Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Definitivamente ele não estava bem. O único juízo que lhe restava havia ido embora há algumas horas.

- J-Javier... Está louco? – Lupita gaguejou, ela estava alterada, com medo que o pior acontecesse, até eu estava, porque a arma estava apontada na minha cabeça agora.

- Para com isso... Agora, por favor! – pediu com lagrimas nos olhos.

- Se acalma... Tudo vai acabar bem... – disse ele em um sussurro a ela.

Em um momento de distração dele tentei pegar a arma, mas não deu tempo e lutamos por ela. Javier forçou a mão para coloca-la em minha barriga, tentando atirar em mim com tiro queima-roupa, mas felizmente consegui pegar sua mão e coloca-la para o alto no momento em que ele disparou. Nesse momento tirei a arma de sua mão, mas ela acabou caindo no chão e Lupita caiu no choro desesperada.

Eu e ele nos entreolhamos ao ver que o revolver estava no chão, então fomos em busca do mesmo numa luta corporal constante. Rolamos no chão, um puxava o outro, mas ele infelizmente conseguiu pegar a arma e se pôs de pé. Antes mesmo que ele pudesse ir até Lupita eu já estava com ela atrás de mim, a protegendo-a.

- Não vai fazer nada contra ela! – avisei a ele ofegante.

- Isso não vai ficar assim – ameaçou Javier e em seguida guardou a arma. – Não vai mesmo. Estou falando serio – se virou para ir embora.

- Hey – fui até o mesmo puxando-o de volta. – Onde pensa que vai? – perguntei serio.

- Embora. Não é isso que querem? – questionou ele impaciente.

- Não antes de colocarmos tudo em prantos limpos – sorri pegando o gravador dentro de meu terno.

Javier franziu o cenho. – O que é isso?

- Espere e vera – fui até Lupita. – Vem, também quero que escute isso – guiei-a até mais perto dele.

Apertei o botão do gravador e a conversa com Lola começou a sair do aparelho.

“- Ai Miguel, finalmente vamos falar de nós dois.”

“- Escuta Dolores...”

“– Não gosto que me chame assim.”

“– Certo Lola. Quero que me diga sobre isto.”

“- Não... Na verdade nem sei do que se trata...”.

“– E agora? Refrescou sua memória?”

“- Miguel... O que é isso? Não estou entendendo... De verdade mesmo...”.

“– Não se faça de inocente porque sei que não é Lola!”

“- Me fala, por que fez isso? Não... Não... Porque eu já sei. Melhor, quero que me diga quem te ajudou.”

“- Ninguém.”

“- Ninguém? Tem certeza?”

“- Sim...”

“- Foi o Javier não foi?”

“– Sim... Foi ele quem teve a ideia e eu fiz todo o resto! Foi ele sim! Foi o Javier!”

“- Agora me diga... Diga em voz clara e alta: Foi eu e o Javier quem planejou a carta e foi eu que escrevi ela.”

“- Foi eu e o Javier quem planejou a carta e foi eu que escrevi ela.”

“– Isso! Como sei muito bem que não vai falar a verdade a Lupi, pode deixar que eu me encarregou de resolver tudo.”

O áudio parou de passar no aparelho, Lupita estava estático, pálida, não estava bem.

- Isso é mentira! – gritou Javier vindo para cima de mim e me enfocando.

- Me solta! – pedi quase sem ar, mas ele não o fez. Tentei força-lo a me largar, na tentativa de tirar suas mãos de meu pescoço, mas ele estava com raiva, por tanto tinha força de dez homens. – Me larga Javier... – minha voz saiu falha e rouca.

- Vou te matar! – os olhos dele brilhavam de ira.

- Javier, larga ele! – não sei como Lupita surgiu e tentou tira-lo de cima de mim em vão é claro.

- Não se meta! – gruiu ele louco da vida.

Eu tentava de todas as maneiras possíveis tirá-lo de cima de mim, mas o ar já me faltava e eu já não pensava coerente. As minhas forças também se reduziram a mínimas.

- Por favor, Javier larga o Miguel – Lupita insistiu em tentar tira-lo de cima de mim.

- Já disse para não se intrometer – gritou ele novamente e virou um tapa no rosto dela fazendo-a cair no chão.

Foi o suficiente para eu reunir minhas forças de antes e virar o jogo, ficando por cima dele como da outra vez esmurrei-o diversas vezes no rosto e na barriga deixando-o sem forças. Agora foi minha vez de enforca-lo.

- Agora eu que vou te matar! – gritei louco da vida.

De repente alguém me agarrou afastando-me dele.

- Me larga! – grui cólero.

- Se acalma Miguel – era Giovanni, ele não me soltou, sabia que se o fizesse iria matar o desgraçado do Javier.

- Deixa eu matar ele Giovanni! – gritei tentando sair dos braços dele em vão.

- Não vale a pena, além do mais os seguranças vão leva-lo – suspirou ele e então quando fizeram o que ele disse Giovanni me soltou.

Olhei ao redor. – Onde está Lupita? – questionei preocupado.

- Mia foi com ela até o toalete. Ela estava um pouco perdida – respondeu ele. – Depois você fala com ela, sei que quer isso – sorriu tocando meu ombro.

- Como não iria querer? – questionei tirando o terno estava soando. – Temos muitas coisas pendentes... – suspirei.

- Aquele Javier é maluco. Como arruma confusão no casamento dos outros? – indagou Giovanni incrédulo.

- Nem me fale. Ele estava com uma arma Giovanni – falei temeroso, não por mim e sim por Lupita.

- Serio? – ele arregalou os olhos perplexo.

- Pior que é serio sim – concordei. – E ele agora está solto por aí e jurou vingança a mim.

- Meu Deus do céu... – murmurou ele temeroso.