Fanfic: Amor Real (Miguel y Lupita)♥ {Finalizada} | Tema: Herroni

Pov Lupita

Despertei com alguns ruídos vindo da sala de estar. Temerosa fui verificar o que era. O estranho era que Thor nem ao menos havia latido. Estava tudo escuro. Andei com cautela e acendi a luz. Quando fiz isso vi Miguel jogado no sofá, de barriga para baixo, praticamente inconsciente.

Não entendi muito bem... Por que ele chegou assim? Não era para estar no plantão?

Aproximei dele, o cheiro de álcool era evidente, pois estava forte demais.

- Miguel? – o chamei uma vez. – Acorda meu amor.

Ele não deu nem sinal de vida.

O sacudi. – Miguel, acorda vai!

- Me deixa em paz... – ele murmurou nada sóbrio, sua voz saiu estrangulada, abafada e sua língua enrolada.

- O que aconteceu?  - agachei a sua altura. – Anda, me responde! Acorda! – falei preocupado o sacudindo, mas ele não reagia.

O telefone fixo tocou, fui correndo atender antes que minha Tia acordasse com o barulho.

- Alô?

- Guadalupe, aqui é o Dr. Hernandez. Miguel já chegou?

- Sim – respondi. – Alias o que houve Doutor? Ele chegou aqui bêbado, não sei o que houve.

Ele suspirou do outro lado da linha ates de responder-me. – O Pai de Miguel apareceu aqui Guadalupe, imagina como ele está.

- O que? – indaguei perplexa. – o Pai dele?

- Sim, exato – confirmou o Doutor.

- Agora eu entendo tudo... – murmurei dando uma olhada em Miguel inconsciente no sofá. – Meu Deus... Coitado dele...

- Sim, Miguel está mal.

- Obrigada Doutor – agradeci. – Vou cuidar dele agora.

- tudo bem. Boa noite.

- Para o senhor também.

Desliguei e fui até Miguel.

- Miguel acorda meu amor – acariciei seus cabelos, mas ele não iria fazer isso tão cedo, estava totalmente tonto. Com um pouco de dificuldades coloquei-o sentando no pequeno sofá. – Vem Miguel – o coloquei de pé apoiado em meus ombros, mas ele era pesado demais. - Tia! – gritei a mesma.

Logo ela apareceu na sala e espantada indagou: - Mas o que é isso? Por que Miguel está assim? Não é possível que continue do mesmo jeito de antes!

- Tia! – a repreendi. – Não é isso. Não é nada disso, tá bom?

- Mas Lupi, minha filha, sei é que seu marido, que o ama, mas não o defenda quando estiver errado. Olhe só a situação de Miguel.

- Tia, por favor, não fale coisas que não sabe! – exclamei impaciente. – É uma longa história. Agora, por favor, pode me ajudar? – pedi a ela seria.

- Tá bem. Ok... - concordou me ajudando a leva-lo para o nosso quarto. – Se precisar de mim é só chamar – sorriu sem graça.

- Está bem – pausei. – Está tudo bem agora – lhe garanti e ela saiu do quarto em seguida.

Tirei os sapatos dele, a calça e coloquei um pijama, o cobri e deitei ao seu lado.

***

Na manhã do outro dia levantei-me deixando Miguel ainda na cama. Fiz um café da manhã bem reforçado para Miguel principalmente.

- Bom dia – saudou-me minha Tia.

- Bom dia – sorri colocando algumas coisas na bandeja para levar para o quarto.

- Miguel acordou?

- Ainda não – respondi colocando uma flor no copo com água.

- O que houve com ele? – quis saber ela curiosa como sempre.

Suspirei. – É que o Pai dele que estava preso o procurou ontem no hospital.

- Mas será que houve o que?

- Não sei... – murmurei. – Mas vou lá nele – peguei a bandeja e fui em direção ao quarto.

Ao entrar vi que a cama se encontrava vazia e vinha um barulho de água de dentro do banheiro. Isso indicava que Miguel tomava banho.

Quando pensei em ir ver como ele estava, se estava bem a porta do banheiro abriu.

(Musica do Momento – Como Decirte Que Te Quiero – Axel)

Miguel estava só de toalha. Cabelos molhados, tórax também e um belo e tímido sorriso no rosto. Estava abatido, com olheiras debaixo dos olhos e um pouco pálido.

- Bom dia – fui até ele e lhe dei um selinho.

- Bom dia - ele disse depois que finalizamos o breve beijo.

- Se sente melhor? – perguntei a ele colocando a bandeja sobre a cama.

Miguel colocou uma peça de roupa que havia tirado do guarda- roupa e colocou sobre a cama. Depois se sentou na mesma e eu também fiz o mesmo, me sentei ao seu lado.

- Não sei o que dizer... Nem ao menos sei se me sinto melhor... – disse com uma fragilidade que me despedaçou o coração.

- Miguel, sei que é um momento complicado que está passando, mas tudo vai acabar bem. Você vai ver.

Em seguida ele fitou-me. – Você não entende...

- Então me faça entender – pedi.

Miguel hesitou por um breve momento, então começou a dizer: - Não quero aquele homem perto de mim. Ele matou minha mãe, mesmo que o certo seja perdoa-lo não consigo e nunca irei conseguir. Não vou dizer que o odeio, mas também não amo. Não tem como ama-lo como um Pai.

- Mas o que ele disse a você ontem?

Miguel deu um sorriso amargo. – Disse que me amava muito, que também amava minha mãe e que se arrepende do que fez.

- Miguel, mas e se ele realmente se arrepende? Não mereceria o perdão? – indaguei.

- Não – ele negou firme. – O que ele fez não merece perdão. E tenho certeza que não se arrepende, e mesmo que for assim não quero ele perto de mim, nem perto de ninguém que me cerca. E muito menos perto de você – os olhos dele brilhavam de ódio.

- Tudo bem. É a sua opinião, e se acha que tem que ser assim tudo bem. Estarei sempre ao seu lado te apoiando – sorri e abracei-o.

- Obrigado – ele agradeceu e apoiou sua cabeça em meu ombro.