Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Dulce: Não diga bobagens, Bi *abraçando a irmã deixando uma lágrima cair*

Chris: Vou tentar conseguir alguma informação e já volto, com licença
 
Dulce: Vou com você

Chris: Não, fique com sua mãe... eu não demoro

Dulce: Tudo bem... *ele sai* E a Claudia? Já avisaram?

Bianca: Não conseguimos falar com ela ainda... Talvez quando o dia amanhecer consigamos

Dulce: Vai ficar tudo bem... Tenho certeza... O pai é forte

Blanca: Tomara, meu amor...

Dulce: Vamos esperar o Chris voltar e ver se tem alguma notícia

Christopher voltou, mas não trazia nenhuma notícia concreta do estado de saúde do sogro. Uma das enfermeiras apenas o
informou que o senhor estava entrando na sala de cirurgia e que tinha sofrido um infarto. Chris não teve coragem de contar
a esposa que as chances de seu pai sobreviver eram mínimas. Não gostava de esconder as coisas dela, por outro lado tinha
medo de contar a verdade devido ao estado em que se encontrava...

Blanca: As horas não passam... Ele já está na sala de cirurgia há quase duas horas

Dulce: Calma mamãe, essas coisas demoram mesmo *Dulce estava nervosa e com medo, mas queria manter-se forte na frente de
sua mãe*

Chris: Blanca, eu sei que não é o momento, mas eu queria pedir desculpas por ontem... A Dul me contou tudo e de verdade
estou muito chateado com o que aconteceu

Blanca: Esquece Chris... Essas coisas acontecem e sei que você não fez por mal nem com intenção

Chris: Mesmo assim peço desculpas

Dulce: Ele não vai mais repetir não é, amor?

Chris: Não, nunca mais...

Blanca: Esqueçam isso, já disse

Chris: Querem um café ou um chá? Está frio aqui *esfregando as mãos*
 
Bianca: Quero um café, se você puder...

Blanca: E eu um chá

Dulce: Te acompanho... Também quero um café...

Chris: Vamos...

Dulce e Christopher caminharam até a lanchonete do hospital, que devido ao horário estava vazia. Havia apenas um outro
casal sentado numa mesa do canto. Sentaram numa outra mesa e Chris pediu dois capuccinos

Dulce: Tadinha da minha mãe *quase chorando*

Chris: Não fique assim, amor... eu sei que é difícil e que não adianta nada eu pedir para você não ficar triste, mas vai
dar tudo certo, você vai ver...

Dulce: Estou com medo... Essa demora toda não está normal... Sinto um aperto no coração, Chris... O neném não para de se
mexer *chorando*

Chris: Está sentindo alguma coisa? Me fala que eu chamo um médico, uma enfermeira...

Dulce: Não... não precisa... Me abraça?

Chris: Claro, meu anjo... Vou estar com você sempre *beijando-lhe a face* E nunca vou te deixar sozinha

Dulce: Obrigada...

Chris: Não precisa agradecer... Sou seu marido e é meu dever estar ao seu lado

Dulce: Não estou agradecendo por isso... agradeço por fazer com que eu me sinta segura... por me fazer feliz ao seu lado
e por estar comigo sempre que preciso

Chris: Eu sei que você faria o mesmo por mim, pequena... Eu que agradeço por ter entrado na minha vida *a bebida chega*
Já pode pedir o da Bianca e da sua mãe...

Dulce: Perguntou se colocava açúcar?

Chris: Não, pensei que você soubesse

Dulce: Não lembro...

Chris: Então vou lá perguntar rapidinho enquanto o meu esfria um pouco... Espere aqui

Dulce: Tá, mas venha logo senão vai gelar

Chris: Já venho... *Dulce permanece sentada mexendo seu café com uma colherzinha. Estava triste e seu semblante abatido.
Não demorou cinco minutos e Christopher voltou pálido e assustado parando de frente a Dulce*

Dulce: E então? Tome logo o seu... Já esfriou

Chris: Dul... *ajoelha-se e segura a mão da esposa* Olhe pra mim...

Dulce: Que foi, Chris? Está gelado... Vista seu casaco

Chris: Dul, escute... *Christopher procurava as palavras, mas não sabia como dar aquela notícia a moça. Respirou fundo e
umedeceu os lábios com a língua * Fica calma...

Dulce: Fale logo Chris... É o meu pai *ficando de pé* Acabou a cirurgia? Fala Chris...

Chris: Tá... A cirurgia terminou e...

Dulce: Ah então vamos logo... quero contar para minha mãe *Chris a segura*

Chris: Dul... Espere... O seu pai *embargando a voz* Ele... Não resistiu *Dulce ficou imóvel ao ouvir aquelas palavras.
Por um segundo não raciocinou direito, mas depois caiu em si*

Dulce: Como? Como assim não resistiu? *nervosa*

Chris: Não resistiu Dul...Teve uma parada cardíaca e os médicos não conseguiram salvá-lo

Dulce: ISSO É MENTIRA *caminhando rápido, Chris a segue* QUERO VER MEU PAI... ONDE ELE ESTÁ? *chorando histérica*
ELE NÃO PODE NOS DEIXAR ASSIM...

Chris: Dulce, acalme-se, por favor *segurando-a*

Dulce: NÃO QUERO ME ACALMAR... QUERO MEU PAI AQUI COMIGO... VIVO *desabando sobre o peito do marido, que a abraçou forte
afagando os cabelos*

Chris: Eu sei que é difícil, amor... Mas chegou a hora dele... Deus quis assim, não podemos mudar o destino das pessoas
 
Dulce: Não é justo... Porque Deus leva as pessoas boas quando um monte de gente ruim espalha maldade por aí? Quero que ele
volte *descontrolada* QUERO MINHA MÃE... ONDE ELA ESTÁ?

Chris: Ela sentiu-se mal e foi levada para a enfermaria... Vamos, eu te levo

Dulce: TÁ VENDO SÓ? QUE DROGA DE VIDA! QUE DROGA DE DESTINO! TRAZ O MEU PAI PRA MIM DE VOLTA CHRIS, POR FAVOR *chorando
feito uma criança. Falava coisa sem nexo algum*

Chris: Eu não posso fazer isso, meu bem *também chorava* Você sabe que se eu pudesse o faria, mas não está em minhas mãos...
 
Dulce: QUERO VÊ-LO... QUERO SENTI-LO DE NOVO... ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO *andando pelos corredores* ONDE O LEVARAM?

Chris: Dul, pare de gritar... Vão acabar chamando a segurança...Fique calma e vamos procurar o médico... Eu não sei onde
o levaram

Dulce: QUE SE DANE A SEGURANÇA... QUERO MEU PAI AQUI COMIGO E AGORA... ELE NÃO PODE ESTAR MORTO... ENFERMEIRA *agarrando
uma moça que passava pelo corredor* ONDE ESTÁ MEU PAI? ME FALA

Enfermeira: Calma senhora... Quem é o seu pai?

Dulce: É o Fernando... ele estava na cirurgia agora há pouco... Me diz que ele está vivo, pelo amor de Deus

Chris: Sabe dizer para onde levam os pacientes que... que falecem? *Dulce caminhava de um lado para o outro com as mãos
na cabeça*

Enfermeira: O necrotério fica logo ali no final desse corredor à esquerda, mas primeiro tem que se certificar de que o
paciente já foi encaminhado para lá

Dulce: Tá... obrigada... Vem Chris, vamos procurar o médico... Ele vai me dizer que te informaram errado *falava rápido
enquanto caminhava arrastando o marido* e que meu pai está bem e vai ficar bom logo

Chris: Dul... *ela não dava ouvidos e seguia andando a procura do médico, quando cruzou com dois enfermeiros empurrando
uma maca onde levavam um corpo coberto com um longo lençol branco. O casal parou de frente onde pôde ver uma ficha grudada
na altura da barriga com o nome e os dados do paciente estampados em letras garrafais. Chris tentou desviar a atenção de
Dulce, mas era tarde. Ela tinha arrancado o papel e estava paralisada lendo-o*

Dulce arrancou o pano que cobria o corpo e ficou em choque ao ver ali o seu pai desfalecido, pálido, sem vida. Num impulso
ela se jogou contra o copo gelado de Fernando num pranto descontrolado de desespero. Christopher tentou tirá-la dali, mas a
moça estava agarrada ao seu genitor como se tentasse devolver-lhe a vida

Chris: Meu amor *estava com as mãos sobre os ombros de Dulce, que acariciava o rosto do pai balbuciando algumas palavras
entre o choro* Vem comigo... Vem Dul, depois você o vê novamente *numa tentativa frustrada de evitar o sofrimento da
mulher*

Dulce: Não é justo Chris... Isso é um pesadelo... me diz que estou dormindo... me diz, por favor *abraçando o marido,
molhando toda sua camisa com as lágrimas*

Enfermeiro: Senhora, desculpe, mas temos que ir

Dulce: NÃO! DEIXE-ME COM ELE, POR FAVOR

Chris: Dul *segurando-a pela cintura* É o trabalho deles, amor *deixando escapar uma lágrima* Vem comigo... Vem Dul,
não pode ficar assim

Dulce: Chris, não vou vê-lo nunca mais... é meu pai Chris..... meu mundo...

Chris: Eu sei, meu amor, mas precisa se acalmar... lembre-se do nosso bebe... Não quer ir ver sua mãe? Você precisa
ajudá-la *limpando uma lágrima que caia na face da esposa* Me escute *segurando o rosto dela* Eu vou estar aqui do seu
lado para o que der e vier... Eu sei que nem de longe nada nem ninguém vai substituir o seu pai, mas eu prometo que não
vou deixar que nada de ruim aconteça a você ou a sua mãe nem as suas irmãs... Eu te prometo

Dulce e Chris ficaram um bom tempo no quarto com Blanca. Um confortava o outro naquele momento tão difícil, se não o pior
de todas as suas vidas. O dia já tinha amanhecido. Blanca tinha sido levada para casa por Christopher, Dulce e Bianca.
Vários amigos da família começavam a mandar flores e telefonar para a casa dos Saviñon em sinal de condolência. Chris tinha
tomado a frente e resolvia todos os trâmites para o velório e enterro do sogro. Eram quase 15 horas quando o corpo de
Fernando foi liberado e toda a família estava reunida na capela do cemitério onde o patriarca da família descansaria para
sempre. Dulce vestia um terno preto e usava óculos igualmente escuros assim como seu marido. Estava sentada com a cabeça
deitada no peito de Chris quando Anahí e Poncho chegaram acompanhados de Maite, Guido e Christian para prestar
solidariedade à amiga...

Anahí: Dul... *abraçando-a. Naquele momento não havia espaço para muitas palavras. O silêncio imperava e apenas um abraço
era suficiente para confortar tanta dor e sofrimento*

Poncho: Meus pêsames, cara *cumprimentando Christopher*