Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Sorri sem vontade, tentando ser gentil. – Legal... Olha, eu tenho que ir, mas... Ela logo me interrompeu. – Por que já vai? – indagou ela. – Nossa conversa está tão boa – sorriu e agora já estava a centímetros de mim. Ri com nervosismo. – Pois é, mas... Droga! Eu não fazia ideia de como sair desta! Foi quando Lupita levantou-se com sua expressão seria daquela mesa que eu me vi perdido. Ela caminhou com passos firmes até a mim, suas mãos formadas em punhos. - Algum problema? – questionou a mulher em minha frente tocando meu braço. Esquivei-me dela por extinto e a mirei confuso. Então já era tarde demais, Lupita já estava ao nosso lado. - Atrapalho? – questionou ela com as mãos na cintura e uma expressão desafiadora. A mirei atônico com seu prato em mãos, sem saber como agir e o que dizer. A mulher se virou para ela, continha um sorriso sínico nos lábios. - Na verdade sim. Quem é você? - Sou a dona deste prato – Lupi apontou, ela também continha no rosto um sorriso sínico. - É... É sim... Ela é dona do prato... – concordei engolindo em seco em seguida. - Ah, você é um garçom? – ela perguntou a mim fingindo-se de desentendida. Lupita respirou fundo, parecia tentar manter a calma que estava indo embora aos poucos. Apenas maneei a cabeça negativamente. - Não, ele não é garçom – pausou Lupita, seus olhos negros brilhavam de ódio. – Então, se veio conversar com ele com esse intuito, pode ir. Pode deixa-lo em paz! A mulher riu e jogou seu cabelo para trás, de um jeito zombeteiro. – Não, não foi para isso – negou ela e em seguida se virou para mim. – Foi para isso – colocou um pedaço de papel no bolso de minha camiseta. - Bye, bye! – e assim ela se foi. Fiquei estático, estava muito temeroso. Lupita me fitava com ódio, parecia querer matar alguém. Esse alguém era exatamente... Eu! - Não fiz nada... – murmurei em um fio de voz. - Exatamente! – exclamou ela exasperada. – Esse foi o problema. Você não fez nada! – pegou seu prato de minha mão e saiu rumo à mesa sem falar nada. Olhei para os céus e rezei para que eu conseguisse reverter essa situação. Voltei à mesa e sentei-me no mesmo lugar de antes. Agora Lupita comia com mais vontade ainda. Me fitava com ódio, com ira e bem... Eu não merecia... - Ah meu amor... Não me olhe assim vai... – pedi manhoso. Então ela limpou sua boca com o guardanapo e disse: - Quer que eu te olhe como depois disso que houve, hã? - Olha – suspirei. – Eu não fiz nada – peguei sua mão – Não quero aquela mulher. Quero só você. - Não quero saber Miguel! – negou alterada. – Você deu moral para ela, deu moral! - Eu? – indaguei incrédulo. - Sim. Você. Suspirei, já não sabia o que argumentar. *** Entramos em nosso quarto do Hotel. Lupita foi na frente, sem olhar para trás ou hesitar foi até o nosso quarto. Vi a cena confuso, sem entender nada. Fechei a porta e então logo ela voltou com um travesseiro em mãos e um lençol, jogou tudo sobre o sofá. Sua expressão estava fechada, seria, seria até demais. - O que é isso? – questionei. - Vai dormir aí. Não está na cara? – Lupita indagou mal-humorada. - O que? – disse incrédulo. – Como é? - Isso mesmo que escutou. Está surdo agora é? – ela cruzou os braços com impaciência. - Não pode fazer isso Lupi... – murmurei inconformado. - Não só posso como estou fazendo – disse com um sorriso irônico nos lábios. - Não posso dormir nesse sofá duro. Olha, – apalpei o mesmo. – É muito duro e pequeno. Lupita deu de ombros. – Então vá dormir com sua amante, que lá terá cama – e se virou voltando para o quarto. Fiquei boquiaberto com o que ela disse, depois suspirei e murmurei: - Deus me ajude. Eu me apaixonei por uma neurótica... - Eu escutei isso, tá? – ela gritou do quarto. Fui até o quarto e perguntei. – Posso pelo menos pegar o meu pijama? Lupita deu de ombros. – Pega – respondeu apenas e se cobriu para dormir. Fui até minha mala, peguei meu pijama, fui ao banheiro troquei de roupa e escovei meus dentes. Quando sai de lá Lupi dormia como um anjo. Apaguei a luz e sai de lá fechando a porta com cuidado. E assim depois fui dormir na minha “cama”, não era justo, mas Lupita estava com raiva de mim.