Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Pedro: Nenhuma pista senhor guarda?

Guarda: Infelizmente não... Voltamos somente para abastecer o helicóptero e retornamos com a busca aérea

Dulce: Eu posso acompanhá-lo novamente? *enxugando as lágrimas com um lenço oferecido por Poncho*

Comandante: Acho melhor a senhora ficar e levarmos alguém da equipe e com mais experiência

Guarda: Também concordo... Sei que está aflita, mas na minha opinião estaria ajudando muito mais se desse seu lugar a
alguém que sabe como agir, porém a escolha é sua

Dulce: Não, se é para o bem do Chris pode chamar outra pessoa... Eu fico aqui aguardando

Cristian: é assim que se fala Dul, vamos fazer tudo o que for melhor pra que ele seja encontrado

Anahí: Não vamos te deixar sozinha em nenhum momento

Maite: Olha Dul, toma esse café com leite... não comeu nada ainda hoje

Poncho: Assim vai acabar ficando doente

Dulce: Não tenho vontade nenhuma de comer... Minha boca amarga e sinto como se tivesse uma montanha russa no meu estômago

Anahí: Faz um esforço, hum? Só um pouquinho...

Cristian: Todos nós estamos assim, mas é preciso estarmos firmes pra quando o Chris voltar... Garanto que ele não ia gostar
nada de te ver assim

Dulce: Vou tomar só até onde agüentar... sinto um entalo na garganta como se não pudesse engolir nada *tomando o leite*

Pedro: Dul, tenho uma notícia pra você

Dulce: Espero que seja boa...

Pedro: A Alejandra alugou um jatinho e está a caminho daqui... acho que não demora muito pra chegar

Dulce: Ainda mais essa... Acho que não estou com o mínimo de paciência pra aturar os ataques de chilique daquela mulher

Anahí: E acho melhor você estar preparada porque pelo jeito que ela falou ao telefone vem com a corda toda em cima de você

Maite: Mas não precisa se preocupar porque vamos estar ao seu lado o tempo inteiro

Dulce: Meu medo é de perder a paciência com ela... Sei que o Chris não ia gostar nada, mas é difícil de suportar aquela ali
 
Poncho: Na minha opinião vocês deviam aproveitar esse momento para estarem unidas, já que o Chris é o que existe de mais
importante para as duas

Dulce: Duvido que ela me dê sossego... Vai fazer de tudo pra por a culpa em mim, me julgar o tempo todo. Eu a conheço e sei
bem do que é capaz

Pedro: Vamos deixá-la chegar e aí sim saberemos o que vai fazer

Dulce: Chega, não consigo mais *afastando o copo*

Anahí: Mas Dul, você não tomou nem a metade

Dulce: Não desce, gente, na boa... preciso ir ao banheiro *levantando-se* sabem onde tem um?

Maite: O feminino é logo ali... Vamos eu te acompanho

Dulce: Não precisa, eu estou bem *saindo*

Cristian: Nunca vi a Dulce tão abatida

Poncho: Nem eu... Precisamos fazer alguma coisa pra ajudá-la... Não quero nem pensar na hipótese de o Chris estar...

Anahí: Ei não fala bobagens, amor... Vamos achá-lo são e salvo ok?

Maite: Any, o Poncho tem razão... É difícil pensar assim porque temos a esperança sempre, mas também não podemos nos
esconder da realidade

Cristian: Ei, mas também não podemos demonstrar nada disso pra Dul, galera, mesmo estando perdendo as esperanças... Ela já
está muito mal

No banheiro Dulce chorava vendo seu reflexo no espelho enquanto lavava as mãos. Por mais que tentasse evitar não conseguia
parar de ter pensamentos ruins com relação a Christopher. Cada lágrima descia quente pelas maçãs de seu rosto enquanto
oscilava pensamentos negativos com lembranças de momentos bons e inesquecíveis vividos entre os dois. Podia ver nítido no
espelho algumas cenas dos dois dançando em shows, brincando em casa, brigando, se divertindo com os amigos... quando se
conheceram, quando se apaixonaram... e outra hora os bons pensamentos eram substituídos por imagens de um Chris nunca
visto... chorando, pedindo por ajuda, caído, machucado e ela se desesperava. Na floresta Chris despertava com um raio de
sol em seus olhos que tentavam enxergar algo além de mato na esperança de que tudo não passava de um sonho ruim. Tinha
adormecido durante a madrugada depois de caminhar horas pelo escuro. Estava exausto e mal podia sentir as pernas, que já
começavam a ficar dormentes pelo frio, assim como as pontas dos dedos das mãos, apesar de estar usando luvas. Olhou do lado
e o gatinho estava dormindo encostado a sua coxa como que procurasse algo quente pra se aquecer. Tentou levantar, mas caiu
sentado sentindo uma forte tontura. Sentiu a vista escurecer e ficou paralisado esperando o mal estar passar com a
respiração ofegante e o coração acelerado. Começava a se dar conta de que a situação era bastante grave e entra em
desespero [eita drama mexicano hsuahuahsuahs]. Já não tinha muita consciência do que fazia e passou a chorar. Sentia medo.
Medo de não conseguir voltar... medo de morrer e de ficar ali para sempre. Também pensava em Dulce e que não iria vê-la
nunca mais. Não realizariam seu sonho de terem um filho nem de ficarem juntos até chegar a velhice...

Numa segunda tentativa de se levantar procurando forças de todos os seus músculos cansados, ele desfalece e cai novamente.
Dessa vez desacordado. O animal, seu único companheiro, lambia seu rosto como se tentasse reanimar seu amigo, o que era em
vão. Christopher não se movia. Estava estático e pálido.

No posto da Guarda Florestal Anahí estranhava a demora de Dulce e foi até o banheiro verificar o que estava acontecendo.
Encontrou a amiga sentada no chão encolhida na parede do Box com a cabeça apoiada nos braços recostados nos dois joelhos.
Seu choro era silencioso, porém ininterrupto. Soluçava demasiadamente...

Anahí: Candy! Levanta daí... vem, o que houve com você? Está se sentindo mal... Vou chamar ajuda

Dulce: Não... Any me abraça

Anahí: Dul... *atende o pedido e fica em silêncio apenas oferecendo seu ombro pra amiga desabafar*

Dulce: Sinto que o Chris está m-mal... Posso s-sentir aqui dentro... *soluçando* Ele precisa de mim e e-eu não posso fazer
n-nada

Anahí: Vem Dul, levanta desse chão imundo... Vamos lá pra fora e você vai melhorar...

Dulce: Não quero que me vejam assim

Anahí: Todos estão triste, Dul, e somos sua família, deixa de besteiras, vem

Dulce: Eu to com medo... Nunca senti algo assim. É como se metade de mim estivesse fora... morrido... não tenho vontade
de fazer nada a não ser de encontrá-lo... não quero mais viver

Anahí: Ei, não fala uma bobagem dessas! Eu te proíbo ok? *segurando o rosto de Dulce com força* Eu sei que é difícil e que
é o pior momento de sua vida, mas nada é motivo pra querer deixar de viver

Dulce: Pois é assim que eu me sinto... e se ele não voltar pra mim eu morro

Anahí: Já disse pra parar com isso... agora anda levanta e vamos embora daqui porque esse mal cheiro já está me dando um
enjôo

Dulce: Any, com toda essa confusão esquecemos de fazer o seu teste

Anahí: Deixa isso pra lá... depois resolvemos isso, o que importa agora é somente o Chris

Dulce: Mas...

Anahí: Não discuta comigo. Lava esse rosto e vamos sair daqui *Depois de passar água no rosto e se recompor Dulce volta
a se unir ao grupo junto com Anahí*

Dulce: E aí, Pedro, alguma notícia?

Pedro: Não, nenhuma

Cristian: Galera acho que já é hora de dar alguma declaração para a imprensa. Não me preocupando com eles, é claro, mas
com os fãs do Chris

Poncho: Você tem razão... a essas alturas já deve ter sido especulado muita coisa

Maite: Dul, não se importa?

Dulce: Não... Acho que os fãs têm todo o direito de receberem notícias

Anahí: Mas então... Quem irá se pronunciar?

Pedro: Deixa... Eu vou escrever uma nota e passo para todos os meios de comunicação

Dulce: Faça como quiser

Pedro: Vou lá agora mesmo.

Cristian: Vou com você

Pedro: Então vamos... Com licença *saem*

Maite: Dul, conta como foi o vôo

Dulce: Normal... não dava pra ver muita coisa por causa da altura das árvores, mas o comandante e o guarda pareciam bem
responsáveis e profissionais

Poncho: É, eles parecem bastante empenhados

Anahí: Dul, tenta de novo o celular do Chris... quem sabe não dá sorte?

Maite: Nossa já descarreguei a bateria do meu de tanto que liguei

Dulce: E o meu já está quase sem também, mas não custa nada tentar... o problema é que o celular dele sequer chama...
*liga o telefone dá sinal*

Dulce: CHAMOU! CHAMOU... TÁ CHAMANDO, GENTE... ATENDE CHRIS, ATENDE... *todos estavam de pé e agoniados*

Anahí: Nada?

Dulce: Não... *andando de um lado pro outro*

Maite: Fica esperando... *na floresta o celular vibrava no bolso direito do casaco de Chris. Dulce insistia, mas ele
desacordado não tinha como atender. O aparelho continuou chamando e chamando sem resposta, o que para Dulce foi ainda
pior*

Dulce: Ele não atende *chorando* Porque? Tinha que atender... ele tinha... Você não pode fazer isso comigo Chris, não
pode...

Poncho: Me dá aqui Dul *pegando o aparelho da mão dela* Eu vou deixar um recado na secretária eletrônica... ele pode estar
dormindo e não viu as chamadas

Dulce: Claro *limpando as lágrimas* me dá que eu falo... *liga novamente* Chris, meu amor... onde você está? Fica tranqüilo
porque a gente já está indo te buscar ok? Quando ouvir essa mensagem vai para um lugar limpo sem muitas árvores onde possa
ser visto pelo helicóptero... nos ajuda a te encontrar, meu bem, eu não posso viver sem você *chorando*. Eu te amo e não
vou desistir de te encontrar nunca, nem que pra isso eu tenha que enfrentar essa mata sozinha... Já estou indo, meu amor,
me espera... *desliga*

Maite: Calma, Dul, quem sabe agora tudo não se resolva hum?

Dulce: É... ele vai ouvir e vai para um lugar limpo... vamos achá-lo... e ele... o chris...

Poncho: Dul, senta aqui... calma parece que vai ter um treco

Dulce: Eu estou confiante gente... esse é um sinal... só pode ser

Anahí: quem sabe ele também não consegue nos ligar?

MaitE: Vamos torcer que sim *Cristian e Pedro voltavam*

Dulce: Pedro, a gente conseguiu ligar pro Chris

Pedro: conseguiram? Mas e aí? O que ele falou?

Cristian: Disse onde estava?

Dulce: Não... não falamos com ele... não atendeu, mas deixei um recado na secretária eletrônica

Cristian: Ah... na secretária eletrônica...

Dulce: Ele vai voltar eu sei que vai *Poncho tinha puxado Pedro para o canto*

Poncho: Pedro, cara eu sei que é difícil falar assim, mas acho que a Dul está tentando se apegar em qualquer coisa que te
dê esperanças de trazer o Chris de volta

Pedro: É verdade essa história do telefone?

Poncho: É sim, mas é muito estranho que ele não tenha atendido você não acha?

Pedro: Sim...

Poncho: Falamos pra ela que ele pode estar dormindo

Pedro: Mas sabemos que dormir numa situação dessas é a última coisa que iríamos conseguir não é?

Poncho: Sim, mas como a vi desesperada foi o que veio na minha cabeça e tão frágil como está ela acabou aceitando na mesma
hora

Pedro: Não sei por quanto tempo ela vai se manter calma... estou me preparando para o pior

Poncho: Se quer saber, eu também

Pedro: Estive conversando agora com o chefe da equipe e ele me disse que já se passaram quase 24 horas do seu
desaparecimento e agora o tempo corre contra ele e que cada minuto é precioso para que o encontrem vivo

Poncho: Meu Deus, como uma tragédia dessas poderia acontecer?

Pedro: Eu não posso nem imaginar

Poncho: Olha lá quem está se aproximando

Pedro: Agora sim o clima vai esquentar...