Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Pov Miguel

O tempo se passou, rápido demais até eu diria. O meu relacionamento com Lupita estava indo muito bem, melhor era impossível. O dia da operação é amanhã e hoje seria os exames pré- operatório, que estavam marcados para serem realizados a partir das 14h00min horas.

- Bom dia – saudei meus Tios que tomavam café da manhã me juntando a eles na mesa.

- Bom dia Miguel – meu Tio respondeu. – E então? Como se sente?

Suspirei. – Bem Tio e preparado também – sorri.

- Tudo vai dar certo. Você é um ótimo profissional – minha Tia sorriu docemente para mim.

- Tudo tem que dar certo Tia – meu sorriso se desfez um pouco.

- E vai sim, pode ter certeza – Tio Patrício tocou meu ombro.

Assenti e em seguida coloquei suco no meu copo.

- Bom dia – Rocco apareceu entusiasmado e se juntou a nós.

- Bom dia – respondemos todos.

- E aí Miguel? Confiante? – perguntou ele.

- Sim, claro. E você? – sorri.

- Também. Sei que tudo vai correr perfeitamente bem – disse ele convicto.

- Isso – concordei.

***

Era exatamente 10h00min horas da manhã, agora eu estava em meu consultório verificando exames de outros pacientes. Já havia feito o pedido para a enfermeira organizar tudo para os exames de Lupita, a mesma ainda não havia chegado, porém sempre é bom se antecipar ao organizar as coisas.

***

Horas mais tarde os exames de Lupita já estavam em minhas mãos. A mesma se encontrava na cadeira de frente para mim acompanhada de Maíra, que por incrível que pareça ficou calada todo o tempo. Ao verificar o exame, pude perceber que tudo estava certo. Não havia nenhum problema – além do risco já existente e informado – então a operação poderia ser realizada de fato, porém somente amanhã.

O quarto foi preparado para que ela passasse essa noite no Hospital. Maíra ficou todo o tempo ao lado dela e eu fui cuidar de minhas pendências com os outros pacientes.

***

A noite antes de ir embora, fui no quarto de Lupita visita-la. Abri a porta cautelosamente e encontrei Maíra com Lupita. Nenhuma das duas percebeu minha presença. Fechei a porta com mais cuidado ainda. As duas conversavam com muito entusiasmo, mas eu ainda não tinha conseguido entender sobre o que era. Fiquei quieto no meu canto, até que escutei Lupita dizer: - Ai Tia, estou tão feliz de estar assim com o Miguel novamente... Estou triste porque foi a Lola quem armou tudo, mas mesmo assim a felicidade de estar com ele é maior... Bem maior... – ela sorriu, era um sorriso tão grande.

- Eu fico feliz por você filha... – Maíra sorriu de volta.

- Sabe Tia, não vejo a hora de estar todos os dias ao lado dele. Queria que nos casássemos logo na igreja sabe... É tudo que eu mais quero, e acho que nós dois merecemos esse final feliz, né?

- Merecem ser felizes, mas não será o final – corrigiu Maíra.

- Foi somente uma maneira de falar Tia – Lupita riu.

- E filhos? Já pensam nisso?

- Bom... Eu e Miguel não tivemos tempo de falar sobre isso, mas há cinco anos atrás ele não estava preparado. Agora atualmente não sei...

- Pois acho que devem, né? – disse Maira. – Não tenho a ilusão que nunca tenham passado a noite juntos e sei também que não é de agora e sim de cinco anos atrás...

Lupita corou violentamente. Ela ficou vermelha, roxa, amarela... Todas as cores do arco-íris.

- Ah... Ai Tia – ela tampou o rosto com as mãos.

Tentei abafar o riso, mas não deu. As duas acabaram me descobrindo.

- Miguel? – indagou ela de olhos arregalados. – Ai não... – afundou a cabeça no travesseiro.

- Calma Lupi. Está tudo bem, não ouvi nada demais... – encolhi os ombros e comecei a rir.

- Tia, você sabia que ele estava aí e não me disse nada? – questionou ela indignada.

- Eu? – indagou ela. – Quem disse que eu sabia? Nem ao menos tinha o visto – defendeu-se Maíra.

Aproximei-me da cama dela com um sorriso no rosto. – Calma meu amor. Sua Tia não me viu mesmo não. É que eu cheguei de fininho – falei.

- Viu? – Maíra disse se colocado de pé, já que estava sentada na cadeira que havia ao lado da cama. – Bom, já vou indo. Tomar uma água e esticar as pernas um pouco – sorriu ela e saiu do quarto nos deixando a sós.

Ao invés de me sentar na cadeira que Maíra estava minutos antes optei por sentar-me na mesma cama que Lupita. A mesma se sentou, agora estava com um lindo sorriso no rosto.

- Não vejo a hora que chegue logo amanhã. Que o tempo passe... – comentou ela.

Sorri de leve. – Não fique ansiosa – pausei. - Assim o tempo passara mais lento ainda e será pior – acariciei seu rosto.

Ela assentiu. – É eu sei...

- Escuta Lupi, descanse, porque amanha o dia será cheio – beijei sua testa.

- Mas quem irá se cansar mais será você – ela riu de leve.