Fanfic: Childs: Sub Mundo | Tema: Sobrenatural

Quanto mais andava pelos corredores escuros mais se sentia amedrontada, os rostos nas paredes a observavam, o som da chuva caindo sobre o telhado a assustava, relâmpagos que iluminavam de relance cantos escuros, pareciam mostrar criaturas assombrosas que a assustavam ainda mais. Ao descer a escada, cada degrau era um desafio a se superar, certos momentos pensava ter visto alguem a olhando do topo da escada, mas seu medo a impedia de olhar atentamente. Suas pernas bambas, e suando frio, desceu as escadas correndo rapidamente, tropeçando entre os degraus sem olhar para trás no desespero, e pensamentos que a assombravam, se lançou sobre o primeiro interruptor de luz que viu, ao iluminar a sala sentiu - se aliviada, mas onde estaria seu irmão?

Calmamente andou até a cozinha, pensou que ele poderia ter sentido sede e assim ido tomar água, um raio rasgou o céu e Bia saltou de susto, se deparando com novamente os ruídos no sótão, e a impressão de estar sendo observada "quem é aquele lá fora?" pensou aflita. Piscou seus olhos fortemente, e quando os abriu não havia ninguém. 

- Aaaahh, Biaaaa!!!!

Assustada pelo grito de seu irmão, Bia correu, até onde pensou ter ouvido o grito, correndo desesperadamente atrás de seu irmão, pensou ter ouvido a maçaneta da porta mas não deu atenção. Chegou em outra parte de sua casa onde se localizava os quartos de hóspedes, sentiu - se amedrontada com as fotos de seus parentes falecidos, até de sua mãe Isa que a observava atentamente mas principalmente de seu tio  esquizofrênico Edu que dizia que a casa possuía espíritos ruins, o homem havia falecido no jardim sentado em uma cadeira de balanço, que seu pai retirara após o ocorrido. Bia percebeu que a luz do banheiro estava acesa, gritos ecoaram "aaaaaahh droga", Bia se deparou com algo que assustou profundamente, nunca havia visto essa cena antes. 

- Aaaah oque é isso?

Maky estava sentado no vaso, esperando Bia chegar pois o papel havia acabado. Após uma discussão, e o garoto ter explicado que desceu para beber água, quando sentiu vontade de ir ao banheiro, mas subir as escadas não daria tempo. Mas algo que Maky disse mudou o tom da conversa "você viu quem era que tava la fora?". Bia e Maky se assustaram ao ouvir o som da velha maçaneta da porta da frente, olharam atentamente por trás da parede, havia alguém na porta não poderia ser seu pai ele fica na delegacia a noite inteira, quem sairia para vir aqui nessa tempestade? se perguntaram. Uma voz rouca e familiar ecoou para dentro "ei abram sou eu". 

- Eu quem?

- Andy, a vizinha que faz estágio na delegacia.

Um alívio imenso foi sentido por eles que já não aguentavam essa situação, a porta foi aberta Andy explicou que João pediu a ela que desse uma olhada em seus filhos, e por isso estava ali mas não podia demorar pois tinha que ir para casa. Após conversarem, Andy ia embora quando Maky disse:

- Ata, então era você que estava no jardim.

- Que jardim? Eu cheguei agora, xau beijos.

A sensação de medo voltou Bia e Maky, ouviram os ruídos, e novamente gritos vindos do sótão, mas havia algo diferente desta vez, os gritos de antes pareciam ser femininos mas agora eram graves e diziam coisas, que não conseguiam compreender. Com medo e angustia, caminharam juntos até as escadas, quando algo parecido com uma pessoa apareceu em sua janela, próximo a escada GRITOS "não gritem sou eu Zamorano". Zamorano era o velho homem que morava em uma casa do outro lado da rua, já fora preso por invasão uma vez, seria ele o responsável por isso? Mas como? Ele entrara todas as noites em sua casa? Não mesmo pensou Maky. 

- Só vim devolver a serra elétrica de seu pai.

Com medo da situação Bia saiu de sua casa e pegou a tal serra, seu irmão não conseguiu esperar sozinho em casa e a seguiu, ao pegarem a serra notaram que estava suja com um líquido vermelho "sangue?" pensou. O misterioso e assustador homem seguiu seu caminho e se perdeu na escuridão, o vento chegou com força correram a sua casa, com receio Maky entrou, puseram a serra no quarto em baixo da escada. Os ruídos continuaram, gritos foram ouvidos, ou algo parecido, mas naquele momento não sabiam diferenciar. Algo que soou realmente amedrontador se ouviu do andar de cima, "assovios?" se perguntaram, quem estaria ali em cima?

Maky pegou um taco de sinuca da mesa e Bia foi na frente, subindo as escadas sempre com a estranha sensação de que alguem os olhava, um clarão e um som estridente adentrou a casa, "uma sombra" gritou o garoto, parecia que alguem os esperava lá em cima, mas se alguém estava lá porque não se revelava? Não dizia oque queria? 

Ao subirem Bia reparou que um quadro que antes a observava com atenção, agora não estava mas lá, oque acontecera? a mesinha de madeira antiga próxima ao quadro estava com seus objetos derrubados. 

- Alguem estava aqui!! 

Disse Maky com a voz trêmula.

- Se estava aqui não desceu, porque a gente estava lá em baixo.

- Mas saímos para pegar a serra do papai.

Oque estava acontecendo? E porque justo quando seu pai saíra, seria uma brincadeira de mau gosto de um de seus amigos? Alguém entrara para roubar? Seu pai tinha inimigos afinal ele é policial, e por isso prende criminosos, seria um deles em busca de vingança?

Andando pelos corredores estreitos, largos e escuros essa sensação de perseguição não parava de amedronta - los, outro relâmpago ilumina o corredor, Maky aproveita para acender a luz no interruptor mais próximo, mas em vão "não acredito a energia acabou!", agora eles estavam a merce da escuridão, nas mãos de quem entrara em sua casa, os ruídos do sótão se tornaram mais ameaçadores do que nunca!! Oque iriam fazer se alguém aparecesse para pega - los? Em meio a escuridão Maky lembrou que estava com seu celular, usou um App de lanterna para iluminar o ambiente "lumos" disse ele em um momento de descontração. O medo de encontrar alguem ou algo em meio a escuridão assolava suas mentes BOOOMMM se ouviu um estrondo, um trovão assustaram -  nos, chegaram perto ao quarto de seu pai e tiveram a impressão de que alguem estava la dentro, a porta estava entre aberta, seu pai não deixava a porta entre aberta nunca, uma mania que tinha, um vento gelado passou por eles deixando - os arrepiados, o mesmo fechou a porta fortemente, abriram - na cuidadosamente com o ranger de suas trancas, revelando algo inesperado.