel? – questionou ela aplicando um beijo em meu queixo.

- Escuta garota isso é errado – me desvencilhei dela.

- Engraçado que você não disse isso antes – disse beijando meu pescoço.

- Espera aí – levantei-me enrolado no lençol. – Me desculpe, mas isto está errado. Tudo aqui está errado! Entenda isso, garota! – ela me olhava confusa.

- Meu nome é Sabrina, só para você saber – disse ela intrigada.

- Certo, Sabrina. Se vista que eu te levo pra casa.

- Mas...

A interrompi. – Se veste que vou te levar pra casa! 

***

Lá estava eu novamente no mesmo bar de antes enchendo minha cara de novo. Só que agora eu estava mais bêbado, estava pior. Como eu estava no balcão pessoas iam e vinham sem parar para fazer seus pedidos. Aqui não era somente um bar, mas também uma boate e estava cheio de gente. Pedi uma garrafa de Uísque e paguei a conta. Resolvi ir embora. Abri a garrafa e fui bebendo o conteúdo no bico mesmo.  Enquanto passava em meio à multidão trombava sem querer nas pessoas. E quando trombei em um grandalhão ele me fito furioso.

- Me... Me desculpe... – murmurei com a língua enrolada, porém só piorei a situação quando acabei vomitando em sua camisa.

Os olhos do cara pareciam sair faíscas de tanto ódio, então ele me agarrou pela gola da camisa sacudindo-me violentamente.

- Tá pensando o que engomadinho? – questionou ele cuspindo em meu rosto, tamanha era sua raiva.

- Me soltaaaa... Não precisa choverrrrr em mim... Tá pensando o que meu filho?- soltei-me dele e sai cambaleando.

Em resposta ele me presenteou com quatros socos, dois de cada lado de meu  rosto. Não deu tempo de eu reagir, pois o cara acertou-me em seguida um em meu nariz e boca, arrancando sangue.

Quando ele me deu um pouco de tempo para que eu pudesse ao menos respirar tentei acertá-lo com a garrafa, mas foi em vão. Pois eu acertava apenas o ar, o nada. Aconteceu foi ao contrario, pois ele pegou a garrafa de minha mão e acertou em cheio em minhas costas. Cai no chão morrendo de dor. Porém mesmo assim ele veio para cima de mim acertando-me murros no rosto sem parar. Colocou-me de pé e me esfogueou na barriga, então cai novamente no chão agoniando de dor. O cara aproveitando do meu estado chutou-me diversas vezes na barriga, então os seguranças o deterão levando-o embora.  Fiquei caído no chão do estabelecimento ensanguentado, quebrado e morrendo de dor. Com um pouco de dificuldades peguei o celular ligando para Rocco.

- Alô? – ele atendeu meio sonolento, pelo tom de sua voz.

- Rocco sou eu... Miguel – me identifiquei com os pulmões quase sem oxigênios.

- Miguel? Cara, onde você está? Deve ter sido muito bom a conversa entre você e Lupita, né? – disse ele entusiasmado.

- Cara... Foi uma merda... – murmurei com dor na barriga. – Eu to ferido no bar Fuark... Vem me buscar cara...

- O quê? – ele quase me ensurdeceu. – Que Droga Miguel! O que você fez cara? – suspirou. – Estou indo para aí...

- Não demora... – gemi.

- Tá bem – desligou em seguida.