Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

- Não é bem assim – neguei. – Mas enfim, fique tranquila. Tudo vai acabar bem, pode ter certeza, viu? – lhe garanti.

- Eu sei Miguel. Confio em você – Lupita pegou minha mão.

- Obrigado. Isso ajuda muito, de verdade.

Em resposta ela me abraçou tão forte, que pensei que eu iria sufocar, mas claro que o correspondi da mesma maneira, com a mesma intensidade.

- Bom, eu já vou – separei-me dela. – Infelizmente tenho que ir... Para poder descansar para amanhã – inclinei-me perto dela. – Te amo – selei rapidamente nossos lábios.

- Te amo – disse ela quando nos separamos.

- Até amanha e tenha uma ótima noite – disse.

- Você também Miguel...

Sorri, dei um ultimo selinho nela e sai de lá.

***

No outro dia despertei de uma noite de sono tranquila. Tomei banho, vesti uma calça jeans clara e camisa branca e por fim fui tomar o café da manhã. Todos ficaram em silencio na mesa, não era um clima tenso, mas sim de concentração.

***

Rocco e eu chegamos ao Hospital Central. Como sempre o lugar estava movimentado, cheio de pessoas andando de um lado para o outro. Fui para o meu consultório, coloquei meu jaleco e dei uma ultima olhada nos exames de Lupita, não somente nos que foram feitos ontem, mas os anteriores também.

Depois fui no quarto de Lupita que dormia tranquilamente. Maíra já não se encontrava no quarto, somente a enfermeira que fazia anotações em uma prancheta.

- Está quase tudo pronto para a operação? – perguntei a ela.

- Sim, quase tudo pronto Dr. Arango – respondeu ela gentilmente.

Assenti e continuei lá velando o sereno sono de Lupita.

A enfermeira anotou mais algumas coisas e depois se foi. Deixando-me a sós com Lupita. Sorri de leve e inclinei lhe depositando um beijo na testa.

- Descanse o quanto quiser – toquei a mesma.

Em seguida a porta foi aberta, era Maíra com um copo de água em mãos.

- Bom dia filho – ela me saudou.

- Bom dia Maíra – sorri.

- Nossa, estou com as costas toda dolorida por ter passado a noite nesse sofá duro e pequeno, mas pela Lupita vale a pena – riu.

Sorri para ela. – Você, Maíra, é a Mãe que Lupi não teve, sabe disso, né? – aproximei-me dela.

- Sei sim – concordou ela mexida. – E ela é a filha que eu não tive também.

Abracei-a em seguida, ela correspondeu e assim ficamos um bom e longo tempo.

***

Quase uma hora depois tudo estava proto para a cirurgia. Lupita já estava na sala própria para o procedimento, mas ainda não estava anestesiada. Eu já estava devidamente vestido para esse momento. Entrei no quarto, e a equipe que iria me auxiliar já se encontrava lá prontos para a operação, inclusive Rocco.

Aproximei-me na cama, Lupita ai ainda estava acordado e não estava sob efeito do remédio, pois ainda não tinha sido aplicado.

- Miguel – disse ela e segurou minha mão em seguida.

- Sim? – apertei levemente sua mão.

- Quero que saiba que eu confio em você e mesmo que no final de tudo eu fique do mesmo jeito que estou não me importo tanto – sorriu ela.

- Eu sei que tem confiança em mim – pausei. – E sabe o que sei também?

- O quê? – quis saber Lupita.

- Que essa cirurgia vai ser um sucesso – sussurrei e lhe dei um selinho em seguida.

- Miguel – Rocco veio até a mim. – Já está na hora.

Assenti. – Ok – Rocco se distanciou novamente. – Está na hora meu amor – anunciei.

Lupita maneou a cabeça positivamente. – Certo.

Beijei sua mão que ainda estava unida a minha. Autorizei com um aceno de cabeça que Rocco aplicasse a anestesia nela.

Fiquei ali, enquanto o remédio fazia efeito.

- Te amo – creio que essa foi a ultima coisa que ela escutou, pois um pouco mais de dez minutos e ela acabou se apagando.

Agora poderíamos começar a operação. E assim demos inicio a essa demorada etapa.

***

Já tinha uma hora e meia de cirurgia, tudo corria bem.  Se continuasse assim, tudo ficaria bem no final. Eu não poderia garantir a visão, mas sua vida sim.

Do nada houve uma alteração no aparelho cardíaco. Algo de muito errado estava acontecendo.

- A paciente está tendo uma hemorragia – anunciou Rocco.

- Temos que... Que conté-la o mais rápido possível... – falei, minhas mãos estavam tremulas.

- Sim senhor – concordou um de meus assistentes.

Percebi que um vaso sanguíneo havia sido rompido.

- Miguel, não podemos prosseguir enquanto isso não for solucionado – disse Rocco.

- Eu sei Rocco, eu sei – concordei atordoado.

A única saída seria uma cauterização.  Porém primeiro teria que verificar se o sangue de Lupita estava coagulado, caso não estivesse teríamos que aplicar um remédio em sua veia.

 Rapidamente, antes mesmo que eu pedisse Rocco aplicou o anticoagulante que solucionava esse problema em Lupita.  Depois fui para a cauterização, era uma situação delicada um pequeno erro e tudo acabava aqui.

- Miguel, estamos perdendo ela – disse Rocco ao lado do aparelho cardíaco.

Mirei para o aparelho, a pressão sanguínea e cardíaco haviam caído de uma maneira brusca.

- Droga! – exclamei atordoado.

Dei inicio a uma massagem cardíaca, mas Lupita não reagia. Não acontecia nada, então apliquei adrenalina em sua veia, porém teve o mesmo resultado da massagem.

- Miguel, nada está adiantando. Não está obtendo resultado – disse Rocco.

O fitei, estava apavorado, mas não podia deixar o temor tomar conta de mim, não neste momento.

- Ok... Vamos usar agora o desfibrilador – anunciei, mantendo a calma.

Logo trouxeram a tal maquina. Peguei a mesma e comecei a usa-la em Lupita, era a ultima esperança...

- 1... 2...3... Afasta! – usei o desfibrilador nela.

- Continua caindo – anunciou Rocco aplicando adrenalina novamente nas veias de Lupita.

- 1... 2...3... Afasta! – fiz novamente o mesmo procedimento.

- Nada ainda Miguel!

- 1... 2...3... Afasta! – fiz a mesma coisa de novo, só que dessa fez foi com mais resultado, pois ela voltou.

Suspirei aliviado e então demos continuidade à cirurgia. Espero que nada assim ocorra durante a mesma, pois ainda teríamos uma hora e meia pela frente.

Por hj é só meninas. Arriscam dizer qual será o resultado dessa operação tão esperada e agoniante?