Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Papo para lá e papo para cá e logo Lupita surgiu junto a Mia. Ela parecia estar mais calma. As duas se juntaram a nós, porém Giovanni e Mia logo se foram para nos deixar a sós. A festa ainda rolava a todo vapor, já que o pessoal nem imaginava o que tinha acabado de acontecer.

- Se quiser te levo pra casa... Ou quer continuar na festa? – sugeri, para puxar papo.

Lupita suspirou. - Não... Não tem mais clima...

Assenti. – Então vamos? – levantei-me.

- Vamos – concordou ela e peguei na sua mão, e assim fomos juntos até o meu carro.

Quando já estávamos devidamente dentro do mesmo e indo para sua casa, comentei enquanto dirigia: - Sem querer ser chato, mas já sendo: Acho que precisamos conversar – mirei-a rapidamente, somente para ver sua reação e ela assentiu.

- Sei que precisamos fazer isso...

Tive vontade de dizer que esperava que agora tudo se resolvesse, mas não falei nada. Não queria pressioná-la. Dez minutos depois parei o carro na porta de sua casa. Tirei o sinto e mirei o para-brisa, onde a chuva fina caia. Não falamos nada, estávamos sem jeito um com o outro. Eu a entendia, pois para ela eu tinha a abandonado há cinco anos atrás e agora ela descobre que tudo foi uma farsa.

De repente ela retirou o cinto e virou de um jeito no seu banco que ficasse de frente para mim. Fiz a mesma coisa.

(Musica do Momento – Como se explica o amor? – Maite Perroni)

- Miguel... Quero que saiba que está tudo muito confuso... As coisas mudaram muito e mudaram de uma maneira que eu não esperava... – seus olhos demos travam confusão e arrependimento. – Eu sinto muito ter duvidado de você e de ter dito coisas horríveis a você.

Maneei a cabeça negativamente. – Você não teve culpa, foi tudo armação do Javier com a Lola.

- Ai a Lola, como fui ingênua... Pensei que estávamos nos dando bem – murmurou ela decepcionada.

- Não se culpe – peguei sua mão.

- Como ela pôde fazer isso Miguel? E por quê? Eu não entendo – Lupita estava angustiada.

Traguei a saliva e o passado veio à tona. Eu devia contar, certo? Já era hora, pois se eu tivesse contado isso há cinco anos talvez estivesse evitado tanto sofrimento por ambas as partes.

- Tem uma coisa que você não sabe e que nem sei como te dizer – dei uma pausa. – Mas... Um dia a Lola se declarou para mim Lupita.

- Como? – ela arregalou os olhos assustada.

- Isso. Ela se declarou, mas não aconteceu nada entre a gente, é claro. Com o tempo pensei que ela estivesse esquecido essa bobagem, no entanto foi aí que ela aproveitou nossa ingenuidade para armar tudo isso com o irmão.

- Ela nunca vai me aceitar – declarou Lupita deixando as lagrimas rolarem por seu rosto.

Abaixei o olhar sem saber o que dizer, pois pelo jeito Lola não tinha nem amor próprio, quem dera por sua irmã.

- Foi Lola quem não soube aproveitar a maravilha de irmã que ganhou Lupi, sendo assim, não se martirize por isso. Algo que não é sua culpa. Você tentou e tentou demais, porém não tem concerto. A Lola é assim e nunca vai mudar. Tem que entender isso – toquei de leve seu rosto.

- Não é tão fácil assim, mas vou tentar...

- Isso – sorri. – Me desculpe, mas estou aqui me corroendo para te perguntar uma coisa.

- O que é? – quis saber ela.

- E como fica agente? – fitei-a. – Ainda tem volta? Quero dizer, no seu ponto de vista, é claro. Porque no meu éramos para estar juntos desde sempre – admiti. – Primeiramente me responda se ainda me ama, porque não me respondeu isso naquele dia no hospital.

Fiquei esperando sua resposta ansiosamente, mas a mesma não veio. Em reposta ela abaixou a cabeça.

- Ele mexeu tanto assim com você? – ergui seu queixo.

- Não! – negou Lupi imediatamente segurando minha mão. – Eu te amo. Te amo muito Miguel, mas estou confusa...

- Acha que pode sentir algo pelo Javier? – questionei intrigado.

- Sim, apenas gratidão, nada mais – sorriu ela da maneira doce, como era antes... Com nos velhos tempos.

 Sorri de canto. – Sendo assim, estaria disposta a voltar a ser minha noiva? Só minha?

Seu sorriso se abriu ainda mais. – Sim Miguel, só sua – abraçou-me.

Era ótimo tê-la em meus braços novamente, senti-la tão perto de mim e sentir seu toque e cheiro. Era bom demais.

Afastamos-nos e sem rodeios enlaçamos nossos lábios em um beijo terno e doce. Segurando seu rosto com as duas mãos o beijo foi tomando proporções maiores. Lupita sem muita demora injetou a língua na minha boca, lhe dei passagem acariciando seus cabelos lisos e negros. Ela enlaçou um de seus braços ao redor de meu pescoço e a outra no meu tórax. Os movimentos eram lentos, porém ritmados, sincronizados. Passei minhas mãos pela sua cintura trazendo-a para mais perto de mim. Quando o ar nos faltou encostamos nossas testas e mantivemos os olhos cerrados,

- Nunca mais irei duvidar de você... – sussurrou ela.

Gemi. – Já escutei isso antes... – suspirei. – Cumprirá agora? – abri meus olhos.

- Sim, juro que sim – Lupita sorriu.

Nos afastamos. – Irei cobrar, hein? – ri.

- Não vai precisar – ela abraçou-me novamente.

- Que assim seja – beijei sua testa.

- Assim será...

Fui em busca de seus lábios, porém dessa vez mais “faminto”, era um misto de saudade, desejo e amor.  Mesmo no carro sendo apertado sei que daria para matarmos a saudades, até porque já fizemos isso antes neste mesmo carro. Os beijos foram se tornando mais urgentes a cada instante. Quando vi Lupita já tinha tomado à primeira atitude que foi abrir os botões de minha camisa e tira-la por completo. Ajoelhamos juntos no bando do carro para termos mais espaço, o que não era muito possível, mas estávamos tentando. Como os vidros estavam todos fechados suávamos muito, mesmo com o ar do carro ligado. Lupita passou suas mãos em todo o meu peito e barriga e quando chegou ao cinto abriu o mesmo. Minhas mãos passearam por suas costas, tentei tirar aquele vestido, mas naquele momento eu não estava entendendo onde se fazia isso. Somente voltamos a si quando um farol bateu em nossos rostos. Estávamos fazendo besteira. Bem, quero dizer, somente eu vi o farol e somente eu quem parei com esse “momento”.

- Eu te levo pra sua casa – anunciei colocando a camisa.

Ela sorriu e me deu um beijo nos lábios, um beijo rápido.